Em mais uma tentativa de compreender o passado recente da Serra do Gerês e da História do Volfrâmio no noroeste de Portugal, irá decorrer entre os dias 30 de Abril e 2 de Maio a IIª Arqueoexpedição às Minas dos Carris que deverá continuar os trabalhos que já foram anteriormente iniciados no que diz respeito à catalogação e georreferenciação definitiva dos edifícios do complexo mineiro existentes na concessão do Salto do Lobo.
sexta-feira, 30 de abril de 2010
quinta-feira, 29 de abril de 2010
Abrótegas, 1908
Abrótegas, 17 de Setembro de 1908
Um aspecto da manhã do dia 17 de Setembro de 1908 nas Abrótegas, Serra do Gerês.
Fotografia: © Rui C. Barbosa
Um aspecto da manhã do dia 17 de Setembro de 1908 nas Abrótegas, Serra do Gerês.
Fotografia: © Rui C. Barbosa
quarta-feira, 28 de abril de 2010
O património perdido da Peneda-Gerês (XXX)
O que por muitos é considerado o primeiro abrigo de montanha em Portugal, a Casa do Clube Académico do Porto situada na Mata de Albergaria, está completamente ao abandono e os anos de desleixo já lhe deixaram marcas permanentes.
Recupero aqui um comentário a uma entrada neste blogue por parte do Carlos Moreira em relação a esta casa: "O Academico F Clube tinha uma secção de montanha na qual faziam parte montanheiros pioneiros em Portugal como o Caldeira, Monteiro, etc. e foram estes montanheiros que construiram com as suas proprias mãos o primeiro refugio de montanha em Portugal, estou a falar da casa da mata da Albergaria que foi destruida pelos meios naturais e de momento esta quase no chão. Como esta casa estava na zona de protecção total, foi fechada e em acordo o PNPG atribuiu a casa da Junceda ao AFC. O protocolo foi efectuado e funcionou durante 4 anos, na qual eu geria a mesma pois era na altura responsavel pela secção de montanha do AFC. Entretanto o presidente do AFC (de momento já não lá mora) meteu o PNPG em tribunal pois dizia o ex-presidente que o AFC ficou lesado com a perda da casa da Albergaria e exigiu ao PNPG uma indeminização. Na altura a casa da Albergaria foi levantada em terreno não registado e o parque na acção de tribunal ganhou o caso e o AFC perdeu a casa que de momento esta a degradar-se como as fotos apresentam. Bom é uma pena mas espero um dia poder ver essa casa no activo e a servir de abrigo aos montanheiros."
Além de ser um imóvel com uma arquitectura interessante, é também um marco histórico nos «desportos» de montanha em Portugal o que por si só merecia uma outra consideração por parte das autoridades em geral e do Parque Nacional da Peneda-Gerês. Infelizmente, o facto de se encontrar muito longe dos locais de decisão deste país e escondida por entre os arvoredos da Albergaria, esta casa acabará certamenmte os seus dias numa triste ruína.
A Casa do Clube Académico do Porto está localizada a 41º 47'46 N - 8º 08'08 O e a uma altitude de 654 metros (GPS).
Fotografias: © Rui C. Barbosa
Recupero aqui um comentário a uma entrada neste blogue por parte do Carlos Moreira em relação a esta casa: "O Academico F Clube tinha uma secção de montanha na qual faziam parte montanheiros pioneiros em Portugal como o Caldeira, Monteiro, etc. e foram estes montanheiros que construiram com as suas proprias mãos o primeiro refugio de montanha em Portugal, estou a falar da casa da mata da Albergaria que foi destruida pelos meios naturais e de momento esta quase no chão. Como esta casa estava na zona de protecção total, foi fechada e em acordo o PNPG atribuiu a casa da Junceda ao AFC. O protocolo foi efectuado e funcionou durante 4 anos, na qual eu geria a mesma pois era na altura responsavel pela secção de montanha do AFC. Entretanto o presidente do AFC (de momento já não lá mora) meteu o PNPG em tribunal pois dizia o ex-presidente que o AFC ficou lesado com a perda da casa da Albergaria e exigiu ao PNPG uma indeminização. Na altura a casa da Albergaria foi levantada em terreno não registado e o parque na acção de tribunal ganhou o caso e o AFC perdeu a casa que de momento esta a degradar-se como as fotos apresentam. Bom é uma pena mas espero um dia poder ver essa casa no activo e a servir de abrigo aos montanheiros."
