sexta-feira, 31 de maio de 2013

Postais do PNPG (CLXXX) - Gerez, Grande Hotel do Parque - Largo do Paraíso


É-me difícil definir a localização exacta deste lugar, sabendo somente de tratar-se de uma área do Grande Hotel do Parque que era designada como 'Largo do Paraíso'.

O postal em questão data do primeiro quartel do século XX e foi enviado a 21 de Agosto de 1925 a partir das Caldas do Gerês para Leça da Palmeira.

É uma edição do Grande Hotel do Parque, Gerês, tendo por base uma fotografia da Foto Marques, Braga.

Fotografia: © Rui C. Barbosa 

A vergonha do Minho...


A vergonha do Minho volta a maltratar um animal por estes dias...

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Colóquio 'Lobo no Alto Minho'


Irá decorrer no dia 29 de Maio de 2013 no Auditório do Centro Municipal de Informação e Turismo de Arcos de Valdevez, o colóquio 'Lobo no Alto Minho'.

Currais do PNPG (XXVI) - Curral de Soengas

Este curral fica localizado a Norte do Iteiro de Ovos e encontra-se abandonado há já muitos anos. A razão do seu abandono prende-se pela existência não muito longe do Curral de Iteiro de Ovos localizado numa zona mais abrigada.

Pode-se chegar ao Curral de Soengas vindo do Estreito, saindo do Trilho da Vezeira de Fafião e tomando um carreiro sobre o Vale do Rio Laço; vindo da Rocalva através do Trilho da Vezeira de Fafião, mas voltando à direita na descida para Fechinhas; ou vindo de Fechinhas pelo Triho da Vezeira de Fafião e seguindo em frente na viragem à direita para a Rocalva.

O Curral de Soengas está localizado a 41º45'32''N - 8º05'49''O a uma altitude de 1242 metros (dados GPS).
Fotografias: © Rui C. Barbosa

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Novo sistema de vigilância no PNPG


Notícia da Lusa de 21 de Maio de 2013...



"O Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG) estreia a 01 de Junho um sistema de vigilância com sensores ópticos que distinguem fumo orgânico de fogos florestais a 15 quilómetros de distância, num investimento que ronda um milhão de euros.


"Este sistema - de monitorização e apoio à decisão operacional através de espectrometria óptica - entra em funcionamento a 01 de Junho", afirmou hoje fonte oficial da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC), questionada pela Lusa.


A implementação deste sistema, que segundo a Protecção Civil tem a "capacidade única" de reconhecer fumo orgânico através de uma análise química da atmosfera, tinha sido anunciada para o verão de 2012 mas só agora será concretizada."

Nota: o texto foi corrigido para Português...

Fotografia: © Rui C. Barbosa

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Trilhos seculares - À sombra do Iteiro d'Ovos


Quando com os meus 18 ou 19 anos pela primeira vez peguei numa carta militar, por certo a n.º 30, foram várias as coisas que naquela folha me fascinaram. Este fascínio começou logo com as Minas dos Carris e a emoção de descobrir as Minas do Borrageiro por entre tanto desenho. Depois foram os nomes (topónimos, orónimos) com os quais o homem serrano designou muitos dos lugares da Serra do Gerês. Entre muitos, o nome 'Ovos' despertou-me a curiosidade, mas só passados uns valentes anos é que andaria lá por perto.

Mais «recentemente» o nome Iteiro d'Ovos, na sua forma completa, espicaçou-me a curiosidade para tentar saber a origem deste orónimo. Ora, segundo José Cunha-Oliveira na publicação "Outeirinho, Outeiro" no seu blogue "Toponímia galego-portuguesa e brasileira", iteiro é uma variante dialectal de 'outeiro', 'oiteiro' e 'eiteiro'. Por outro lado, o blogue "Beijós XXI (2005-2009)" na sua publicação "Iteiro" refere que "Normalmente um cerro / morro que se destaca como acidente de terreno. Em várias regiões serviam como limites, términos, marcos da confluência de diferentes territórios, em particular nas civilizações pré-romanas. É esse o significado toponímico de Itero em Castela e Leão."

Vejamos uma interpretação para Iteiro d'Ovos. Sem dúvida que se trata de uma elevação característica naquela zona serrana e a sua localização situação nos limites concelhios de Terras de Bouro e de Montalegre. Uma interpretação mais difícil será os 'Ovos'; penso que este nome poderá estar relacionado com a grande quantidade de pedras que compõem aquele morro ou então poderá estar relacionado com um antigo local de nidificação de aves de rapina. Nenhuma destas tentativas para explicar o nome 'Ovos' tem base científica e é apenas minha especulação.

