terça-feira, 13 de junho de 2023

345... Minas dos Carris pelo Salto do Lobo e Negras

 


Visita às Minas dos Carris através do Vale do Homem, mas fazendo uma variação que me ofereceu outra perspectiva do acesso ao complexo mineiro.

Após percorrer a antiga estrada mineira ao longo do Vale do Alto Homem, fiz um desvio nas Lamas da Carvoeirinha que me levou a descer ao lado do Salto do Lobo. Esta descida vai-nos colocar na Corga de Lamalonga, sendo uma boa opção para quem desejar fazer a passagem na direcção de Pitões das Júnias, evitando assim a descida pela parte superior da Corga de Lamalonga junto da Lavaria Nova (onde a ruína das escadas torna a descida mais perigosa) e evitando a descida para os Currais das Negras que se inicia junto do velho paiol (descida aconselhada pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas para a travessia para Pitões das Júnias, mas que desconhece por completo o seu estado).


Assim, descendo ao lado do Salto do Lobo vamos ter uma perspectiva distinta daquela zona encimada na corga pela ruína da Lavaria Nova. Esta, foi construído nos anos 50 para substituir a Lavaria Velha utilizada na primeira fase de prospecção mineira. A necessidade de se aumentar a produção do complexo mineiro, levou a que a Sociedade das Minas dos Gerês, Lda., viesse a criar este novo edifício que operou até aos anos 70, altura do encerramento da mina.

Passando a parte inferior da Corga da Lamalonga quando esta se abre para a Lamalonga, encontramos os velhos carreiros de montanha que nos vão ajudar a passar pelo Curral de Lamalonga (Curral do Teixeira) e seguir em direcção aos Currais das Negras, passando perto dos Currais de Matança e ladeando o enigmático Marco G.


Passando os Currais das Negras`ao longo da margem direita da Ribeira das Negras, vamos chegar à escombreira da Mina da Garganta das Negras I, uma das concessões que faziam parte das Minas dos Carris. Um pouco acima desta escombreira, junto à qual ainda se encontram restos das vagonetes de transporte de minério, temos de procurar pelas mariolas que nos vão assinalar a subida para o edifício que em tempos serviu de paiol. A subida faz-se devagar e procurando as mariolas que se vão dissimulando por entre o granito. Aproveita-se para apreciar a paisagem que se afunda aos nossos pés e maravilhámo-nos com a Nevosa que ganha lugar de destaque na paisagem.

Depois das tradicionais passagens pelos diferentes pontos do complexo mineiro, iniciei a descida passando por restos de mineração a céu aberto que de forma geral passam despercebidos aos visitantes. O regresso foi feito descendo o Vale do Alto Homem, sendo mais uma vez brindado com a presença das cabras-montesas por entre a paisagem.





















































Fotografias © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

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