terça-feira, 31 de dezembro de 2024

Termina 2024

 


E chegamos ao final de 2024!

Foram 211 caminhadas num total de 3.161,5 km (+17,4 km em relação a 2023) com 130.209 D+ (-3.160 em relação a 2023).

Objectivos para 2025?...

Fotografia © Susana Santos (Todos os direitos reservados)

Previsão meteorológica para Nevosa/Carris (31 de Dezembro a 7 de Janeiro)

 


Os dias frios irão continuar e a chuva irá regressar a partir de 4 de Janeiro.

segunda-feira, 30 de dezembro de 2024

Paisagens da Peneda-Gerês (MDCCXXVII) - As Albas e o marco triangulado

 


As Albas servem de pano de fundo ao marco triangulado da Lomba de Pau, Serra do Gerês.

Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

domingo, 29 de dezembro de 2024

Paisagens da Peneda-Gerês (MDCCXXVI) - Vale do Rio Conho

 


O Vale do Rio Conho, Serra do Gerês, tendo no fundo a Roca Negra (esquerda), o Quinão do Meio e a Roca das Pias (direita). 

Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

sábado, 28 de dezembro de 2024

sexta-feira, 27 de dezembro de 2024

"Gerês: Estrada da Mata de Albergaria será pavimentada"

 


A Câmara Municipal de Terras de Bouro adiantou que quer avançar com obras na estrada da Mata de Albergaria, para concluir a calcetagem em pedra.

Notícia d'O Minho para ler aqui.

É uma obra que é necessária, mas que deve ser acompanhada por medidas que tornem a circulação pedestre mais segura. Estas medidas podem passar pela colocação de lombas de redução de velocidade e, principalmente, por uma restrição na circulação de viaturas na época de Verão em determinados horários, fazendo-se uma descriminação positiva para os residentes. Na época de maior pressão sobre as Mata de Albergaria, a circulação deveria ser restrita em determinados horários (apenas permitida a residentes e a veículos de turismo, sempre com velocidade reduzida e controlada), permitindo um pleno usufruto da Natureza e da (pouca) tranquilidade daquele espaço único em todo o Parque Nacional.

Se o objectivo for apenas facilitar o acesso às actividades de Verão nas lagoas e no rio, e continuar com o usual forrobodó, então não passará de (mais) um atentado ao Parque Nacional.

Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

quinta-feira, 26 de dezembro de 2024

Paisagens da Peneda-Gerês (MDCCXXIV) - Senhores das alturas

 


Machos de cabra-montês, os verdadeiros senhores das alturas no Parque Nacional da Peneda-Gerês.

Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

Nem sempre há uma segunda oportunidade de corrigir os erros

 


Segundo noticiou a 26 de Dezembro o Jornal de Notícias, as obras do inqualificável miradouro sobre a Fecha de Barjas estão paradas devido à "desistência" por parte do empreiteiro.

As obras, que haviam começado há já uns meses, apresentavam sinais de estagnação há várias semanas. O local de início das mesmas encontrava-se vedado com uma grade que, entretanto, foi removida.

A notícia não revela as razões que levaram a empresa a desistir da empreitada, empreitada esta que está condicionada ao cumprimento de requisitos impostos pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).

Em parecer datado de 22 de Outubro de 2022, o ICNF deu parecer favorável condicionado à obra, ressalvando que (entre outros), "área de estacionamento à entrada não pode envolver escavações e aterro, sendo apenas possível o aproveitamento de alguma área sobrante da plataforma existente ou qualquer outra solução de carácter não permanente, que não envolva escavações ou aterros no local", "deve ser assegurada a salvaguarda de espécies arbóreas autóctones que ocorram no local do projeto e áreas limítrofes"; "evitar danos ou a destruição acidental da vegetação arbórea e arbustiva recorrendo, se necessário à sua proteção/sinalização através de meios adequados (a retirar no fim da obra)", "devem ser mantidas as sebes e as bordaduras naturais existentes, bem como preservadas/conservadas espécies arbóreas autóctones e ou protegidas." O parecer refere ainda que "tendo em vista acautelar a segurança dos visitantes recomenda-se ainda que seja eliminado o acesso, a partir da plataforma, às escadas que interligam com as cascatas e reduzido o número de acessos à própria plataforma, considerando apenas um ponto de entrada, no sentido de Fafião."

