A Sociedade das Minas do Gerez, Lda. foi a terceira empresa a laborar nas Minas dos Carris depois da Domingos da Silva, Lda. e da Sociedade Mineira dos Castelos, Lda. A Sociedade, constituída a 8 de Julho de 1950, é inicialmente constituída por capitais totalmente portugueses tendo quatro sócios iniciais, José Antunes Inácio (de Lisboa), José Rodrigues de Sousa (de Lisboa), José Pinto Carvalheira (Ourondo, Covilhã) e Francisco Delgado França, também conhecido por ‘Chico França’.
A partir de 1 de Março de 1953, a empresa mineira britânica Mason & Barry passa a fazer parte da Sociedade através de uma sessão de quotas e comparticipando com uma quota de 408.000$00. O capital social da Sociedade das Minas do Gerês, Lda. continuava a ser na altura de 800.000$00, ficando assim a Mason & Barry com uma quota maioritária, pois o capital social não foi alterado com a sua entrada. A empresa inglesa entra na Sociedade das Minas do Gerez através de José Rodrigues de Sousa que tem contactos com esta nas Minas de Trancoso.
Iniciando a sua actividade a 1 de Julho de 1950, esta sociedade é criada com o objectivo de levar a cabo e desenvolver a exploração mineira nas concessões já existentes na Serra do Gerês e que se encontravam de facto abandonadas desde o final da Segunda Guerra Mundial. O seu capital social era de 800.000$00 repartido por quatro quotas iguais no valor de 200.000$00 cada. Em constituição, a gestão da sociedade foi atribuída aos quatro sócios, mas nas relações com o Estado a sociedade era representada por José Inácio. A escritura da constituição da sociedade é apresentada a 23 de Setembro e a sua constituição é publicada no Diário do Governo de 15 de Julho de 1950.
Mais tarde a sociedade teria a participação da empresa inglesa ‘Mason And Barry, Ltd.‘ com a qual José Rodrigues de Sousa trabalhara nas Minas de Trancoso . José Rodrigues de Sousa já tinha trabalhado na Sociedade Mineira dos Castelos, Lda. através da Empresa Mineira Lisbonense, durante os anos 40.
Texto adaptado de "Minas dos Carris - Histórias Mineiras na Serra do Gerês", de Rui C. Barbosa - Dezembro de 2013.
O complexo mineiro dos Carris em Agosto de 1951: na parte inferior esquerda é visível a Lavaria Velha / Flutuação e ao centro esquerda o Poço n.º 2. Na parte inferior direita são visíveis o edifício da Serralharia e Forja (telhado branco) e o Poço n.º 1 (em primeiro plano). Nesta altura ainda não haviam sido construídos os edifícios separadora e cofre dos concentrados finais que hoje marcam a paisagem desde esta perspectiva. De notar também a ausência do abatimento no centro esquerda da imagem.
O complexo mineiro dos Carris em Agosto de 1951: no centro esquerda é visível a Lavaria Velha / Flutuação e ao centro o Poço n.º 2. Ao centro são visíveis o edifício da Serralharia e Forja (telhado branco) e o Poço n.º 1. Nesta altura ainda não haviam sido construídos os edifícios separadora e cofre dos concentrados finais que hoje marcam a paisagem desde esta perspectiva. De notar também em último plano a casa do guincho antigo e antigo poço de extracção.
Fotografias © Paulo Gaspar / Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)
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