Notícia PÚBLICO - Incêndios: ministra do Ambiente não pensa mudar gestão da Peneda-Gerês (AVISO: a leitura desta notícia pode criar no leitor um profundo sentimento de revolta devido às imbecilidades que a senhora Ministra proferiu aos jornalistas, se a notícia for lida por crianças aconselha-se a presença parental).
Notícia PÚBLICO - Incêndios na Serra da Estrela e Mata do Cabril já estão dominados
Entre Brufe, Germil e Entre-Ambos-os-Rios, apenas avistamos um veículo de combate a incêndios. Com o intenso fumo que rodeava a pequena Germil, a sua população mantinha-se em alerta na eventualidade de o fogo investir sobre a aldeia. Fica-me na memória a imagem de um povo a combater sozinho o flagelo do fogo...
2 comentários:
Caro Rui,
Apesar de este ser o meu primeiro comentário, já sigo o seu Blog desde 2007.
Hoje com 27 anos e pai de uma filha de três anos (2ª a nascer para Outubro), tive a felicidade de ter pais que me levaram a visitar regularmente o PNGP desde muiiito pequeno (Desde Lamas de Mouro a Pitões das Júnias)... Sou do tempo em que 90% das estradas nesta área era em terra batida e as próprias pontes "rodoviárias" eram de madeira... recordo-me da foz do rio cabril antes da barragem de Lindoso...
Na minha adolescência fiz inúmeros passeios e Raids de BTT PNGP fora... No início da idade adulta (como universitário e, depois, jovem profissional na área de ambiente) continuei a procurar o PNGP como um santuário de fuga ao stress do dia-a-dia, sempre com todo o respeito... O mesmo respeito e amor que tento e planeio incutir na minha filha Ana (3 anos) e na minha futura Helena à semelhança do que os meus pais fizeram comigo...
Em Dezembro de 2006, após os incêndios desse ano, visitei a zona de Travanca e a minha actual esposa teve de trazer o carro de volta porque eu não conseguia parar de chorar por um lugar que havia sido tão importante na minha infância.
Hoje, não consigo evitar as lágrimas ao vêr as suas fotos de tantos lugares que tão bem conheço, os meus refúgios de sempre... Penso o que irá sobrar para mostrar às minhas filhotas para além de cinzas e acácias...
Tinha previsto passar uns dias no PNGP no fim de Agosto para pequenas caminhadas e banhos de rio (moro em Matosinhos). Agora estou com medo... Por um lado acho que devo voltar para não desapoiar essas gentes tão merecedoras, afáveis e dependentes do turismo. Por outro lado, não sei se deva "fazer como a avestruz", ou vêr com os meus olhos que aquilo que eu vi ainda o mês passado, já não passa de uma memória...
Peço desculpa pelo desabafo... Mas acho que aqui serei minimamente compreendido...
Rui, parabéns pelo Blog e, por favor, continue a excelente divulgação que tem feito nos bons e maus momentos, não só das Minas dos Carris como de todo o "NOSSO" PNGP...
Abraço,
Miguel Tavares
Caro José Miguel,
Tal como dizes o Parque Nacional e as suas gentes irão agora mais do que nunca precisar da presença de todos nós para «salvar» uma ecónomia que foi afectada por esta catástrofe. Não espero ver qualquer tipo de ajuda governamental suplementar para estas regiões tal como aconteceu no caso da Madeira e assim, terá de ser o nosso apoio que aos poucos possa trazer àquela região a cor verde que foi perdida.
Sem dúvida que agora são apisagens dantescas mas isso não pode afectar a nossa ida para o Gerês, Soajo, Peneda ou Amarela, pois estas paisagens podem agora servir de exemplo do que não se deve fazer e do máximo cuidado que devemos ter com o nosso património geral, mas acima de tudo com regiões que são o lugar, a casa de milhares de pessoas residentes que se viram afectadas por esta tragédia.
Enviar um comentário