Nem sempre há uma segunda oportunidade de corrigir os erros.

Previsão meteorológica para Nevosa/Carris (26 de Dezembro a 2 de Janeiro)

 


Continuam os dias soalheiros e sem chuva, mas com frio.

quarta-feira, 25 de dezembro de 2024

terça-feira, 24 de dezembro de 2024

Festas Felizes e Próspero 2025

 


O blogue Carris deseja a todos os seus leitores e amigos, Festas Felizes e um Próspero 2025!

Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

"Absolutio"

 


Como é tradição, o blogue Carris apresenta um conto de Natal da autoria de Luís Vendeirinho para esta quadra de 2024.

Absolutio

Sim, senhor padre. A tentação falou mais alto”. E o carteiro arrependido ergueu-se, dada a penitência, para ouvir a cortina fechar-se atrás de si enquanto caminhava no mármore tingido pela luz dum vitral. Entrara no templo confiante que as orações, impostas pelo ritual, bastariam para lhe aliviar a consciência. Engano. Ia preso por dúvidas, sufocado com o receio de bater contra a justiça dos homens, na prece para a coragem que lhe fugia vir donde não a sabia adormecida. Fora na pobreza da solidão, no abandono onde não reconhecia um só nome que pudesse dar à amizade, que tinha germinado a ideia trágica para fazê-lo acreditar na sua insanidade. Por altura das Festas, o saco de trabalho pesava em dobro com os votos que distribuía de casa em casa. Carregado com palavras fraternas, nessa manhã soalheira foi atraiçoado pelo sentimento negro do despeito anónimo, ele que não se lembrava já de qualquer abraço ou rosto de alegria para o conforto passageiro a que todos brindavam. Para o derradeiro cacifo, rés da calçada em frente do palacete que sempre lhe avivara a imaginação, com o jardim velado por sebes altas onde se ouvia o cantar da água, tantas vazes misturado com a música quase imperceptível vinda pela janela, tinha um maço de envelopes. Carteiro sabe sempre o que escondem os sobrescritos, sabe distingui-los pela forma, pela franquia, pelo tato. E roubou um para si, não lhe importou qual, num gesto inexplicável que foi saboroso como louvor atribuído pela dedicação a uma causa. Ao fazer-se o lampejo do remorso pela traição, já longe do local do crime, jurou não violar o segredo selado que tinha entre mãos. 

Dias depois regressou pelo próprio pé, quase noite e sem a insígnia, iluminado pela sinceridade do gesto que faltara na presença do padre. A imaginação do carteiro ficou à entrada, esboroou-se em surpresa. Era um velhote, barbudo e bem-humorado para as circunstâncias, quem o convidava a entrar. Instalados no aconchego da sala onde crepitava o lume, o anfitrião deu ao ambiente um toque morno vindo em forma de música. Ao ver o carteiro emperrado nas suas razões, com a carta no colo, o velhote falou-lhe com um brilho vivo no olhar. “Se o motivo não fosse para ti constrangedor, achavas outro meio para o resolver sem pedires para me falar. Eu conheço-te, és o carteiro, o homem capaz de fazer pontes onde mais ninguém se atreve, porque o peso do trabalho não está no saco que te confiam. És fraco como todos os outros, erras. Não apagues agora o teu erro com palavras, basta-me o gesto do missionário, nesta Quadra”. Duas palavras, duas vieram-lhe do íntimo com a mão estendida. “Eu roubei”. 

Ambos cearam. O carteiro guardou a pergunta por fazer: como explicar tantas cartas dirigidas a um velho solitário?

Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

Paisagens da Peneda-Gerês (MDCCXXII) - O Marco K e as Minas dos Carris

 


Um cenário épico na Serra do Gerês, tendo em primeiro plano o Marco K, que domina a Corga da Carvoeirinha, e ao fundo parte das ruínas do velho complexo minero dos Carris. Em último plano surgem os recortes da Nevosa.

Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

Previsão meteorológica para Nevosa/Carris (24 a 31 de Dezembro)

 


Continuamos com dias soalheiros e frios, mas com alguma - pouca - precipitação à vista para o final da semana.

segunda-feira, 23 de dezembro de 2024

Paisagens da Peneda-Gerês (MDCCXXI) - Fonte da Cantina

 


A Fonte da Cantina é também ela uma memória da presença dos Serviços Florestais na Serra do Gerês.

Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

domingo, 22 de dezembro de 2024

sábado, 21 de dezembro de 2024

Paisagens da Peneda-Gerês (MDCCXIX) - O Ribeiro da Quelha da Buraca

 


O Ribeiro da Quelha da Buraca despenha-se pelas encostas da Serra do Gerês, sendo um afluente do Rio Gerês.

Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

sexta-feira, 20 de dezembro de 2024

A vingança das mimosas

 


Há uns meses, o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas e o Parque Nacional da Peneda-Gerês, procederam a uma acção de combate às infestantes na encosta sobranceira ao Parque de Campismo do Vidoeiro.

Nas semanas seguintes, quem teve a oportunidade de percorrer o Trilho dos Miradouros, reparou que dezenas ou centenas de mimosas e austrálias estavam secas ou a sofrer os efeitos do herbicida e das acções levadas a cabo.



Meses depois, parece que as invasoras voltaram em força, como se pode ver pelas fotografias. Penso que este tipo de acções de combate às invasoras só terão sucesso se forem permanentes no terreno, principalmente onde a sua implantação é forte. Ali, vemos novas árvores a nascer a partir das raízes e de outras árvores que foram intervencionadas há meses.

O combate às invasoras, nomeadamente às acácias, é um dos principais problemas que o Parque Nacional da Peneda-Gerês enfrenta, mas neste país, só há dinheiro para organizar campeonatos do mundo de futebol e salvar a banca corrupta.

Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

Paisagens da Peneda-Gerês (MDCCXVIII) - A Laje do Sino e o Curral das Albas

 


Caminhando pela fronteira geresiana, um vislumbre da Laje do Sino sobre o Curral das Albas.

Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

Previsão meteorológica para Nevosa/Carris (20 a 27 de Dezembro)

 


Continua o «marasmo» anticiclónico com os dias frios e sem nuvens.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2024

Idade para ter juízo - 18.º aniversário do blogue "Carris"

 


Este dia assinala o 18.º aniversário do blogue "Carris"!

Criado a 19 de Dezembro de 2006, sabia à partida que não ia ter prendas no Natal por nascer tão perto do dia 24... São 18 anos de publicações (11.795) contínuas e quase diárias, e que actualmente abrangem temas relacionados com a montanha do Parque Nacional da Peneda-Gerês, a vivência nestas serras e outros assuntos pontuais.

No entanto, o blogue nasceu em busca da História das Minas dos Carris e apesar de as publicações relacionadas com este tema surgirem agora em pouco número, não deixa de ser o seu fio condutor e a incessante busca de informações e dados históricos continua a cada caminhada por entre as ruínas do velho complexo mineiro.

O blogue é fonte e depósito de informação sobre a História das Minas dos Carris, sobre o Parque Nacional da Peneda-Gerês (a sua actualidade e, acima de tudo, a sua História desde a génese dos Serviços Florestais), sobre as actividades de montanha e sobre as caminhadas que o seu autor por lá - e por outros locais - vai fazendo.

Ao longo dos anos terão sido milhares de pessoas a ler o blogue e muitas delas confiam na informação aqui existente para explorar as serranias do Parque Nacional. Despertando paixões e, acima de tudo, profundos ódios (algo que por esta altura me dá inegável prazer!), algumas dessas pessoas falaram sobre o blogue:

Quem se cruzou com o Rui Barbosa sabe que não deve haver ninguém que tanto ama o nosso único Parque Nacional e tão bem o retrata. 

Penso que inicialmente a sua motivação se focou no interesse sobre as Minas dos Carris, facto que o levou mais tarde a publicar um livro com esse mesmo titulo, “Minas dos Carris - Historias Mineiras na Serra do Gerês”, mas logo se tornou num lugar de estórias e memórias 

Com uma grande sensibilidade para a Natureza e em completa simbiose com o meio que o rodeia, Rui Barbosa tornou este blogue num lugar único onde nos apetece sempre voltar.