Além de ser um imóvel com uma arquitectura interessante, é também um marco histórico nos «desportos» de montanha em Portugal o que por si só merecia uma outra consideração por parte das autoridades em geral e do Parque Nacional da Peneda-Gerês. Infelizmente, o facto de se encontrar muito longe dos locais de decisão deste país e escondida por entre os arvoredos da Albergaria, esta casa acabará certamenmte os seus dias numa triste ruína.
A Casa do Clube Académico do Porto está localizada a 41º 47'46 N - 8º 08'08 O e a uma altitude de 654 metros (GPS).
terça-feira, 27 de abril de 2010
Postais do Gerês (XLVI) - Gerez - Avenida principal tomada do Norte
Um novo postal de uma série publicada pela Foto Gonzalez - Gerez e impressos na Alemanha, com uma edição da Loja Espanhola - Braga.
As Caldas do Gerês são fotografadas em meados do Século a partir da parte Norte da vila. Alguns edifícios são facilmente reconhecidos ainda na actualidade e o arranjo urbanistico da zona da Colunata é muito semelhante ao actual.
Fotografia: © Rui C. Barbosa
As Caldas do Gerês são fotografadas em meados do Século a partir da parte Norte da vila. Alguns edifícios são facilmente reconhecidos ainda na actualidade e o arranjo urbanistico da zona da Colunata é muito semelhante ao actual.
Fotografia: © Rui C. Barbosa
segunda-feira, 26 de abril de 2010
Descrição da visita à Mina de Borrageiros a 14 de Maio de 1941
Esta é a transcrição integral do auto de visita à Mina de Borrageiros levada a cabo a 14 de maio de 1941 pelo Agente Técnico de Eng. de Minas da Circunscrição Mineira do Norte, Manuel Ribeiro Silva. As características do texto não foram alteradas.
"Exm.º Senhor Eng. Chefe da Circunscrição Mineira do Norte,
Tendo a firma Azeredo & Osório, concessionaria da mina de volfrâmio denominada "Borrageiros", sita da freguesia de Cabril, concelho de Montalegre, distrito de Vila Real, requerido para que a mesma mina fôsse também considerada de cassiterite, fui por V. Exª encarregado de proceder à verificação da existência dessa substancia mineral, para o que visitei a mina no dia 14 do corrente cumprindo-me informar o seguinte:
O jazigo que constitui esta mina, é formado por duas séries de filões que se cruzam sob um angulo de aproximadamente 35º. Cada série é constituida por 3 a 4 filões, sensivelmente paralelos e cuja pussança varia entre 2 a 7 centimetros. A direcção dos filõesduma das séries é N-S e a sua inclinação é sensivelmente vertical.
É sobre esta série de filões que existem alguns trabalhos de simples pesquisa, e onde eu procurei encontrar cassiterite.
Havendo feito ensaios em vários pontos ao longo dos trabalhos existentes, encontrei de facto vestigios de cassiterite, nomeadamente no ponto indicado pela seta na foto 1, donde extraí a amostra que junto.
Esta cassiterite, que se apresenta em pequenos cristais negros, encontra-se dessiminada no filão, concentrando-se nas salbandas do mêsmo.
Sou pois de opinião que a mina pode ser também considerada de cassiterite.
Pelo que diz respeito aos trabalhos existentes nesta mina, tenho a informar V. Exª do seguinte:
Esta mina que se encontrava abandonada desde 3/2/932, foi adjudicada pelo actual concessionário em 11/7/940.
Alem de uma pequena galeria travessa de 50 metros que se encontra inundada e que foi executada pelos primitivos concessionários, os trabalhos constam apenas de pesquisas, executadas ao longo dos filões.
Estas pequisas como se pode ver nas fotografias Nºs 2, 3 e mais propriamente na foto nº4, constam apenas de puro e simples descabeçamento da série de filões que afloram a meia encosta.
O terreno foi cortado segundo o plano dos filões, isto é normalmente à sua linha de maior declive, os entulhos foram lançados para baixo, formando uma espécie de plataforma, e os filões numa altura de um a dois metros, foram desmontados.
Alem deste corte, existe ainda um pequeno buraco, com profundidade inferior a 2 metros, e que se vê na foto Nº5.
