segunda-feira, 31 de março de 2008

Arqueoexpedição

Carris, 22 de Fevereiro de 2004

Ao iniciar um estudo particular relacionado com as Minas dos Carris não fazia a ideia de que a história deste local pudesse ser tão rica em pormenores e detalhes particulares que a tornaram cada vez mais interessante à medida que me embrenhava no seu passado.

De umas simples ruínas abandonadas em plena Serra do Gerês pela primeira vez por mim visitadas em 1989, a história das Minas dos Carris é algo que não deve ficar esquecido na penumbra da memória nem somente servir para adornar o chá ao pôr-do-Sol tomado no Penedo da Saudade. É uma história rica mas cujos contornos não os vamos conseguir definir na sua totalidade, pois muitas recordações pertencem agora a um passado irrecuperável.

Porém, e apesar de na sua quase totalidade a história das Minas dos Carris estar agora referenciada, surge-me sempre a vontade de perguntar se não poderemos descobrir algo que permanece oculto nas sombras da serra? Será que as velhas casas e as ruínas ainda têm algo para nos dizer? Haverá algum segredo, algum pormenor que tenha escapado à ânsia de descobrir na fugaz observação da paisagem granítica do local?

De cada vez que visito as Minas dos Carris acabo por encontrar algum pormenor interessante. É quase como que o local se fosse revelando aos poucos. Para aquele que visita Carris uma só vez, não passará de mais uma caminhada na montanha ou mais um registo para o currículo. Para mim cada caminhada é o desvendar de um pequeno segredo e o escrever de mais um parágrafo na sua história.

Espero um dia poder proporcionar a todos a oportunidade de rever num museu a história das Minas dos Carris através dos testemunhos fotográficos que vou recolhendo, das estórias que vou registando. É por esta razão que terá lugar brevemente aquela que deverá ser a primeira arqueoexpedição às Minas dos Carris. Tal como o trabalho que tem sido feito até aqui, será um trabalho amador que terá por base os objectivos que sempre nortearam os meus objectivos em relação a este projecto que foi iniciado com o blogue.

A recolha de informações sobre as Minas dos Carris (fotografias, relatos, estórias pessoais, etc.) não vai parar, bem como a tentativa de que no futuro o local e a sua memoria mereça um maior destaque do que tem sido feito até aqui. Com outro tipo de pensar provavelmente o local estaria aproveitado de outra maneira. Não vale a pena numa altura destas tentar apontar as culpas (e elas existem!) a quem deixou as Minas dos Carris chegarem ao estado no qual se encontram. É uma perda de tempo e recursos que podem no futuro ser aproveitados para que a memória das minas não se perca.

José de Sousa disse-me em tempos que o ano de 2008 seria o ano das Minas dos Carris. Quero acreditar que assim seja e que 2008 marque o voltar de página em relação a este local.

Fotografia: © Rui C. Barbosa

domingo, 30 de março de 2008

Outros lugares de Carris (XLIV)

Carris, 16 de Março de 2008

É uma das estruturas mais curiosas existentes em Carris. A sua forma faz lembrar um forno e a presença de lamas por perto quase que confirma isso, mas não deixa de ser curiosa a sua localização em relação aos restantes edifícios. É também a partir desta zona que parece surgir um dos principais focos de poluição existentes nas Minas dos Carris.

Fotografia: © Rui C. Barbosa

quinta-feira, 27 de março de 2008

Estados de alma...

Carris, 10 de Fevereiro de 2008

Solidão
Saudade
Silêncio
Frio
Negro
Medo
Sombra
Calor
Água
Suor
Cansaço
Desolação
Raiva
Horizonte
Vazio
Morte
Contemplação

...estados de alma.

Fotografia: © Rui C. Barbosa

quarta-feira, 26 de março de 2008

Ponto de fuga...

Carris, Abril de 1974

Uma das histórias pouco conhecidas que envolveu as Minas dos Carris, data de Abril de 1974 e dos dias após a Revolução de 25 de Abril.

Nesta altura havia ainda a ideia de tornar as minas num projecto lucrativo e nos anos anteriores vários foram os trabalhos para melhorar as condições lá existentes. O poço principal da concessão do Salto do Lobo foi limpo e muitas casas sujeitas a trabalhos de manutenção.

