sexta-feira, 19 de julho de 2024

Mercado no Campo do Gerês

 


Este evento decorre a 21 de Julho, 4 e 18 de Agosto de 2024.

quinta-feira, 18 de julho de 2024

Apresentação pública e exposição

 


No dia 20 de Julho, pelas 18h30, terá lugar a apresentação pública e inauguração da exposição "Análise da construção, da arquitetura e do urbanismo tradicionais da região e propostas para a Peneda".

O evento decorre na Casa das Artes - Biblioteca Tomaz Figueiredo, nos Arcos de Valdevez.

Paisagens da Peneda-Gerês (MCD) - No ponto mais alto

 


As cabras-montesas no ponto mais alto da Serra do Gerês, o Pico da Nevosa, mantendo-se vigilantes sobre a paisagem.

Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

quarta-feira, 17 de julho de 2024

Os grafitos e as pinturas no Parque Nacional

 


Esta é uma situação cada vez mais comum em algumas zonas do Parque Nacional da Peneda-Gerês, mas infelizmente é algo que se tem visto também noutras áreas protegidas nacionais e estrangeiras.

São coisas que vêm com o turismo massivo, pois certamente que não será quem vive no Parque Nacional a fazer isto

E a ausência da identificação dos autores destas palermices só revela a sua cobardia e pequenez; fica bem entre os amigos e as suas redes sociais, mas não têm a coragem de o admitir em público.

Apesar de já ocorrer antes, parece que o «fenómeno» tornou-se mais comum depois da pandemia, surgindo nas paredes, nos leitos dos rios, nas rochas... Impõe-se a pergunta: quem é esta gente que vem para a montanha ou para um Parque Nacional com latas de tinta na mochila? Certamente que são coisas do turismo de qualidade que nos últimos anos tem vindo para o Parque Nacional.

São atentados à Natureza, à História e acima de tudo, a quem vive no Parque Nacional. Um total desrespeito por estes lugares e pelas suas pessoas. Tudo o que aqui está tem um valor significativo para quem cá vive e para quem, de facto, quer visitar o Parque Nacional com respeito e respeitando, e que não está à espera que ver pinturas egocêntricas nas paredes, nas rochas, nas ruínas, etc.

Algumas vezes as redes sociais servem para encontrar coisas perdidas, não seria mau encontrar estes pássaros de por aqui pousam.

Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

terça-feira, 16 de julho de 2024

Paisagens da Peneda-Gerês (MCCCXCIX) - A Arrocela sobre um céu «arado»

 

O alto de Arrocela é coroado por um céu «arado» que antevia a chegada da chuva à Serra do Gerês.

Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

domingo, 14 de julho de 2024

sábado, 13 de julho de 2024

Trilhos seculares - Do Arado à Rocalva, uma caminhada pela Serra do Gerês

 


Caminhada à magnífica Rocalva através do Vale do Cando num evento organizado por RB Hiking & Trekking.

A paisagem do Vale do Cando é um daqueles «pequenos» espaços da Serra do Gerês de nos tirar as mais exaltadas exclamações. O cenário que se nos depara tendo como fundo a Roca Negra, à qual fazem companhia a Rocalva, Quina do Meio e Roca de Pias, leva-nos para os cenários de grandeza que somente a Serra do Gerês nos oferece.



A caminhada iniciou-se no Arado (Barracão) e tomamos o caminho florestal até chegarmos à escadaria de acesso ao Miradouro da Cascata do Arado, seguindo para o Curral de Giesteira e depois para a Corga do Urso para atingir o Curral de Coriscada (Portelos). Fizemos depois uma passagem pelo Curral de Arrocela com o seu abrigo pastoril e seguindo depois para o colo de acesso ao Vale do Cando.

No bordo do Vale do Cando, à vista do Estreito, a paisagem engrandece-se com a visão do profundo vale, da magnífica vertente granítica e das paredes verticais que nos assombram a alma! Tendo já o topo da Rocalva no nosso espaço de visão, as paredes da Roca das Pias causa-nos um assombro pela sua verticalidade em comparação com o Quinão do Meio. Caminhando pelos estreitos carreiros do pastoreio, vamos ganhando distância nos aparelhos e aproximámo-nos do nosso objectivo. Vencida a Encosta do Cando por um percurso pouco exigente, entramos no Vale do Cando e passamos o pequeno riacho à vista da imensa Roca Negra e do pequeno abrido que ali se resguarda.



A maioria do desnível positivo é vencida nesta distância entre o Arado e o Cando, mas faltava um pouco mais para chegarmos a Rocalva. A subida foi feita de forma decidida e os rostos alegraram-se à vista próxima do colosso adormecido. O Curral da Rocalva com o seu prado verdejante, é uma visão magnífica. Verdadeiro oásis na imensidão rochosa da Serra do Gerês, é um descanso na paisagem de urze, carqueja e tojo que nos vai esfoliando a pele numa passagem mais atrevida.

