Notícia da Lusa no Diário de Notícias.
Duas notas...
1 - "O presidente da Câmara de Montalegre defendeu hoje não se pode continuar a "fornecer gratuitamente" um serviço de proteção e socorro, como o resgate que empenhou 39 operacionais e um helicóptero para retirar um jovem do Gerês." No entanto, o jornal Público refere que "Presidente da Câmara de Montalegre defende que em situações em que a emergência não se comprova os resgatados devem pagar o serviço." A subtiliza no tratamento da informação...
No entanto, porque é que o Presidente da Câmara Municipal de Montalegre não coloca a questão da necessidade de 39 operacionais para socorrer uma só pessoa quando temos exemplos em Espanha ou França onde os resgates são feitos com equipas especializadas de 4 ou 5 elementos (contando com o piloto do helicóptero)?
Situação extrema aconteceu em Janeiro de 2016 quando cerca de 90 operacionais foram destacados para socorrer três pessoas. Porque é que ninguém comentou esta situação quando existem equipas especializadas de salvamento em montanha disponíveis para estes casos?
2 - "Ninguém pode dar-se ao luxo de ir curar para a serra do Gerês os seus desgostos amorosos, as suas incompatibilidades sociais e os devaneios e sonhos que cada um possa ter. Quem o fizer, conhecendo os riscos que a serra comporta, está a agir e a atuar por conta própria e não podemos continuar a fornecer gratuitamente um serviço de proteção e socorro como aquele que foi desenhado e implementado nesta noite", frisou Orlando Alves. (in Diário de Notícias)
"O autarca defendeu que é preciso "imputar estes custos a pessoas irresponsáveis", ressalvando as situações em que o socorro é mesmo necessário, e referiu que deveria ser aplicada, por exemplo, "uma punição pecuniária ou a obrigação de fazer serviço cívico, de intervenção social para compensar a sociedade do investimento que a sociedade fez para lhe salvar a vida". "Deveria ser criada legislação específica que considerasse isto como devassa de uma zona protegida, de uma zona sagrada, e tal constituísse um crime punido material ou criminalmente na proporção dos gastos provocados", sublinhou." (in Público)
"O autarca defendeu que é preciso "imputar estes custos a pessoas irresponsáveis", ressalvando as situações em que o socorro é mesmo necessário, e referiu que deveria ser aplicada, por exemplo, "uma punição pecuniária ou a obrigação de fazer serviço cívico, de intervenção social para compensar a sociedade do investimento que a sociedade fez para lhe salvar a vida". "Deveria ser criada legislação específica que considerasse isto como devassa de uma zona protegida, de uma zona sagrada, e tal constituísse um crime punido material ou criminalmente na proporção dos gastos provocados", sublinhou." (in Público)
Será que o Ex.mo Sr. Presidente da Câmara Municipal de Montalegre desconhece o facto de que quem solicitar um resgate desnecessário pode incorrer numa coisa de até 30.000 euros?
Não é que este seja um não-assunto, mas não se pode resolver o problema começando pelo seu telhado.
Fotografia: Gonçalo Delgado/Global Images
1 comentário:
Há tempos, sobre os governantes portugueses, ouvi o Gonçalo Cadilhe dizer que lhes falta Mundo. Que lhes falta viajar. Neste caso viajar em determinado estado de espírito, de "mochila às costas", fora do contexto das viagens de negócios e protocolares.
Parece-me que, ao Sr. Orlando Alves lhe falta Montanha. Generaliza e revela ignorância.
Estou de acordo com a responsabilização em qualquer circunstância. Contudo, em vez de especular e julgar, sobre as razões que possam levar as outras pessoas a fazerem o que fazem, penso que faria melhor serviço caso refletisse, em primeiro lugar, sobre a ineficiência demonstrada nas operações de resgate implementadas.
Cumprimentos!
Paulo Santos.
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