Localizado no alto dos seus 1.314 metros de altitude, o Outeiro Alvo é um dos pontos mais elevados da Serra da Peneda.
Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)
Localizado no alto dos seus 1.314 metros de altitude, o Outeiro Alvo é um dos pontos mais elevados da Serra da Peneda.
Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)
Na última caminhada de 2022 percorri a paisagem despida da Mata de Albergaria em mais uma caminhada organizada por Rui Barbosa - Hiking & Trekking que fez parte do Programa Anual de Caminhadas da Associação Gerês - Viver Turismo.
A caminhada levou-nos através da Geira Romana até ao Curral de S. Miguel e daqui à Ponte de S. Miguel, seguindo para a Milha XXXIII e para a Ponte Feia, passando pelo Rio do Forno e Ribeiro de Monção.
Este foi um percurso com uma distância de 7,0 km e com um D+ de 103 metros, totalizando 3.008,2 km percorridos em 2022 com um total de D+ 130.143 metros.
Fotografias © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)
Quando 2021 terminou, estabeleci como meta pessoal caminhar uma distância superior à que havia conseguido nesse ano. O valor foi de 2.627,5 km, sendo atingido em meados de Novembro. A partir daqui lancei-me noutro desafio: tentar atingir os 3.000 km em 2022.
O valor foi atingido a 30 de Dezembro num ano com seis dias de paragem devido ao isolamento pela Covid-19 e vários dias de paragem devido às temperaturas muito altas no Verão, caso contrário talvez o valor fosse maior. De referir também o desnível positivo alcançado num total de 130.040 metros.
Ora, esta caminhada foi realizada num dos dias de maior precipitação na Serra do Gerês. Saindo do Campo do Gerês, segui pela Estrada da Geira passando a Mata da Albergaria em direcção à Portela de Leonte. Depois, descida para Pedrogo (para um curto descanso) e continuação da caminhada pelo Zanganho, Pereira e Curvas de S. Bento, seguindo para o Escuredo, Lameirão e Penedo das Quatro Esquinas.
Em todo o percurso as paisagens invernais com torrentes de água a descer as encostas. Os rios estão engrossados por tapetes brancos de água que se espuma por entre a penedia, e o Rio Homem criava um rugido imensamente medonho no seu encontro com o Maceira na Mata de Albergaria. Todos os cursos de água são a definição da serra selvagem, incontrolável e imensa!
A Cascata de Leonte fazia-se ver por entre a bruma e o Ribeiro de Mourô saltava de baixo das rochas que o escondem nos outros dias. A Fecha da Figueira e a Cascata do Torgo espumavam-se montanha abaixo!
Nos espaços mais abertos o movimento das nuvens a lamber as encostas definia a nossa escala e a aproximação dos bancos de nevoeiro definia os limites até onde o nosso olhar conseguia atingir: ora as grandes distâncias sobre o Vale do Rio Gerês a caminho da Caniçada, ora os pequenos espaços por entre os arvoredos açoitados pelo vento que por vezes soprava bem forte.
Este foi um percurso com uma distância de 29,6 km e com um D+ de 778 metros, totalizando 3.001,2 km percorridos em 2022 com um total de D+ 130.040 metros.
Fica por aqui?...
Fotografias © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)
Os bosques que moldam a paisagem da Serra de Soajo são refúgio da vida selvagem num mosaico com o ambiente agrícola das suas aldeias.
Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)
Os terrenos onde agora está instalado o Parque da Assureira, foram em tempos pertença de Vicente Paulino da Silveira, residente nas Caldas do Gerês, que a 30 de Outubro de 1907 fez um acordo de permuta destes terrenos que confinavam com outros já pertencentes aos Serviços Florestais.
Assim, Vicente Silveira tomou posse de uma superfície de igual área existente em Pentelhas, junto de terrenos dos quais já era proprietário.
Nestes terrenos, os Serviços Florestais construiriam uma pequena Casa de Guarda e em 1909 criava-se um pequeno parque florestal.