Vamos então à caminhada de hoje... No total foram 18,3 km com um total de ascendentes de mais de 1.300 metros. O objectivo era atingir o Curral de Iteiro d'Ovos. Tendo percorrido o trilho de acesso ao Vidoal no dia 18 de Maio, decidi enveredar pela subida até ao Curral da Raiz. A entrada para este trilho encontra-se a poucos metros da Fonte da Cantina e quando se começa a subir só o pára de fazer no Curral da Raiz. Assim, há que ter atenção aos pulmões e às perninhas! O trilho tem inicialmente por base um antigo caminho florestal agora destruído devido ao desuso e principalmente devido à erosão. Percorre na maior parte da sua extensão uma mata de cedros e pinheiros que no Verão proporcionam um bom abrigo contra o Sol, especialmente durante a tarde.


Já falei aqui no blogue sobre o Curral da Raiz. Aqui teria duas ou três opções para prosseguir a jornada: seguir em direcção ao Vidoal e daqui passar à Preza e depois Chã da Fonte; seguir em direcção ao Curral do Junco, passar à Preza e depois Chã da Fonte; ou seguir ao Curral do Junco, baixar em direcção ao Camalhão mas antes subir a íngreme encosta até à Chã da Fonte. De todas as opções, esta última seria a mais extenuosa, mas tendo em conta que as outras opções me lavavam por caminhos percorridos à pouco dias, decidi optar pela última opção. Tomando então o trilho a Este no Curral da Raiz, este levar-me-ia rapidamente ao Curral do Junco a partir do qual desço em direcção ao Cambalhão. Já há muito tempo que não passava naquele troço de caminho e fez-me lembrar outros tempos em que as tardes eram passadas no sossego de Teixeira com uns valentes mergulhos na sua lagoa.



A subida até à Chã da Fonte foi necessariamente lenta, pois o caminho e principalmente o declive assim o obrigam e quanto mais não seja, não havia pressa para nada. Há medida que se ia subindo, a paisagem composta pelo Pé de Salgueiro e pelo Junco (Laspedo) ia-se afundando com o Pé de Cabril a enquadrar o Curral do Junco já na parte superior do caminho. Superado este obstáculo, paragem para recuperar forças na Chã da Fonte e para abastecer o cantil com a sempre fresca água que todo o ano brota daquela nascente.

Superada esta fase era hora de chegar à Rocalva. Não tinha interesse em subir ao Borrageiro e assim decidi enveredar pelas Lamas do Borrageiro e rodeando o cume, comecei a baixar em direcção ao Curral da Roca Negra. Porém, aqui fiz um desvio desnecessário que me levou a sair do caminho que queria seguir e depois a ter de improvisar uma busca pelo trilho já na descida para a Rocalva que ladeei pelo Norte entrando já no Trilho da Vezeira que fui seguindo até chegar à descida que me poderia levar para Fichinhas. Aqui, virei a Sul e em pouco tempo encontrava-me à vista do Iteiro d'Ovos. Como referi, o objectivo era chegar ao Curral de Iteiro d'Ovos e pensei que havia lá chegado quando encontrei um pequeno forno encostado a uma pequena encosta. De aspecto abandonado, não me fazia recordar uma fotografia do Francisco Ribeiro, mas pensei eu ser devido à perspectiva. Mas não era, pois este é o Curral de Soengas. O caminho levou-me então pela encosta Oeste do Iteiro d'Ovos até chegarmos ao verdadeiro curral que procurava, este sim fazendo lembrar a fotografia.

Após um pequeno descanso (e mais água!) rumei ao Curral de Vidoeirinho e depois ao Curral de Rocalva, com paragem para o almoço.

Findo o repasto, era hora de decidir por onde continuar: ou Curral do Cando ou Lomba de Pau. Decidi prosseguir pela Lomba de Pau dirigindo-me em direcção ao Conho, mas sem passar no curral. Na Lomba de Pau, virei a Norte para Carris de Maceira onde encontraria a vezeira de Rio Caldo, e depois desci para o Curral de Maceira. A chegada à Portela de Leonte seria feita pela estrada nacional.

Algumas imagens do dia...


























































Fotografias: © Rui C. Barbosa