Pelas fotos juntas se vê que os trabalhos mais se parecem os de exploração duma pedreira, que da exploração duma mina.
Emm todos estes trabalhos, supondo mesmo que os filões se apresentaram bastante mineralizados, o que duvido, dado aquilo que vi, não se deviam ter extraído mais que meia duzia de toneladasde volframite. Como a tonelagem das guiasem poder desta Circunscrição é igual a 56,048 t, ha uma diferença de 50 t que devem ter sido compradas e indevidamente circularam com guias de Borrageiros.
Informou-me o capataz que junto da piramide geodésica "Cidadelhe" existe um filão mineralizado pela volframite, muito bom, seguundo êle, e onde vários "pilhas" trabalham vendendo-lhe depois o minério.
Justificou essa compra com o pretexto de que esse filão está ainda dentro da concessão, o que é inexacto, pois da concessão Borrageiros até à piramide "Cidadelhe" mediram alguns quilómetros.
Como é do conhecimento de V. Exª, êste concessionário, de quando em vez, participa a este Serviço que lhe desapareceram as guias nºs tal e tal, pedindo a sua apreensão caso elas aqui sejam apresentadas, o que eu reputo menos verdadeiro, supondo que tal tem por fim encobrir mais alguma irregularidade praticada.
Em face do que acima fica expôsto, verifica-se que o concessionário está incurso nos números 2º, 3º e 6º do artº 57º do decreto Nº 18.713 do Agôsto de 1930, alem do facto de fazer transitar minérios de proveniencias desconhecidas, com as guias da concessão "Borrageiros".
Junto tenho a honra de incluir o auto de visita á mina, que não exarei no livro competente, por êle se não encontrar na mina, como manda a lei.
Circunscrição Mineira do Norte, em 20 de Maio de 1941."
Fotografias © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)
sábado, 24 de abril de 2010
Outros lugares de Carris (CXV)
Carris, Fevereiro de 1986
Em Fevereiro de 1986 a neve tomava mais uma vez conta das ruínas das Minas dos Carris.
Fotografias: © Miguel Campos Costa
Em Fevereiro de 1986 a neve tomava mais uma vez conta das ruínas das Minas dos Carris.
Fotografias: © Miguel Campos Costa
sexta-feira, 23 de abril de 2010
Postais do Gerês (XLV) - Gerez - Estrada de Leonte (Ao fundo a Curva da Morte)
O primeiro de uma série de postais publicados pela Foto Gonzalez - Gerez e impressos na Alemanha, com uma edição da Loja Espanhola - Braga.
Com menos vegetação, principalmente Mimosas (!), certamente que a paisagem será reconhecida por muitos, mostrando uma parte da estrada para a Portela de Leonte onde é visível a Curva da Morte e o local onde hoje se inicia o Trilho da Preguiça.
Fotografia: © Rui C. Barbosa
Com menos vegetação, principalmente Mimosas (!), certamente que a paisagem será reconhecida por muitos, mostrando uma parte da estrada para a Portela de Leonte onde é visível a Curva da Morte e o local onde hoje se inicia o Trilho da Preguiça.
Fotografia: © Rui C. Barbosa
quinta-feira, 22 de abril de 2010
Momentos da vida nas Minas dos Carris
Imagens de instantâneos da vida nas Minas dos Carris durante os anos 40 e 50 do Século XX. A imagem em cima parece tirada junto da Água da Pala em direcção ao Modorno e mostra um grupo de trabalhadores em direcção ou a regressar das minas. Naqueles dias o trabalho era difícil e a procura de mão de obra para todos os serviços levava homens e mulheres a percorrer grandes distâncias pelas serranias em procura de trabalho.
Estas duas últimas imagens mostram o quotidiano nas Minas dos Carris; a imagem em cima certamente será de um casal que faria parte do pessoal superior da mina. Do edifício em questão, hoje só é possível observar a sua base em alvenaria e a garagem bem como a cozinha sempre confundida com uma pequena capela. De facto, não há registos de existirem edifícios ou estruturas religiosas nas Minas dos Carris.
A segunda imagem mostra um grupo de pessoas junto ao edifício original da Secretaria, Cantina e de Recepção do Minério. Este foi um dos primeiros edifícios a ser construído nas Minas dos Carris e ainda nos dias da Sociedade Mineira dos Castelos, Lda. em plena Segunda Guerra Mundial quando esta sociedade servia de fachada para a exploração do volfrâmio na Serra do Gerês pela Alemanha Nazi.