Fotografias © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)
O Pé de Medela e Carris de Maceira são duas elevações inconfundíveis na paisagem da Serra do Gerês.
Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)
Os últimos dias do ano serão de chuva nas Minas dos Carris, com uma temperatura máxima de 7.ºC e a mínima entre os 3.ºC e os 5.ºC.
Extenso percurso que me levou da Portela d'Home até ao Vale do Rio Vilaméa, perto da Mina das Sombras.
Era ainda madrugada e a chuva caía na Portela d'Home por entre os sons da Natureza e do vento que fazia balancear o arvoredo. Mochila pronta e devidamente agasalhado para o frio que se fazia sentir, segui na direcção da Corga Fea, Serra do Xurés, passando a Ponte da Ceganeira perto do Outeiro de Margómez. O caminho atravessa mais adiante o Barraqueiro do Crasto e segue para a Corga da Revolta volteando o Outeiro do Porco.
Após passar a Ponte de Madeira segue-se em direcção à Corga da Candela onde os contornos da montanha se iam tornando visíveis. Passando A Candela, prossegue-se para a Corga do Medeiro e chegamos às ruínas da Casa da Malleta na Corga do Curro, iniciando então a subida gradual da encosta d'O Fitoiro, com o caminho a seguir abaixo d'A Chan da Vella até chegar ao Curral do Mouro. A paisagem aqui já era perfeitamente visível e mostrava as marcas desoladoras do último incêndio que lavrou por aquelas encostas.
Entra-se então no Vale do Rio de Vilameá numa zona onde o rio ainda se designa por 'Rio da Amoreira' e inicia-se a lenta descida até à Ponte do Pión de Paredes, tomando mais adiante o traçado da Ruta das Sombras que nos ajuda a descer o vale passando na Encosta da Escada de Paredes, seguindo pela Carballosa e abaixo d'A Xesta, à vista do alto de Baltar. Atravessando o rio, inicia a subida para a Ermida de Nossa Señora do Xurés, local de descanso ao fim de cerca de 20 km de caminhada.
Por esta altura, a chuva, que se ia fazendo notar, começa a cair com intensidade. Após uns minutos de descanso para um chá quente, retomo a jornada e sigo pelo caminho dos peregrinos, descendo a encosta para passar nas imediações de Vilameá e sigo na direcção da Portela d'Home tomando o Camiño Natural Vía Nova intercalado com partes da Geira Romana que me levaria ao ponto de partida passando pela mansio Aquis Originis.
Este foi um percurso com uma distância de 33,3 km e com um D+ de 833 metros, totalizando 2.971,6 km percorridos em 2022 com um total de D+ 129.403 metros.
Fotografias © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)
Antes da chegada do novo ano, apresento hoje o novo cabeçalho do blogue para 2023.
A nova imagem que irá acompanhar as actividades deste blogue no próximo ano é mais uma vez um fantástico trabalho gráfico de Alexandre Matos baseado em duas fotografias de Susana Santos e de Rui Barbosa.
Fica aqui o meu profundo agradecimento ao Alexandre Matos por este magnífico trabalho.
Fotografia © Susana Santos/Rui Barbosa/Alexandre Matos (Todos os direitos reservados)
A Geira é uma marca de Terras de Bouro e induvitavelmente da Serra do Gerês, recebendo agora uma nova sinalética.
Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)
Um verdadeiro dilúvio é esperado no dia 29 de Dezembro nas Minas dos Carris e no resto do Parque Nacional da Peneda-Gerês. Muita atenção nas actividades de montanha, principalmente no heroico atravessamento de rios...
Teremos neve nas Minas dos Carris a 1 de Janeiro? Não creio, pois o ponto de congelamento encontra-se demasiado elevado, o que fará que a neve liquidifique antes de chegar ao chão. No entanto, os dias seguintes podem ser promissores se se mantiver a previsão.
