segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Paisagens da Peneda-Gerês (XLV) - Minas dos Carris (paisagem invernal)


A noite anterior tinha sido de terrível tempestade com muita neve e vento. Neste dia, o céu surgiu azul e o Sol ganhou o lugar de imperador por largas horas. No Inverno cada paisagem é única, e única a cada momento.

Foi durante o primeiro semestre de 1941 que a zona que mais tarde seria ocupada pelo complexo mineiro dos Carris, começou a ser inspeccionada de forma simples por muito que andavam na demanda do volfrâmio pelas serranias Geresianas. Se tivermos de estabelecer uma data para o início das Minas dos Carris, esta será 24 de Junho de 1941, dia em que Domingos da Silva regista na Câmara Municipal de Montalegre o seu manifesto mineiro. Semanas depois, um outro registo mineiro semelhante irá colocar a zona em pé de guerra até 1943. Dois grupos concorriam pelo filão principal e surgiam inúmeros registos mineiros com a única finalidade de impedir o acesso dos concorrentes ao filão principal.

A disputa só seria sanada em 1943 com a entrada da Sociedade Mineira dos Castelos que compraria todos os registos e concessões mineiras e criaria um moderado couto mineiro na Serra do Gerês. Tendo como concessão principal a Mina do Salto do Lobo, as Minas dos Carris englobam ainda a Mina da Garganta das Negras n.º 1 e a Mina de Lamalonga n.º 1, além de outras concessões mais pequenas. Esta sociedade permaneceria por aquelas paragens até 1944/1945. A mina encerraria para voltar a abrir entre 1951 e 1957 pelas mãos da Sociedade das Minas do Gerês. Após um novo período de encerramento, o complexo voltaria a estar activo entre 1971 e 1974/1975.

Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

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