Em Portugal a convulsão social avolumava-se a Revolução dos Cravos vem terminar com décadas de ditadura. A partir da última semana de Abril de 1974 a Mina dos Carris serve como refúgio e ponto de fuga para Espanha de muita gente conectada com o regime no Norte de Portugal.

Fotografia: © Rui C. Barbosa

terça-feira, 25 de março de 2008

Notas históricas (XXIX)

Carris, anos 50

Depois da descoberta de volfrâmio por Domingos de Sousa em Junho de 1941 e dos anos confusos que se seguiram, as concessões mineiras da zona dos Carris foram adquiridas pela Sociedade Mineira dos Castelos, Lda.

A exploração de volfrâmio era constituída por uma lavaria / separadora alimentada por centenas de «apanhistas» que vendiam à sociedade o volfrâmio que recolhiam das várias explorações a céu aberto ali existentes. Nesta altura não existiam preocupações sociais e a leve organização da exploração mineira, que tinha uma maquinaria básica, era direccionada para ganhar o máximo lucro possível.

As Minas dos Carris dos anos 50 já tinham uma vida organizada e do ponto de vista técnico a maquinaria existente era já muito boa. José Rodrigues de Sousa, um dos sócios fundadores da Sociedade das Minas do Gerês, Lda., planeara uma mina tecnicamente evoluída e uma aldeia mineira socialmente bem organizada.

Os edifícios existentes nas Minas dos Carris foram inicialmente propostos e construídas numa primeira fase pela Sociedade Mineira dos Castelos, sendo posteriormente melhorados e alargados pela Sociedade das Minas do Gerês. Em finais dos anos 50 as Minas dos Gerês já haviam dado trabalho a milhares de pessoas, mas o seu futuro estava traçado e o destino reservava-lhe o que hoje podemos testemunhar nas serranias do Gerês.

PS - A primeira fotografia foi obtida a 12 de Abril de 1995 e a última fotografia a 8 de Maio de 1994.

Fotografia: © Rui C. Barbosa

Fotografia: © José Rodrigues de Sousa

Fotografia: © Rui C. Barbosa

domingo, 23 de março de 2008

Notas históricas (XXVIII)

Carris, anos 50

Já aqui vos mostrei a fantástica equipa de futebol constituída por trabalhadores das Minas dos Carris. Este é certamente um tema que espanta muitas das pessoas com as quais eu converso acerca daquelas minas e muitas me perguntam onde ficava o campo de futebol, pois hoje dificilmente se vislumbra algum lugar no qual a prática deste desporto fosse possível.

Na minha mais recente caminhada a Carris tive o cuidado de tentar obter várias fotografias a partir de dois locais que me permitissem a comparação com duas velhas fotografias que me foram cedidas por Carlos Rodrigues de Sousa e José Manuel de Sousa e que pertenceram a seu pai, José Rodrigues de Sousa, um dos sócios fundadores da Sociedade das Minas do Gerês, Lda.

O local que então foi ocupado pelo campo de futebol fica localizado no final e em linha com a Corga da Carvoeirinha logo após esta flectir para a esquerda dando lugar ao Salto do Lobo. É uma zona plana e está ao lado de uma turfeira em estudo há muitos anos pelo Parque Nacional da Peneda-Gerês. Passados 50 anos desde esses grandes encontros nada existe lá que nos faça lembrar o que ali decorria, mas puxando pela imaginação por entre o silêncio da montanha pudemos imaginar a alegria de uma tarde bem passada nas serranias do Gerês!!!
Fotografia: © Rui C. Barbosa

Fotografia: © José Rodrigues de Sousa

Fotografia: © Rui C. Barbosa

sábado, 22 de março de 2008

quinta-feira, 20 de março de 2008

60 segundos nas Minas dos Carris

Carris, 16 de Março de 2008

...o império do silêncio, ... ou quase!



Vídeo: © Rui C. Barbosa

Planta...

Carris, 5 de Setembro de 1998

Por entre as arrumações vou encontrando velhas memórias das minhas visitas anteriores às Minas dos Carris. Há já muito que procurava este esboço do nível 'principal' da concessão do Salto do Lobo. Desenhado de memória após uma caminhada a 5 de Setembro de 1998, este esboço mostra alguns pormenores curiosos e um ou outro que hoje sei não estarem correctos. Note-se, por exemplo, na referência à possibilidade da existência de 10 pisos (na realidade são 7) e o esboço não mostra um outro acesso a várias galerias e que hoje está bloqueado com uma parede de pedra.