Caminhada de final de tarde entre as Caldas do Gerês e o Campo do Gerês seguindo pelo traçado da Grande Rota da Peneda-Gerês.
Deixando a vila termal, o percurso leva-nos através do casario até ao Penedo da Freira na zona do Zanganho, seguindo depois um pouco pela variante das Caldas até passar na Cascata das Caldas (ou Cascata do Zanganho) e enveredar pelo bosque, chegando ao Campo da Pereira onde se situava o velho viveiro dos Serviços Florestais e a antiga Casa Florestal da Pereira.
A GR50 segue então para a Fraga Negra, mas antes de chegar a esta, faz um desvio devido à queda de uma rocha que inutilizou a passagem para o Miradouro da Fraga Negra. O desvio leva-nos ligeiramente mais acima e segue normalmente até ao Ribeiro das Salas, seguindo depois para a Chã de Lamas. Aqui, abandonei o traçado da Grande Rota da Peneda-Gerês devido ao facto de, entretanto, ter escurecido e segui para o Lameirão, rumando depois ao Campo do Gerês.
Este foi um percurso com uma distância de 9,7 km e com um D+ de 557 metros, totalizando 2.938,3 km percorridos em 2022 com um total de D+ 128.570 metros.
Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)
O Ribeiro da Água da Adega, Serra do Gerês, corre pelas encostas de Leonte, antes de desaguar no Rio Maceira.
Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)
As recentes limpezas que têm sido efectuadas nas encostas próximas de Leonte, nomeadamente na Encosta de Bemposta ou nas encostas da Água da Adega, trazem à luz do dia as memórias dos séculos passados na Serra do Gerês.
Tenhamos em conta que os locais onde hoje facilmente e rapidamente chegamos de carro, eram zonas ermas não há mais de um século. Porém, já com o abandono de muitos currais devido às vagas de emigração, alguns espaços voltaram a ser tomados pela vegetação e os vestígios dos abrigos pastoris foram desaparecendo da paisagem e da memória.
Neste dia, e sabendo então destas limpezas efectuadas recentemente, tinha como objectivo tentar encontrar o que penso ser o velho abrigo pastoril do Curral de Bemposta, situado na Encosta de Bemposta na vertente Poente do vale entre a Portela de Leonte e a zona do Colado Seco.
Saindo da Guarda (Campo do Gerês) fui percorrendo a Estrada da Geira e tomando nota dos apontamentos fotográficos dos primeiros dias de Inverno. A paisagem é toda ela dominada pelo elemento água, com inúmeros pequenos regatos que se despenham pelas encostas cobertas de escuros tons de um Outono já desaparecido. Por outro lado, os «grandes» rios acrescentam a banda sonora à medida que se caminha pela Mata de Albergaria.
Chegando à zona dos Viveiros de Albergaria, e passando a ponte sobre o Rio Maceira, segui em direcção à Ponte Feia sobre a qual o Rio Homem corria raivoso, seguindo depois para as ruínas da Casamata da Albergaria (a velha cavalariça) passando pelos restos do velho forno pastoril da Ponte Feia.
Entrando na estrada asfaltada, rumei então para a Portela de Leonte passando o Peito de Albergaria, a Chã de Cagademos e a Encosta de Corneda, chegando ao Rio Maceira e Água da Adega. Após uma curta paragem junto da Casa Florestal de Leonte, segui pelo caminho florestal para a Encosta de Bemposta e encetei a busca dos restos do forno pastoril, mas sem sucesso, descendo novamente para a estrada de asfalto e seguindo para o Curral de Albergaria para uma curta paragem para um retemperador café. A parte final do percurso de volta à Guarda foi feita pela Estrada da Geira.
Este foi um percurso com uma distância de 22,6 km e com um D+ de 565 metros, totalizando 2.928,6 km percorridos em 2022 com um total de D+ 128.013 metros.
Fotografias © Rui Barbosa (Todos os direitos reservados)