Este também é um espaço onde por vezes assume as suas posições quer políticas, quer sociais sem filtros, sem medos, o que é de elogiar na época que vivemos, aqui não há espaço para os “politicamente corretos”.

Deixo aqui os parabéns ao blogue e ao seu criador e espero sinceramente que alguém um dia reconheça o valor inegável deste épico acervo escrito e fotográfico sobre o PNPG.

Susana Santos, Campo do Gerês

Há paixões indisfarçáveis, desnudas, que se revelam no ecoar impaciente dos passos e no esbugalhar constante do olhar. Passos que vivem na ânsia da busca, da revisita, da descoberta, passos que ofertam aos olhos os encantos e os segredos serranos.

Essa paixão é como que um fogo, que acalenta o pensamento, se apodera dos sentidos, que alumia o negrume de um olhar incessantemente esfomeado de beleza. 

É assim a paixão do Rui. Ela habita-lhe todos os recantos do corpo, coloniza-lhe o espírito, entranha-se-lhe na essência, condenando ao permanente desassossego das suas pernas.  

O blogue “Carris” é o filho, agora maior, dessa flama, desse arrebatamento. 

Ele é o testemunho da paixão do Rui e da sua continuada declaração de amor ao nosso Parque Nacional, constituindo, em simultâneo, uma inestimável fonte de conhecimento.

E dessa fonte, generosamente partilhada, bebemos todos nós, todos quantos de alguma forma nos irmanamos nesse gostar e que vamos dando graças por essas inesgotáveis e renovadas partilhas de saber, de descobertas e de espantos, que são ali descritos com uma tal intensidade e riqueza de pormenor que, inelutavelmente, nos sentimos transportados para as serranias, e para o apelo de liberdade que elas representam.  

O blogue do Rui é o repositório das coisas do nosso Parque, um tesouro profundo e vasto das suas toponímias, dos seus variados espaços, e pedra basilar na luta contra o esquecimento.

Por isso e por muito mais, muitos parabéns a ti, Rui Barbosa, e pela maioridade dessa tua inestimável criação.  

Paulo Costa, Braga

Uma rajada arranca do chão sombras das ruínas, o único vestígio de movimento entre o granito que se finge adormecido. Nesta ilusão do tempo inumano, sem que o olhar saiba onde se perder, a memória que resiste já não tem amo, os súbditos foram sonhar longe o sonho entretanto esboroado em nada.

O orvalho das madrugadas, que foi suor, o uivo do lobo, que foi lamento, o luar, que foi candeia, são agora a cadência dos passos do intruso acolhido como convidado. E o espírito de quem chega sente-se envolvido em abandono e paz, numa homenagem que fica sempre por fazer. Alguém murmura em segredo uma prece para não ser ignorado, é a voz de quem não tem voz, dalguém espoliado que deu corpo e alma para descobrir a derme da casa comum, cuja sombra resiste como a das ruínas ao vento. No topo do caminho, que julgam o destino, haverá quem encontre a ampla alameda do entendimento da humana condição, ou quem tenha de virar-se como Sísifo dobrado pelo cansaço.

Uma águia sobrevoa o mundo que gira pela mão das leis do universo e a noite cai, no coração do firmamento a luz fria das estrelas continua a criação da matéria. O primeiro nevão trata de apagar a assinatura dos salteadores, os despojos despertam no silêncio, como um galho de urze a romper o gelo num sinal de presença.

Luís Vendeirinho, Lisboa

Este espaço é fruto de um magnífico trabalho que o Rui tem desenvolvido sobre a Serra do Gerês e sobre o PNPG. São já 18 anos de muitas informações, relatos de caminhadas, documentos históricos, e um sem número de informações geográficas e culturais da Serra do Gerês. Tudo isto está aliado a um enormíssimo espólio fotográfico que complementa todo o texto presente.