Fotografias: © José Rodrigues de Sousa / Rui C. Barbosa
A segunda imagem mostra um grupo de pessoas junto ao edifício original da Secretaria, Cantina e de Recepção do Minério. Este foi um dos primeiros edifícios a ser construído nas Minas dos Carris e ainda nos dias da Sociedade Mineira dos Castelos, Lda. em plena Segunda Guerra Mundial quando esta sociedade servia de fachada para a exploração do volfrâmio na Serra do Gerês pela Alemanha Nazi.
Fotografias: © José Rodrigues de Sousa / Rui C. Barbosa
quarta-feira, 21 de abril de 2010
Sempre sob escuta...
Não deixa de ser interessante que quando este blogue toca novamente no tema das taxas, volta a ser visitado pelos bufos e Personagens pidescas...
terça-feira, 20 de abril de 2010
Regresso a Juriz e Rota do Contrabando - Trilho de Tourém
Pitões das Júnias / Tourém, 20 de Abril de 2010
Após o convite para regressar a Juriz a resposta só poderia ser uma e ainda por cima tendo a possibilidade de percorrer depois o PR6 - MTR 'Rota do Contrabando - Trilho de Tourém'. Assim foi e de manhã cedo já rumava calmamente a Pitões das Júnias para ver a Primavera a lentamente tomar conta de Juriz.
Depois de uma curta paragem no Preto, lá iniciamos a também curta caminhada até à aldeia medieval de Juriz, gardiã da Serra do Gerês. Percorrer as ruelas da pequena aldeia abandonada no passado, é sempre um prazer indescritível. Envolto num silêncio quase gótico, ou aqui e ali seguido o compasso do tilintar do gado que pasta não muito longe. Olando as rochas em busca de sinais místicos perdidos no tempo e encobertos pelo musgo das eras, percorre-se Juriz como uma visita e um desejo de de repente encontrarmos uma fenda temporal que nos transporte instantâneamente para uma nacionalidade não envergonhada pela governação do presente... longe da merda das taxas que nos querem mais uma vez tentar impingir!
Após a visita ao castelo que nos permite um largo horizonte só limitado pelas serranias que cortam os céus pontilhados de nuvens em tons de cinza, inicia-se o regresso a Pitões das Júnias pois o tempo urge. Uma curta viagem até à raia de Tourém e estamos nós já a percorrer o alongado Trilho de Tourém agora inserido na Rota do Contrabando.
Localizado entre Portugal e Espanha, o PR 6 MTR é um trilho circular com uma distância de cerca de 11 km atingindo uma altitude máxima de 917 metros e uma altitude mínima de 835 metros. Este é um trilho muito fácil que demora cerca de 3h 30 m a ser percorrido. De forma geral encontra-se bem sinalizado exceptuando a chegada à aldeia galega de Randin.
As aldeias de Tourém e Randin desde sempre tiveram vivências em comum e o contrabando é algo de viverá sempre na memória des gentes. Este percurso recupera assim uma das antigas rotas do contrabando e permite atravessar caminhos murados, campos de cultivo e carvalhais centenários.
A informação acerca do PR 6 MTR Rota do Contrabando - Trilho de Tourém está disponível aqui (Trilho de Tourém) e aqui (Rota do Contrabando - Trilho de Tourém).
Iniciando o trilho no Largo do Outeiro, Tourém, este começa por se dirigir ao núcleo do Ecomuseu de Barroso - Pólo de Tourém. Infelizmente estava encerrado. Percorrendo algumas ruas de Tourém e depois de passar pelo Forno Comunitário, o trilho seguem entre os caminhos de acesso a campos de cultivo até passar a Ribeira da Ponte Pequena. Ladeando o alto de Crestelo e depois de passar a estrada, o caminho prossegue em direcção ao marco de fronteira n.º 103 e passa junto do Marco do Castelo já em Espanha. Seguimos em direcção ao Marco dos Pesos. Antes de entrar em Randin, decidimos caminhar em direcção á albufeira de Salas e seguir a sua margem até A Campa, passando por A Cambeira.
