sexta-feira, 30 de junho de 2023

Flores do Parque Nacional (XXXVI) - Termentelo

 


O Termentelo, também designado "Tomilho" (Thymus caespititus Brot. Labiatae) é uma planta aromática, cespitosa, com ramos curtos, caules floridos erectos. Folhas espatuladas. Inflorescência frouxa. Corola rosea-purpurea. Espécie por vezes utilizada na lavagem do cabelo e ensaiada no revestimento de taludes. Também se encontra em zonas mais altas do Parque Nacional.

A sua floração ocorre de Junho a Setembro nos solos secos e pedregosos.

Fotografada a 24 de Junho de 2023.

Fonte: "Flores do Parque Nacional" (Georgina F. Borges de Macedo e M. Helena L. Almeida Trigo, 1985)

Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

Paisagens da Peneda-Gerês (MDCXIX) - Borrageiros desde a Cigarra

 


O Alto de Borrageiros, Serra do Gerês, visto desde a Cigarra no topo da Corga das Mestras.

Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

quinta-feira, 29 de junho de 2023

Serra do Gerês - Última caminhada de Junho

 


A última caminhada do mês de Junho levou-me por um percurso circular com início e fim no Campo do Gerês, passando pelas Vitoreiras, Curral de Gamil e Covelo de Cima, seguindo depois pelo Prado, Corvelho e Onde Cria a Pássara.

Depois de passar a base dos espigões do Pé de Cabril, descida para a Portela do Confurco e Portela de Leonte, seguindo pelo Curral de S. João do Campo, Albergeria e Estrada da Geira, terminando a jornada ao longo do percurso do Trilho da Água do Sarilhão passando nos padrões da Cal e Guarda.





















Fotografias © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

Paisagens da Peneda-Gerês (MDCXVIII) - Rocalva e Roca Negra

 


Um negrume encobre os céus de trovoada, enquanto os últimos raios de Sol iluminam o topo da Rocalva, Serra do Gerês, com a Roca Negra mergulhada na escuridão dos dias. No centro da imagem, as Velas Brancas precipitam-se no abismo.

Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

Portagem de acesso à Mata de Albergaria deverá começar a ser cobrada a 7 de Julho

 


No dia 7 de Julho iniciar-se-á a cobrança da taxa de acesso à Mata de Albergaria.

Pelo menos, é o que se deduz de uma informação publicada pela ADERE Peneda-Gerês para a contratação de pessoas para desempenhar o trabalho de Portageiro nos postos de controlo de acesso à Mata de Albergaria.



Nos anos anteriores temos assistido a este trabalho ser realizado por jovens das freguesias vizinhas à Mata de Albergaria, e mais recentemente por Vigilantes da Natureza, membros dos Sapadores Florestais e até de uma empresa de segurança. 

A cobrança da taxa de acesso manter-se-á até 17 de Setembro.

Por lei, o dia 1 de Junho assinalou o início do período durante o qual o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) pode cobrar a taxa de acesso à Mata de Albergaria, Serra do Gerês. Este período mantém-se até 30 de Setembro.

Esta taxa de acesso aplica-se aos veículos motorizados, tendo um valor de €1,50 por dia.

Segundo a Portaria n.º 31/2007, de 8 de Janeiro, que veio fixar a taxa de acesso, esta tem por objectivo assegurar a preservação dos frágeis ecossistemas que caracterizam a Mata de Albergaria ao se aplicar medidas que passariam pela sustentabilidade da gestão dos recursos naturais, sujeitando a sua utilização ao pagamento de uma taxa de acesso, segundo o princípio do utilizador-pagador.

Nos termos da Portaria n.º 39/2011, de 18 de Janeiro, são isentos do pagamento da taxa de acesso por viaturas motorizada à área abrangida pela Reserva Biogenética da Mata de Albergaria:

a) Os condutores que sejam residentes ou naturais do concelho de Terras de Bouro, mediante a apresentação de documento comprovativo da sua naturalidade ou residência;

b) Os condutores que sejam residentes no restante território abrangido pelo Parque Nacional da Peneda -Gerês, mediante a apresentação de documento comprovativo da sua residência;

c) Os condutores que sejam residentes no município espanhol de Lobios, mediante a apresentação de documento comprovativo da sua residência;

d) As viaturas ao serviço do Parque Nacional da Peneda- Gerês ou do Parque Natural da Baixa Limia - Serra do Xurés;

e) As viaturas de outras entidades no exercício de funções de policiamento ou fiscalização e de prevenção de incêndios.

O acesso à Mata de Albergaria é condicionado entre as 9h30 e as 19h00 com a existência de três pontos de controlo/cobrança na Portela de Leonte, Portela do Homem e Bouça da Mó. 

Taxa nunca aplicada na preservação da Mata de Albergaria

Porém, na realidade, a taxa é apenas um meio de financiamento do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), nunca tendo sido aplicada para o verdadeiro fim a que supostamente se destina. Da mesma forma, a cobrança da taxa de acesso à Mata de Albergaria nunca assegurou a preservação dos frágeis ecossistemas daquela zona e nunca diminuiu o número de viaturas motorizadas que atravessam os acessos rodoviários entre a Portela de Leonte, Bouça da Mó e Portela do Homem, pois nunca se impôs um método de limitação do número de viaturas a transitar naquele espaço protegido.