Conheço o blogue há cerca de 6/7 anos, acompanho-o assiduamente, muitas vezes diariamente há pelo menos 4 anos. Como a muitos outros, as Minas dos Carris foram a chave que me levou até este portal. Aos poucos ia conhecendo verdadeiras riquezas da Serra do Gerês e o meu interesse, como uma semente, ia crescendo. Chegava a gastar (e tal ainda acontece) às vezes uma hora a deambular pelos topónimos, descrições, mapas e fotos das caminhadas publicadas no blogue. Sem sombra de dúvida, muitas das coisas que hoje sei sobre a serra foram aqui recolhidas; por isso, é de expressar o meu agradecimento ao Rui pela magnífica oportunidade que é poder consultar este portal sempre atualizado. É costume o Rui dizer que é quase infindável a quantidade de sítios com que nos podemos maravilhar na Serra do Gerês, e eu digo que neste blogue com a quantidade de informação que encerra quase que podemos ter uma aproximação disso! Quem souber sentir a paixão com que os relatos das jornadas são escritos, tem uma porta de entrada quase direta para a Serra do Gerês, e isso é de valorizar!

Um grande bem-haja ao Rui pelo blogue "Carris" e todo o seu trabalho em prol do Parque Nacional!

Francisco Ascensão, Lisboa

Feliz aniversário e parabéns a todos! Obrigado por (ainda) cá voltarem! 

Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

Paisagens da Peneda-Gerês (MDCCXVII) - O limite de fronteira e o marco triangulado

 


O marco triangulado da Pedra Furada está assente num dos pontos de delimitação da fronteira entre Portugal e a Galiza na Serra do Gerês.

Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

Previsão meteorológica para Nevosa/Carris (19 a 26 de Dezembro)

 


Os dias de chuva já se foram e os próximos dias trarão céus quase limpos e tempo frio. Estamos às portas do Inverno.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2024

Previsão meteorológica para Nevosa/Carris (18 a 25 de Dezembro)

 


Dia de chuva em todo o Parque Nacional da Peneda-Gerês, mas será «Sol de pouca duração», pois os dias secos e frios irão voltar, não estando prevista precipitação após o dia 20 de Dezembro e pelo menos até ao dia de Natal.

terça-feira, 17 de dezembro de 2024

Paisagens da Peneda-Gerês (MDCCXVI) - Pé de Cabril desde o Pé de Salgueiro

 


O Pé de Cabril é aqui visto desde a subida para o Pé de Salgueiro, Serra do Gerês.

Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

Previsão meteorológica para Nevosa/Carris (17 a 24 de Dezembro)

 



Após um pequeno episódio de chuva no dia 18 de Dezembro, os dias secos e frios irão continuar. O bloqueio anticiclónico continua e nada de precipitação.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2024

domingo, 15 de dezembro de 2024

Paisagens da Peneda-Gerês (MDCCXIV) - Um mar de granito

 


Debruçado sobre a Corga de Lavadouros navega-se num mar de granito na Serra do Gerês.

Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

sábado, 14 de dezembro de 2024

sexta-feira, 13 de dezembro de 2024

Previsão meteorológica para Nevosa/Carris (13 a 20 de Dezembro)

 


Os dias de neve ainda não chegaram cá, apesar do frio a precipitação foi muito pouca ou reduzida. Esperemos um pouco mais. As temperaturas vão subir um pouco mais e pode chover entre 17 e 19 de Dezembro.

Paisagens da Peneda-Gerês (MDCCXII) - O Vidoal e o Pé de Cabril

 


O Prado do Vidoal surge como um oásis verde por entre a paisagem granítica da Serra do Gerês aqui coroada com o Pé de Cabril.

Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

quinta-feira, 12 de dezembro de 2024

3012

 


Hoje passei a marca dos 3.000 km de caminhada em 2024. Agora, é continuar a superar-me a mim próprio e passar a marca de 2023...

Fotografias © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

Notas soltas sobre os abrigos pastoris do Prado do Vidoal

 


Um dos objectivos do Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG), na sua génese, é a preservação na História do território onde se implementa. Infelizmente, desde o princípio, muitos dos objectivos do PNPG ficaram por se cumprir e a preservação - ou estudo da História - é um deles.

De facto, o PNPG apenas preserva aquilo que está à vista! Não é que espere ver um Indiana Jones com o seu típico chapéu e chicote a calcorrear as serranias geresianas ou do Parque Nacional, mas quando o financiamento do PNPG é medíocre, não se pode esperar muito.

Desta forma, muito do património histórico edificado vai-se perdendo ou esquecendo, pois mesmo a memória dos mais idosos vai-se esvanecendo e com ela a História do território.