Após uma paragem em A Campa, de facto junto do cemitério de Randin, prosseguimos o trilho e passamos a Ponte de Paradelas. Nesta parte o PR 6 MTR segue a estrada nacional mas depois vira à esquerda passando pelo Toxal de Outeiro Maior. É aqui que voltamos a terras lusas e seguimos em direcção á Capela de S. Lourenço, mesmo no limite da nacionalidade. A capela é uma construção do Século XVI edificada mesmo no limite de fronteira, sendo quase o último ponte de interesse do PR 6 MTR. A partir daqui o trilho dirige-se de regresso a Tourém.
Algumas imagens do dia...
Fotografias: © Rui C. Barbosa
Após o convite para regressar a Juriz a resposta só poderia ser uma e ainda por cima tendo a possibilidade de percorrer depois o PR6 - MTR 'Rota do Contrabando - Trilho de Tourém'. Assim foi e de manhã cedo já rumava calmamente a Pitões das Júnias para ver a Primavera a lentamente tomar conta de Juriz.
Depois de uma curta paragem no Preto, lá iniciamos a também curta caminhada até à aldeia medieval de Juriz, gardiã da Serra do Gerês. Percorrer as ruelas da pequena aldeia abandonada no passado, é sempre um prazer indescritível. Envolto num silêncio quase gótico, ou aqui e ali seguido o compasso do tilintar do gado que pasta não muito longe. Olando as rochas em busca de sinais místicos perdidos no tempo e encobertos pelo musgo das eras, percorre-se Juriz como uma visita e um desejo de de repente encontrarmos uma fenda temporal que nos transporte instantâneamente para uma nacionalidade não envergonhada pela governação do presente... longe da merda das taxas que nos querem mais uma vez tentar impingir!
Após a visita ao castelo que nos permite um largo horizonte só limitado pelas serranias que cortam os céus pontilhados de nuvens em tons de cinza, inicia-se o regresso a Pitões das Júnias pois o tempo urge. Uma curta viagem até à raia de Tourém e estamos nós já a percorrer o alongado Trilho de Tourém agora inserido na Rota do Contrabando.
Localizado entre Portugal e Espanha, o PR 6 MTR é um trilho circular com uma distância de cerca de 11 km atingindo uma altitude máxima de 917 metros e uma altitude mínima de 835 metros. Este é um trilho muito fácil que demora cerca de 3h 30 m a ser percorrido. De forma geral encontra-se bem sinalizado exceptuando a chegada à aldeia galega de Randin.
As aldeias de Tourém e Randin desde sempre tiveram vivências em comum e o contrabando é algo de viverá sempre na memória des gentes. Este percurso recupera assim uma das antigas rotas do contrabando e permite atravessar caminhos murados, campos de cultivo e carvalhais centenários.
A informação acerca do PR 6 MTR Rota do Contrabando - Trilho de Tourém está disponível aqui (Trilho de Tourém) e aqui (Rota do Contrabando - Trilho de Tourém).
Iniciando o trilho no Largo do Outeiro, Tourém, este começa por se dirigir ao núcleo do Ecomuseu de Barroso - Pólo de Tourém. Infelizmente estava encerrado. Percorrendo algumas ruas de Tourém e depois de passar pelo Forno Comunitário, o trilho seguem entre os caminhos de acesso a campos de cultivo até passar a Ribeira da Ponte Pequena. Ladeando o alto de Crestelo e depois de passar a estrada, o caminho prossegue em direcção ao marco de fronteira n.º 103 e passa junto do Marco do Castelo já em Espanha. Seguimos em direcção ao Marco dos Pesos. Antes de entrar em Randin, decidimos caminhar em direcção á albufeira de Salas e seguir a sua margem até A Campa, passando por A Cambeira.
Após uma paragem em A Campa, de facto junto do cemitério de Randin, prosseguimos o trilho e passamos a Ponte de Paradelas. Nesta parte o PR 6 MTR segue a estrada nacional mas depois vira à esquerda passando pelo Toxal de Outeiro Maior. É aqui que voltamos a terras lusas e seguimos em direcção á Capela de S. Lourenço, mesmo no limite da nacionalidade. A capela é uma construção do Século XVI edificada mesmo no limite de fronteira, sendo quase o último ponte de interesse do PR 6 MTR. A partir daqui o trilho dirige-se de regresso a Tourém.
Algumas imagens do dia...
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