Fica esta curiosidade. Não é uma nota histórica, mas é um exemplo da curiosidade que esta mina sempre despertou em mim...

Fotografia: © Rui C. Barbosa

terça-feira, 18 de março de 2008

A 117 em imagens... (II)

Carris, 16 de Março de 2008

Uma segunda série de imagens da minha mais recente visita às Minas dos Carris.
Ao fundo a escombreira na Lamalonga.
Enquanto procurava por vestígios do velho campo de futebol, acabei por encontrar sinais de velhas explorações a céu aberto contíguas ao Salto do Lobo.
Fotografias: © Rui C. Barbosa

segunda-feira, 17 de março de 2008

Feios, porcos e...

Carris, 16 de Março de 2008

Quando se pensa que os compatriotas já haviam atingido um nível mais elevado de respeito e um conhecimento sobre como estar e se comportar nas nossas montanhas, um património que também é deles (mas que não lhes confere o direito a fazer o que a imagem mostra), somos confrontados com um cenário destes...

Carris deveria ter um livro de reclamações onde pudéssemos escrever acerca desta gentalha... e a montanha deveria ser guardada por papa-idiotas...

Nesta última caminhada consegui, ao descer o Vale do Alto Homem, encher um saco de lixo sem andar à procura dele...

Fotografia: © Rui C. Barbosa

A 117 em imagens... (I)

Carris, 16 de Março de 2008

Uma caminhada às Minas dos Carris em imagens com comentários quando necessário...

Nesta fotografia é visível parte da estrada que conduzia ao Salto do Lobo. Há muito abandonada a estrada dá agora acesso a uma parte menos conhecida da zona das Minas dos Carris e que proporciona uma vista fantástica sobre a Corga da Lamalonga.

Sobranceiro à Garganta das Negras encontra-se o local onde estava localizada uma antena que permitia as comunicações com o complexo mineiro. Esta estrutura terá sido implementada em 1956, mas não existe qualquer registo escrito ou fotográfico da mesma.

Aspecto actual dos antigos balneários e casas de banho das Minas dos Carris.

A cozinha que servia a casa do pessoal superior da Mina dos Carris e que é muitas vezes confundida com uma pequena capela.

Este forno teria como função executar qualquer tipo de processamento sobre o minério. Junto dele encontra-se uma grande quantidade de lamas que são um dos piores focos de poluição actualmente existente nas Minas dos Carris.

A uma distância não muito grande, as Minas dos Carris passam quase despercebidas na paisagem montanhosa da Serra do Gerês.
Fotografias: © Rui C. Barbosa

domingo, 16 de março de 2008

117!

Carris, 16 de Março de 2008

Uma caminhada que começou com uma ligeira chuva mas que rapidamente transformou um dia fantástico para mais uma visita às Minas dos Carris. O objectivo era visitar a Lamalonga e a Corga das Negras, mas devido à possibilidade de chuva e de intenso nevoeiro decidi aproveitar para visitar algumas zonas em busca de sinais do passado.

De seguida a caminhada ao longo do Vale do Alto Homem:

09h25 - Portela do Homem
09h32 - Ponte sobre o Rio Homem
09h51 - Fonte da Abelheirinha
10h21 - Água da Pala
10h26 - Ponte do Cagarouço
10h33 - Curvas das Febras
10h45 - Ponte do Modorno
11h15 - Ponte das Águas Chocas
11h26 - Ponte das Abrótegas
11h45 - Carvoeirinha
11h58 - Minas dos Carris

No total a caminhada teve uma duração 2h33m.

Em comparação com a visita anterior as ruínas das Minas dos Carris não apresentam muitas alterações e a única sensação que tive foi que as paredes das oficinas anexas ao bloco de casas para casais pereciam estar em pior estado. No entanto como não tenho referências da última visita em relação a estas ruínas, pode ser só impressão minha.

