terça-feira, 30 de novembro de 2010

Neve no Parque Nacional

Uma rápida incursão até onde me foi possível chegar de carro e sem correr muitos riscos. A neve começou por surgir em força em Covide, cobrindo com um manto branco toda a paisagem visível. Apesar do nevoeiro e das nuvens baixas, facilmente se concluia que toda a serra está coberta de neve. Ver a Calcedónia toda branca é algo de impressionante.

Consegue-se com cuidado chegar a S. João do Campo e à entrada da Geira Romana a imensa paisagem da Serra Amarela pintada de branco. Tentando esquecer o péssimo estado da estrada florestal (que trás mais preocupação para os carros do que a neve ou o gelo), vai-se percorrendo a distância por entre uma paisagem de branco, cinza e as cores do (ainda) Outono.

A passagem pelo Bico da Geira faz-nos entrar num cenário quase alpino onde o Rio Homem corre preso nas margens brancas. Depois da odisseia dos metros finais do extremamente e perigosamente esburacado caminho florestal, chega-se ao alcatrão da estrada nacional. Mais à frente, seguindo na direcção da Portela de Leonte, a indicação de um veículo do Parque Nacional a referir que a estrada estaria já cortada e que era impossível subir até Leonte. Uma inversão de marcha feita ao milímetro e uma espreitadela até ao vale do Homem e à Cascata de S. Miguel. Todo o Vale do Alto Homem é uma paisagem em tons de branco com a Encosta do Sol completamente coberta de neve. Pelo aspecto da estrada, seria difícil atingir a fronteira.

Regresso pela Geira Romana e decido evitar a estrada que passa por Lamas (um pouco depois aprecebi-me da boa decisão, pios a quantidade de neve é muita naquela zona), percorrendo a estrada pelo São Bento da Porta Aberta e passagendo pelas Pontes de Rio Caldo, chego às Caldas do Gerês. A estrada nacional deverá estar cortada em Secelo.

Segundo as últimas indicações é possível atingir a Portela do Homem vindo por Espanha (Lobios).

Algumas fotografias da neve no Parque Nacional... (caso alguém quira publicar aqui as fotografias deste nevão no Parque Nacional, pode enviar as fotografias para o email disponível).






























Fotografias: © Rui C. Barbosa

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Queda de neve em Leonte


Portela de Leonte, 29 de Novembro de 2010

E por entre o silêncio da montanha chegou a neve. Nesta altura ainda não cobriu a paisagem com um manto branco, mas promete!

Vídeo: © Rui C. Barbosa

Trilhos Seculares - Leonte / Bemposta

Continuo à descoberta dos trilhos perdidos pela Serra do Gerês. A quando da minha última passagem pelo velho estradão que percorre a encosta poente da Mata de Leonte, deparei-me com o que parecia ser um velho trilho. Na altura já não tinha muito tempo e deixei a exploração para outro dia.

Iniciando mais uma vez pelas traseiras da Casa Florestal da Portela de Leonte e seguindo o velho estradão que se inicia junto do monumento a Arthur Loureiro, fui subindo a encosta até atingir uma altitude máxima de cerca de 980 metros, altura em que o caminho inicia a descida. Uns metros mais à frente, junto de uma curva à direita, inicia-se um velho trilho que se segue em direcção à Bemposta não muito distante. Ao percorrer o caminho torna-se evidente a imensidão da serra e o fantástico vale de Maceira é visto em toda a sua extensão e esplendor.

O trilho percorre a encosta sensivelmente à mesma cota de altitude e está bem definido numa extensão de cerca de 1 km. Infelizmente, a partir de certa altura a progressão é muito complicada devido ao mato que entretanto foi crescendo num caminho que já não é utilizado. Apesar de várias tentativas para encontrar uma passagem para o Prado Amarelo, não consegui encontrar a passagem por entre o mato denso e na evidência da neve que se aproximava decidi voltar para trás e regressei pelo velho estradão até este entroncar na antiga estrada dos Serviços Florestais. Na descida foi a surpresa da queda de neve que já ameaçava há alguns minutos.













Fotografias: © Rui C. Barbosa

sábado, 27 de novembro de 2010

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Leonte - Rio dos Vidos (Rib. de Fontaíscos)

Aproveitando o dia frio e a vontade de caminhar, parti à descoberta de um velho caminho que já há algum tempo chamava a minha atenção.

Fugindo da estrada nacional, enveredei pela Mata de Leonte seguindo o valho caminho que em tempos idos ligava a Albergaria. Bem definido quase na totalidade, acabar por entroncar na estrada nacional umas dezenas de metros antes da Água da Adega. Chegado à Ponte de Maceira, virei á direita e penetrei no Gerês quase selvagem à vista do fim do vale e na esperança de que o caminho não estivesse muito fechado pela vegetação outonal.

Caminhando ao lado do Rio de Maceira e na base da Costa do Morujal, entra-se num ambiente natural ímpar apesar do caminho bem definido. A surpresa de encontrar os restos de uma velha ponte que certamente em tempos daria acesso ao prado (Prado de Maceira) mais adiante. Vai-se progredindo com o vento frio até chegar a uma bifurcação no trilho. Segui pela direita até encontrar uma pequena lagoa e o final do trilho... pelo menos a vegetação não me deixou ver o resto. Estava junto do Rio dos Vidos, segundo me indicava a minha Carta Topográfica de 1949 (ou junto da Ribeira de Fontaícos, segundo a minha Carta Topográfica de 1996). Até prova em contrário, fico-me pelos Vidos...

Não conseguindo progredir mais, regressei pelo mesmo caminho até à Ponte de Maceira e depois segui pelo velho estradão que percorre o perímetro da Mata de Leonte até chegar novamente à Casa Florestal de Leonte, início da minha pequena jornada de hoje.































Fotografias: © Rui C. Barbosa