E a História está em todo o lado, apenas precisamos de estar atentos. Em muitos currais podemos observar os velhos abrigos pastoris, memória secular da presença do Homem nestas serranias. Refúgios para as frescas noites de Verão, estas construções podem ser vistas, juntamente com os seus currais (se for o caso) como o testemunho mais antigo da milenar relação entre o Homem e as montanhas do Parque Nacional.

Estes abrigos podem também ser os últimos vestígios das velhas tribos nómadas que há milhares de anos deambulavam por estas serras. Os abrigos que agora conhecemos são antigos e alguns terão o testemunho da sua construção. Porém, existem vestígios em alguns lugares que nos mostram que a ocupação de alguns currais é, de facto, muito anterior há existência dos actuais abrigos pastoris.

Um destes exemplos é o Prado do Vidoal, na Serra do Gerês, onde podemos facilmente assinalar três fases de ocupação do prado. A imagem seguinte mostra a localização do que penso ser os restos de velhos abrigos (A, B e C) e o conhecido abrigo pastoril do Vidoal (D).


Os restos dos abrigos A e B são típicos dos fornos pastoris da Serra do Gerês, isto é, uma base circular que mostra ter havido ali uma estrutura em forma de falsa cúpula. O abrigo B encontra-se mesmo numa elevação e tira partido de uma rocha na sua parte Poente. A abertura do abrigo A estaria voltada para Nascente.


Restos do abrigo A


Restos do abrigo B


Restos dos abrigos A e B

Por seu lado, o abrigo C tira partido de uma grande rocha a Nascente e a colocação das pedras mostra perfeitamente a sua entrada. Este abrigo deverá representar uma segunda fase de ocupação do local.


Restos do abrigo C

O abrigo D é o mais actual e representa uma fase mais recente da ocupação do prado. Este abrigo foi construído em 1953 e poderá tirar partido de uma construção anterior, talvez edificada pelos Serviços Florestais.



O actual abrigo pastoril do Prado do Vidoal. Na fotografia nota-se a presença de um alinhamento de pedras que poderão ter pertencido a uma edificação anterior e que serviu de base para o actual abrigo.


A gravação '1953' em baixo relevo indica o ano de construção / aproveitamento do abrigo pastoril. De notar a presença de símbolos (ómega, cruz templária? e outros)


Fotografias © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

Previsão meteorológica para Nevosa/Carris (12 a 19 de Dezembro)

 


A chuva deverá voltar em força no dia 18 de Dezembro. Até lá, continuam os dias frios e sem precipitação.

Paisagens da Peneda-Gerês (MDCCXI) - Porta Roibas desde as Velas Brancas

 


O maciço e as medas de Porta Roibas, Serra do Gerês, vistas desde as Velas Brancas.

Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

quarta-feira, 11 de dezembro de 2024

Análise ao mapa dos Perímetros Florestais do Gerês e Terras de Bouro em 1939.

 


Este mapa mostra os perímetros florestais da Serra do Gerês e de Terras de Bouro em 1939 e da sua análise tiram-se interessantes conclusões sobre o que na altura se pensava que seriam os planos de expansão dos Serviços Florestais neste território.

O perímetro assinalado no mapa expande-se muito para lá do perímetro estabelecido pelos Serviços Florestais em 1888 naquilo que se chamaria a "Mata Nacional do Gerês", abrangendo já territórios da Ermida e da Vezeira de Fafião (inseridos no concelho de Terras de Bouro).

Observação interessante relaciona-se com as Casa Florestais já construídas (Pedra Bela, Vidoeiro, Pereira, Assureira, Ermida, Lamas, Leonte, Albergaria, Palheiros, Bouça da Mó e Junceda) e com as Casas Florestais que estavam previstas para construção (Água da Pala, Ovos, Malhadoura, Pássara e Escuredo).

Existem ainda três construções assinaladas (Prados da Messe, Abrótegas e Cidadelhe) que são muito interessantes.

