Os dias de chuva que marcam o mês de Dezembro de 2022 não são muito propícios para grandes caminhadas em montanha. No entanto, por entre os pingos da chuva e nas breves tréguas que a meteorologia proporciona, apreciam-se as paisagens que se transmutam de minuto a minuto, enquanto os jogos de luz se vão alterando e os caudais dos rios se engrandecem.
As pequenas passeatas à volta do Campo do Gerês ajudam a relembrar às pernas e ao resto do corpo que os dias não serão sempre assim e que mais cedo ou mais tarde, as grandes jornadas pela montanha vão chegar... mesmo antes da primavera.
(Este foi um percurso com uma distância de 3,0 km e com um D+ de 23 metros, totalizando 2.890,9 km percorridos em 2022 com um total de D+ 127.070 metros).
Nas tréguas da chuva, ou quando sabemos que os céus se acalmam por mais tempo, lá nos atrevemos a sair para mais longe e relembrar o rugido dos selvagens rios de montanha. As caminhadas entre Milhas pela Geira dão-nos a oportunidade de conversar com nós próprios por entre a dança do vento e os saltos das pequenas quedas de água nos ribeiros. Procuramos os pormenores únicos do final do Outono já às portas do Inverno, onde as folhas ainda resistem e os fungos insistem em não partir.
Os rios da Albergaria (Maceira, Forno, Monção e Homem) correm alucinados por entre a penedia, derramando-se em torrentes brancas nas zonas mais agrestes.
No entanto, e por muito que queiramos um pouco de sossego da chuva, inevitavelmente ela regressa e é aqui que é altura de voltar.
(Este foi um percurso com uma distância de 8,4 km e com um D+ de 154 metros, totalizando 2.899,3 km percorridos em 2022 com um total de D+ 127.224 metros).
Fotografias © Rui Barbosa (Todos os direitos reservados)
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