quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Uma falta de civismo que é crónica

Portela do Homem, 17 de Agosto de 2010

Quando neste dia cheguei pela manhã à Portela do Homem a zona estava calma e só com dois carros. No entanto, era já visível a imensa quantidade de lixo que se vai acumulando nas bermas da estrada, nos recantos não escondidos, enfim um pouco por todo o lado.

A meio da tarde o cenário era completamente diferente... para pior; não havia um único lugar para estacionar, mais lixo e colocado em qualquer lado e à vista de qualquer um. Parece que já nem há o esforço de o esconder. Por outro lado, oa condutores não têm o menor problema em estacionar logo após a ponte sobre o Rio Homem em ambos os sentidos e não se trata só do estacionamento para ir tirar uma fotografia a uma queda de água cheia de gente, trata-se de um estacionamento de longa duração desrespeitando os sinais de trânsito que lá existem, as indicações das equipas de portageiros e as indicações escritas nos bilhetes de portagem. Não deixa de ser interessante o facto de que maioria dos veículos lá estacionados terem matrículas francesas que quando registadas pelas autoridades, são muito mais difíceis de autuar do que as matríuclas nacionais. E mais curioso é que, segundo um elemento da autoridade, os condutores destes veículos o sabem na maioria e por isso tomam esta atitute.

Esta é uma falta de civismo que é crónica. É um «chico-espertismo» parôlo que irrita!


Não é o Parque Naciobal da Peneda-Gerês que tem a obrigação de lá colocar os sacos de lixo para as pessoas depositarem o lixo. São as pessoas que têm a obrigação de transportar o lixo até um local onde o podem depositar.

Achei que o que via estava para lá dos limites e como tal referi isso aos elementos da equipa de portagem na Portela do Homem que são os últimos a quem devemos apresentar qualquer reclamação, pois não pertencem a qualquer organismo do estado mas podem no entanto referir a quem de direito. Não satisfeito com a resposta usual de "já dissemos aos guardas!", dirigi-me ao Centro de Educação Ambiental do Vidoeiro e apresentei lá a reclamação sobre o que se passava. Para além do esperado encolher de ombros e um olhar de espanto, lá surgiu a esperada resposta de que "os guardas estão para a serra por causa dos fogos e não há mais ninguém...".

Quando os governantes referem que as áreas protegidas não têm falta de recursos, mentem conscientemente e descaradamente.

Todos nós devemos reclamar acerca destas situações, pois pode ser que comecem a surgir os meios e as punições para quem desrespeita as regras do jogo.


Fotografias © Rui C. Barbosa

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