O único aspecto que me chamou a atenção de forma negativa foi a quantidade de lixo que mais uma vez parece estar a marcar a área. Nas duas últimas visitas tentamos manter em bom estado a única divisão com um tecto na qual se pode abrigar do vento e da chuva. Esta divisão parece estar a ser utilizada como um depósito de lixo. É realmente pena que assim seja, pois a ideia era fazer daquela minúscula divisão um local de abrigo e infelizmente os únicos adjectivos que encontro para classificar estes actos são de forte insulto para quem os faz. Parece incrível que alguém que percorra a montanha não seja capaz de transportar o seu próprio lixo no regresso e o deixe ficar espalhado ou amontoado em sacos à espera que a natureza ou alguém o recolha. Uma atitude destas parece-me mais ser uma reminiscência de uma infância atribulada, no qual o prazer obtido enquanto alguém lhe limpava o fundo das costas a quem agora deixa o lixo espalhado pela montanha se quer vingar num acto de prepotência ignóbil e parolamente domingueira, esperando que alguém venha limpar a porcaria que mais uma vez faz. Mas enfim, é a sociedade que vamos tendo e que muito irá demorar a mudar...

Após a refeição e as fotografias da praxe, decidi voltar pelo Salto do Lobo fotografando um dos meus prévios objectivos (Lamalonga) e tirando ideias para a Grande Expedição de Estudo que terá lugar brevemente. Antes de regressar ao trilho que me levaria de volta à Portela do Homem fui ainda visitar o antigo campo de futebol sendo brindado com algumas pegadas magníficas de um canídeo (lobo?).

O regresso à Portela do Homem:

13h55 - Carvoeirinha
14h11 - Ponte das Abrótegas
14h20 - Ponte das Águas Chocas
14h43 - Ponte do Modorno
14h54 - Curvas das Febras
15h01 - Ponte do Cagarouço
15h15 - Água da Pala
15h36 - Fonte da Abelheirinha
15h57 - Ponte sobre o Rio Homem
16h08 - Portela do Homem

O tempo total de regresso foi de 2h13m

Fotografia: © Rui C. Barbosa

sexta-feira, 14 de março de 2008

Visita à Lamalonga

Carris, 22 de Abril de 2007

No próximo dia 16 de Março irei novamente às Minas dos Carris desta vez com o objectivo de observar em detalhe a concessão da Lamalonga n.º 1 e toda a Corga da Lamalonga, além da concessão da Garganta das Negras.

A Corga da Lamalonga está actualmente coberta com a escombreira resultante da exploração do Salto do Lobo e os estudos disponíveis indicam que o ecossistema local tende para um equilíbrio com a fixação desta mesma escombreira.

É mais um pequeno passo para escrever a história dos Carris.

Fotografia: © Rui C. Barbosa

quarta-feira, 12 de março de 2008

Notas históricas (XXVII)

Carris, anos 50

Após o abandono das Minas dos Carris, apenas guardadas por um guarda, começou um verdadeiro saque aos materiais lá existentes. É natural que as populações serranas tirassem partido de muitos elementos que constituíam as habitações lá existentes. A pobreza na serra era muita e tudo o que se pudesse aproveitar foi de lá retirado.

No entanto, pouco se sabe do destino que tive muita da maquinaria mineira que existia em Carris. Algumas fontes indicam que muitas das máquinas foram de lá retiradas por um dos sócios da Sociedade das Minas do Gerês já nos finais dos anos 80, mas desconhece-se por completo o seu destino e a sua localização.

Até há poucos anos ainda se vislumbravam nos Carris duas grandes botijas de gás vazias lá abandonadas. Estas foram posteriormente recolhidas pelos serviços do Parque Nacional da Peneda-Gerês e durante algum tempo estiveram arrumadas junto da estrada de acesso ao Parque de Campismo do Vidoeiro. Há muito que de lá desapareceram, talvez para enfeitar algum jardim...

Fotografia: © José Rodrigues de Sousa

terça-feira, 11 de março de 2008

A expedição de 1908

Carris, 1908

No início do Século XX muitas zonas de Portugal era quase selvagens e a Serra do Gerês, apesar de percorrida de forma secular pelos povos serranos, era ainda muito desconhecida.

Os velhos livros são uma fonte fantástica de informação e dados históricos de outra forma perdidos e desconsiderados. O livro "Serra do Gerez" de Tude Martins de Sousa. Nos dias 15 a 17 de Setembro de 1908 a revista 'Illustração Portugueza' promoveu uma verdadeira expedição à Serra do Gerês com mais de 100 pessoas tendo acampado na Chã das Abrotegas e partindo daí, foi conhecer um grande perímetro de Lamas a Leonte, do Caramello a Palheiros, de Albergaria a Portela do Homem, passando pelo Modorno e visitando os Carris e o Altar de Cabrões.