Depois do merecido descanso para os corpos já cansados, inicia-se o regresso que nos leva a passar no Curral do Vidoeirinho e depois nas imediações das Portelas do Estreito e pelo Estreito. Mais paisagens imensas, mais exclamações de grandiosidade! A profundidade do Vale da Touça com o seu pequeno curral lá no fundo, nas vertentes de Porta Roibas, e a grandeza da paisagem coroada pelo titânico Borrageiros, alimenta o vocabulário expressivo daqueles que, já cansados, não se cansam de tamanha plenitude!

Em pouco tempo chegamos ao Curral de Pradolã e iniciamos a descida para Pousada à vista dos Bicos Altos, seguindo depois para Pinhô e descendo para a Ponte das Servas. Depois de passar Tribela, seguiu-se o Curral dos Portos e o Curral de Malhadoura, prosseguindo depois pela estrada florestal até ao ponto de partida!






















Fotografias © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

Paisagens da Peneda-Gerês (MCCCXCVIII) - Roca Negra e o Cando

 


O abrigo pastoril do Cando aos pés da Roca Negra, Serra do Gerês.

Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

sexta-feira, 12 de julho de 2024

Paisagens da Peneda-Gerês (MCCCXCVII) - A Corga do Urso

 


A Corga do Urso, um topónimo que testemunha a presença deste animal na Serra do Gerês, vista desde o Curral de Giesteira.

Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

quinta-feira, 11 de julho de 2024

Serra do Gerês - Uma variação ao Trilho dos Currais

 


Nesta caminhada fiz uma variação ao Trilho dos Currais, Serra do Gerês, a partir da Chã da Carvalha das Éguas.

Seguindo inicialmente pelo traçado do Trilho Currais desde Pedrogo, segui pelo antigo Curral do Vidoeiro e iniciei a subida paralela à Corga da Sernada até entroncar no caminho florestal junto do Penedo do Trovão. Continuando a subir, chegava ao Curral da Lomba do Vidoeiro e daqui segui para a Chã da Carvalha das Éguas onde está o curral com o mesmo nome.



Na Chã da Carvalha das Éguas abandonei o traçado do Trilho dos Currais ladeando o cercado e subi um pouco até encontrar de novo o caminho florestal, iniciando então a descida para a Encosta do Cocuruto. O caminho vai-nos levar até à Pedra Bela passando sobre a Encosta de Feixa Ferreiros e pelo Penedo do Cocuruto.

Na Pedra Bela tomei de novo o traçado do Trilho dos Currais por algumas dezenas de metros para iniciar a descida para as Caldas do Gerês. Porém, ao chegar à estrada florestal (e antes de descer para o Curral do Gaio) tomei um novo caminho florestal que me levaria a descer a Encosta da Corga da Assureira. Ao se dividir em dois, e não querendo descer até à Assureira, segui à direita, passando na Encosta de Passos e passando sobre a Tomada do Alemão, chegando então à Carona (e voltando ao traçado do Trilho dos Currais). O percurso leva-nos então a passar pelo Rigor e junto do antigo edifício da Administração Florestal (Challet Florestal do PNPG), antes de atingirmos o ponto de partida.

Foi uma caminhada com uma extensão de 12,1 km e 683 m D+.






Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

Paisagens da Peneda-Gerês (MCCCXCVI) - Chã da Carvalha das Éguas

 


A Chã da Carvalha das Éguas, Serra do Gerês.

Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

quarta-feira, 10 de julho de 2024

Os trabalhos dos Serviços Florestais na Serra do Gerês em 1903-1904

 


Neste ano, a área ocupada pelos Serviços Florestais vê-se alargada pela cedência de um terreno na Assureira.

De facto, a 9 de Agosto de 1903, Manuel Francisco da Costa - comerciante do Porto e sócio da Empresa das Águas do Gerês - que era proprietário de um pequeno terreno na Assureira localizado na extrema Sul da Mata do Gerês, resolveu oferecê-lo ao Estado.

Num ofício datado daquela data, refere que "O signatário unicamente pede a V. Ex.ª, pela sua oferta, a construção de uma pequena casa ou chalet para o guarda e a plantação de arvoredo, pois a sua muita amizade às caldas do Gerês o obriga a desejar que aquele local seja aformoseado, não somente pela esplêndida situação, como sendo um dos pontos mais frequentados pelos aquistas, que ficarão com livre entrada no seu terreno, plantado de arvoredo."

Quando foi informado sobre esta intenção, o silvicultor Egberto Mesquita referiu que tal oferta deveria ser aceite, pois o terreno está localizado na extrema Sul da Mata do Gerês, junto da estrada nacional e na ligação com outros caminhos, o que o tornava recomendável para a construção de uma casa de guarda, pois, não só se vigiaria um frequentado ponto de saídas, como se alcançaria a vista de todo o vale, desde a Preguiça ao Vilar da Veiga.