Da mesma forma, são poucos os benefícios que as populações locais - nomeadamente da freguesia do Campo do Gerês no interior da qual se localiza a totalidade da área da Mata de Albergaria - tiram do pagamento desta taxa por parte de quem visita aquela reserva.

Em 2022 foram certamente mais de 47.000 viaturas que passaram pela Mata de Albergaria, o que terá rendido mais de 70.500 euros aos cofres do Estado.

A taxa é aplicada desde 2007. 

quarta-feira, 28 de junho de 2023

Outros trilhos - Trilho do Monte do Merouço (PR2 PVL)

 


Terminado o Trilho do Ribeiro Queimado, e ainda com algum tempo, decidi continuar a caminhar e percorrer o Trilho do Monte do Merouço.

O Trilho do Monte do Merouço é um percurso de Pequena Rota com uma extensão de 3,5 km com princípio e fim da aldeia de Carreira.

O principal ponto de interesse do percurso é o conjunto granítico no tipo do Monte do Merouço e a fabulosa paisagem que apresenta. Porém, tal como aconteceu com o Trilho do Ribeiro Queimado, o percurso está a necessitar de uma manutenção e limpeza.

A informação sobre este percurso pode ser obtida aqui e os tracks para GPS aqui e KMZ aqui


O PR2 – Monte do Merouço inicia-se na aldeia de Carreira, freguesia de Sobradelo da Goma. Segue-se por um caminho de terra batida até encontrar a interseção do PR3 – Ribeiro Queimado. Um pouco mais à frente, aproveitando um antigo trilho de montanha, utilizado por agricultores e pastores, atestado pelas calçadas e os extensos sulcos resultantes de uma intensiva utilização dos carros de bois, é convidado a uma desafiante ascensão até ao ponto mais elevado deste percurso, ficando petrificado com tamanha beleza paisagística. Ultrapassando esta encantadora perspetiva, é tempo de aventurar-se na travessia de inúmeras fendas entre os gigantescos monolíticos graníticos, numa extensão de aproximadamente 150 metros.

Superado este desafio, o caminho desemboca no Miradouro da Pedra Bolideira onde pode recompor as energias perante a harmoniosa e sedutora paisagem, adornada pelas Serras do Carvalho, São Mamede, Cabreira e pelo imponente e inconfundível maciço granítico do Gerês, que nos traz para o primeiro plano o Pé de Cabril, Meda de Rocalva, Roca Negra, Roca de Pias e o Alto do Borrageiro.

O pedestrianista, ainda no Miradouro, pode testar a sua força ao tentar movimentar a Pedra Bolideira apenas com um dedo. Trata-se de um enorme bloco granítico que pesa aproximadamente 3000 kg. Boa sorte!

A partir daqui, o percurso começa a descer em direção a uma floresta encantadora e termina com a travessia da Aldeia Turística de Carreira.













Fotografias © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

Outros trilhos - Trilho do Ribeiro Queimado (PR3 PVL)

 


Neste dia decidi rumar à Póvoa de Lanhoso e percorrer o Trilho do Ribeiro Queimado com início e fim da aldeia de Carreira.

O Trilho do Ribeiro Queimado (PR3 PVL) é um percurso de Pequena Rota com uma extensão de 8 km. 

Desenrolando-se na freguesia de Sobradelo da Goma, o percurso leva-nos por uma paisagem humanizada, sendo o seu principal ponto de interesse a zona ribeirinha próxima do Parque de Lazer do Pontão. Aliás, esta parece ser a única parte do percurso que merece atenção no que diz respeito à limpeza de matos, parecendo o restante (exceptuando as zonas habitadas) abandonado e a necessitar de uma limpeza.

A informação sobre este percurso pode ser obtida aqui e os tracks para GPS aqui e KMZ aqui



Iniciando-se na aldeia de Carreira, e depois de percorridos aproximadamente 250 metros num caminho de terra batida até à separação do PR2 – Monte do Merouço, inicia-se uma longa descida com vistas soberbas para alguns lugares cravados nas meias encostas das serranias circundantes. Já na base da montanha, atravessa-se um pontilhão sobre o caudaloso Ribeiro Queimado e calcorreia-se umas calçadas em direção à capela de Santo António.

Saindo deste local de culto, o trilho ruma em direção ao Parque de Lazer do Pontão onde pode apreciar-se a simbiose entre a serena e cristalina água do rio Ave e a luxuriante vegetação ribeirinha, excelente convite para banhos refrescantes e relaxados.

A partir daqui, e atravessando um frondoso carvalhal, o percurso dirige-se à igreja paroquial de Sobradelo da Goma, seguindo pela Av. da Igreja e pelos lugares de Souto Velho, Outeiro e Alcouce, onde pode conviver-se com as afetuosas gentes locais, arriscando-se a receber um braçado de couves ou uma mão-cheia de laranjas. Neste trajeto pode-se apreciar a arquitetura das típicas oficinas de ourivesaria, símbolo da resistência e preservação da técnica da filigrana que fornecem ao país verdadeiras obras de arte.

Deixando estes lugares, o percurso segue por caminhos rurais até entrar numa rua profundamente decorada com casas de agricultores, capela, moinhos, levadas e ramadas, tudo acompanhado pelos sons e cheiros característicos destes sítios, provocando um choque nos sentidos do pedestrianista ao atravessar a belíssima Aldeia Turística de Carreira.



























Fotografias © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)