Apesar de ser uma fotocópia, a fotografia que ilustra esta entrada no blogue mostra o acampamento da expedição nas Abrótegas.

Fotografia: © Rui C. Barbosa

A queda das Minas dos Carris

Carris, 23 de Julho de 1957

O apogeu das Minas dos Carris atinge-se nos primeiros anos da década de 50. Porém, a 27 de Julho de 1953 termina a Guerra da Coreia e os preço do volfrâmio no mercado internacional cai a pique. Juntamente com um controlo imposto pelo governo nacional, a indústria do volfrâmio portuguesa vê surgir no horizonte o final dos tempos áureos.

Algumas explorações começam a fechar e a 23 de Julho de 1957 a Sociedade das Minas do Gerês pede autorização para suspender a lavra no decurso desse ano devido às baixas cotações do mercado e ao desinteresse dos compradores. Os tempos que se seguem não são animadores e a 8 de Janeiro de 1958 o Director Técnico Eurico Lopes da Silva desiste do cargo no qual era responsável pelas concessões do Salto do Lobo, Lamalonga n.º 1, Corga das Negras n.º 1 e Castanheiro. No mês seguinte é aprovado um novo Director Técnico (Luís Aníbal Teixeira Sá Fernandes).

No entanto o destino das Minas dos carris estava traçado. A 23 de Abril de 1959 o Fundo de Fomento Nacional empresta à Sociedade das Minas do Gerês uma quantia necessária para manter a mina a operar, porém no dia anterior a empresa britânica Mason and Barry, Ltd. (uma das sócias da sociedade mineira) é considerada falida.

No início dos anos 70 as Minas dos Carris têm o seu último suspiro numa história cujo fim foi acelerado com o advento do surgimento de uma consciência ambiental em Portugal.

Fotografia: © Rui C. Barbosa

segunda-feira, 10 de março de 2008

Um Outro olhar... (VII)

Carris, 19 de Setembro de 2007

Um outro olhar sobre as Minas dos Carris pela objectiva de Bruno Matias...

Fotografias © Bruno Matias

domingo, 9 de março de 2008

A pá do Serrinha...

Carris, 18 de Março de 2007

Há alguns meses troquei uma série de emails com o leitor Miguel Campos Costa nos quais ele me contou qual a utilidade de uma pá que eu vira e fotografara a 18 de Março de 2007 (tal como se pode ver na entrada no blogue referente a esta data). Esta pá era então utilizada pelo último guarda dos Carris para limpar a neve dos caminhos por entre as casas das Minas dos Carris e foi também muitas vezes utilizada pelo Miguel na mesma função.

A foto que originou a troca de e-mails é a fotografia que encima esta entrada e o Miguel teve a amabilidade de me enviar algumas fotografias nas quais se pode ver a pá na sua função.

Na altura eu prometi ao Miguel um dia ir aos Carris com o intuito de recuperar a pá e talvez, quem sabe, um dia fazer dela uma peça de um museu sobre as Minas dos Carris. Passado uns dias encetei mais uma caminhada aos Carris, nomeadamente no passado mês de Dezembro, mas para minha tristeza parecia que alguém havia chegado primeiro do que eu e não encontrei qualquer rastro da pá no local onde me parecia tê-la visto pela última vez e onde teria obtido a fotografia. Voltei aos Carris passado um mês e voltei a procurar a pá alargando agora a área de busca, podendo ter sido arremessada para outro lugar por alguém. Mas uma vez não a encontrei...

Este assunto era recorrente para mim e de repente lembrei-me que provavelmente a pá já estaria guardada num local seguro... por mim próprio! Acabei por encontrar a pá após algumas arrumações e agora junta-se a pequenos itens que tenho recolhido por entre as ruínas para que um dia possam ajudar a ilustrar uma memória das Minas dos Carris.

Fotografia: © Rui C. Barbosa

Fotografia: © Miguel Campos Costa

Fotografia: © Rui C. Barbosa

sexta-feira, 7 de março de 2008

Velhos mapas...


Carris, Julho de 1935


Procurando em velhos livros e revistas, descobrir os segredos dos Carris...


Fotografia: © Revista Latina / Rui C. Barbosa