Nos Prados da Messe é sabido que esta construção chegou a concretizar-se, sendo finalizada em Setembro de 1908, tal como Tude de Sousa refere no seu livro "Mata do Gerês": "Não havendo nenhuma casa, ou abrigo, para o pessoal florestal na extensa zona da serra alta, desde a Pedra Bela aos Prados, havia sido solicitada a construção de uma pequena casa no curral dos Prados, que foi feita neste ano (1908). Sendo certo que nenhuns trabalhos haviam sido ainda por ali realizados, não era menos certo que aquela parte da serra era de elevada importância, por ser um dos mais aproveitados centros de pastoreação dos gados vizinhos e ainda por ter a curtas distâncias bons núcleos de arborização espontânea.


A ruína da casa erigida pelos Serviços Florestais nos Prados da Messe.

Ao mesmo tempo, aproveita-se a oportunidade de prestar um bom serviço aos vezeiros de Vilar da Veiga, a quem o usufruto do curral pertence e cujas boas relações de vizinhança convém absolutamente manter, proporcionando-se lhes melhor acolhida do que a que o seu forno lhes dá, o que se fez, destinando-se-lhes metade da referida casa, que em Setembro ficou já concluída.

A existência de um edifício na Água da Pala também pode ser demonstrada. De facto, junto à ruína do que terá sido o edifício de apoio aos cantoneiros que cuidavam da estrada mineira, existem os restos de uma edificação que poderá ter sido erguida anteriormente pelos Serviços Florestais. Aliás, em tempos chegou-me a ser referido que aquele zona terá servido de viveiro florestal e de facto parece lá existir uma área onde isso possa ter ocorrido. Em "Minas dos Carris - Histórias Mineiras na Serra do Gerês", refiro que "em tempos terá servido de curral para abrigo dos rebanhos de cabras, tal como é referido num artigo publicado no Século Ilustrado em Março de 1955, tendo também servido como armazém relacionado com a exploração mineira ou manutenção do estradão por parte de cantoneiros."

Nas Abrótegas não parece haver qualquer edificação. Porém, e se atendermos a que a localização no mapa pode estar errada por umas centenas de metros devido à sua escala, encontraremos em Lamas de Homem os restos de uma edificação. Em "Uma antiga construção em Lamas de Homem?" chego a referir que "ao contrário do que acontece com o edifício que em tempos existiu nos Prados da Messe e do qual restam as ruínas (tendo sido construído pelos Serviços Florestais em finais do século XIX ou princípios do século XX), não existe nenhuma referência à presença de um edifício em Lamas de Homem." Com o mapa em cima, vejo agora que estava errada e que de facto este poderá ter sido um edifício dos Serviços Florestais ali construído.


Restos de uma edificação em Lamas de Homem.

Note-se que algumas das casas florestais estavam já ligadas por telefone (Albergaria com Palheiros, e Casa da Administração Florestal com Pedra Bela, Ermida, Pereira, Assureira, Lamas, Vidoeiro e Junceda) e que projectava-se a construção de uma linha que iria ligar às casas que estavam projectadas (Assureira para Pássara, da Pedra Bela para Ovos, da Albergaria para Água da Pala, Abrótegas, Prados da Messe e Cidadelhe).

O mapa revela o pormenor interessante da estrada que apenas ligava as Caldas do Gerês à Portela de Leonte, havendo o projecto de se prolongar a estrada para Albergaria, seguindo depois para a Portela do Homem, mas continuando Vale do Alto Homem acima até às Abrótegas. Aqui, a estrada iria flectir a Sul, seguindo na direcção de Cidadelhe e Prados da Messe, continuando no que parece ser Conho, Lomba de Pau, descendo para o Vale de Teixeira e prosseguindo até Lomba do Vidoeiro e conectando com a estrada na Pedra Bela. A estrada seria concretizada em 1942/1943 com uma empreitada da Sociedade Mineira dos Castelos, Lda. que iniciaria a mineração de volfrâmio em larga escala na Mina do Salto do Lobo (Minas dos Carris)

De notar que em 1939 ainda não estaria completa a estrada entre as Caldas do Gerês e o Campo do Gerês (S. João do Campo).

Fotografia: ICNF

Fotografias © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

"Datos para la historia del Monasterio de Junias"

 


Da autoria de Maria Damian Yañez Neira, "Datos para la historia del Monasterio de Junias" foi publicado como uma separata da revista Bracara Augusta em 1978, sendo um interessante acrescento para o acervo pessoal que versa a temática do Parque Nacional da Peneda-Gerês.