Carris, 4 de Junho de 2007
A 4 de Junho de 2007 visitei pela primeira vez a concessão mineira 2807 Castanheiro situada na Serra do Gerês a uns 5 km das Minas dos Carris. É um local magnífico que proporciona paisagens fantásticas e que guarda estórias que nós desconhecemos.
O volfrâmio no Castanheiro foi descoberto por Arnaldo Salgado e João de Deus Afonso por simples inspecção de superfície. Estes dois homens solicitaram a 8 de Julho de 1941 o pedido de direitos de concessão de uma zona cujo ponto de partida para a sua demarcação se situava no centro geométrico de uma casa denominada 'Casa da Cabana'. Os dois homens acabaram por ceder todos os direitos de concessão a Artur Gonçalves Pereira a 10 de Maio de 1943 e este a 8 de Junho do mesmo ano, cedo os direitos à Sociedade Mineira dos castelos, Lda. Os éditos de concessão provisória do Castanheiro são atribuídos a 17 de Julho de 1943. Pouco tempo depois, o governo recebe uma reclamação após a publicação dos éditos proveniente da Sociedade Mineira de Cadeiró, Lda. Esta sociedade estava sedeada em Souto Mouro, Bucos - Cabeceiras de Basto, e na altura dizia-se possuidora do manifesto da mina de volfrâmio denominada 'Mina dos Carris de Cima' (registada com o n.º 302 a 21 de Junho de 1941). A reclamação não seria aceite pois o pedido de concessão da Mina dos Carris de Cima havia já sido anulado.
O pedido de concessão definitiva dá entrada a 31 de Outubro de 1950 numa altura em que se aguardava pela resposta governamental ao pedido de transmissão da concessão para a Sociedade das Minas dos Gerês, Lda. A concessão do castanheiro é posteriormente vendida para a Sociedade das Minas dos Gerês pela quantia de 1407$oo e esta concessão passa para a propriedade desta sociedade 21 de Novembro de 1953.
O alvará de concessão do Castanheiro acabaria por ser revogado em 1992 a quando da revogação dos alvarás das três concessões das Minas dos Carris.
Fotografias © Rui C. Barbosa
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