O terreno seria aceite por despacho lavrado a 12 de Agosto com as condições impostas e o oferente louvado no Diário do Governo de 8 de Setembro de 1903, tendo a escritura de doação sido lavrada na cidade do Porto a 18 de Janeiro de 1904, pelo notário António Joaquim dos Reis Castro Portugal, em cujo cartório ficou registada no livro n.º 792 a folhas 32 verso.

Neste ano foi iniciada a construção da Casa do Guarda da Assureira, tendo como base um projecto do regente Oliveira Carvalho. Neste ano económico ficou concluída a casa da Repartição Florestal projectada pelo silvicultor Mendes de Almeida (em baixo) e construída sob a direcção de Oliveira Carvalho.


As sementeiras realizadas foram as seguintes:

Palas..........................56 ha

Escuredo....................2 ha

Penedo Redondo.......28 ha*

Rio Homem...............6 ha (Total, 92 ha)

* Curiosamente, Tude de Sousa refere que dos 28 hectares semeados no Penedo Redondo, 1 hectare seria de Pinus Strobus, sendo certo que nunca foram encontrados vestígios de tal no local. No entanto, refere que a indicação deve ser correcta, pois neste ano, entre várias sementes exóticas, foram para a Mata do Gerês 49 kg de semente de Pinus Strobus a que não se indica outro destino.

As plantações realizadas foram as seguintes:

Encosta da Pereira

- Acácia dealbata...................145

- Acácia melanoxilon............590

- Cupressus glauca................670

- Cupressus macrocarpa........100

- Eucalyptus obliqua.............60

- Acer pseudo-platanus.........843

- Sequoia gigantea................50

- Pinus ponderosa.................565

- Pinus Sylvestris..................511

- Morus trentin......................259 (Total, 3793)

Vidoeiro

- Betula alba...........................40

- Acer pseudo-platanus..........1170

- Robinia pseudo-acacia........48

- Morus trentin......................12

- Ailantus glandulosa.............9

- Castanea vulgaria................2

- Sorbus aucuparia.................4

- Populos alba........................15

- Melia azedarach..................5

- Platanus...............................2

- Fraxinus nigra.....................2

- Eucalyptus colossea............13

- Eucalyptus obliqua..............10 (Total, 1332)

Forno Novo

- Fagus..................................200

Capitão-Mor

- Morus trentin......................12

Palas

- Fraxinus nigra.....................800

Escuredo

- Morus trentin......................170

Assureira

- Morus trentin......................104

Caminho do Observatório

- Ailantus glandulosa..............15

- Acer pseudo-platanus...........11

- Sobus aucuparia...................10 (Total, 36)

Albergaria

- Castanea vulgaris.................180

- Quercus rubra.......................900

- Pinus Sylvestris....................15660

- Acer psudo-platanus.............200

- Quercus pedunculata............40 (Total, 16980)

Gramelas

- Pinus Sylvestris....................33650 (TOTAL, 57074)

Texto adaptado de "Mata do Gerês - Subsídios para uma Monografia Florestal" (Tude Martins de Sousa, 1926)

Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

3ª Caminhada "Descubra Melgaço a Palmilhar" - PR 2 MLG “Trilho Castro Laboreiro-Lamas de Mouro”

 


No dia 20 de Julho o Município de Melgaço, no âmbito da celebração dos 20 anos da Porta do PNPG de Lamas de Mouro, apresenta mais uma caminhada do programa municipal de caminhadas 2024 sob o lema “Descubra Melgaço a Palmilhar”.

Melgaço tem todas as condições para atividades de Turismo de Natureza, não fosse este concelho estar situado na Área Protegida mais importante de Portugal, o Parque Nacional da Peneda – Gerês. É uma região verdejante, tipicamente Minhota, de forte e fértil vegetação. Os recursos naturais de Melgaço, como o Rio Minho, o Rio Laboreiro e a natureza envolvente, convidam à realização de atividades desportivas espalhadas por vários locais de rara beleza. Respeitar e promover o conhecimento dos valores naturais presentes, tanto de fauna como da flora, assim como respeitar e conhecer os vestígios históricos presentes ao longo dos percursos (pontes, calçadas romanas e medievais, muros antigos, levadas, etc.), assim como as atividades das populações residentes, com especial destaque para a agricultura, pastorícia, apicultura e atividades relacionadas, é o suporte conceptual da rede municipal de percursos pedestres e cicláveis que se pretende promover mensalmente através da realização de 7 percursos pedestres, entre os meses de Maio e Outubro de 2024.

É com enorme prazer que se convida a participar nesta iniciativa, percorrendo o PR 2 MLG “Trilho Castro Laboreiro-Lamas de Mouro”. Esta ação é gratuita, mas de inscrição obrigatória, até 17 de Julho, através do formulário: https://forms.office.com/e/nqJWEc8FQQ (inscrições limitadas a 30 participantes).