sexta-feira, 26 de março de 2010
Trilhos Seculares - Pé de Cabril pela Junceda (III)
O blogue Carris vai organizar no próximo dia 28 de Março mais uma actividade inserida na série 'Trilhos Seculares' e cujo objectivo é atingir o Pé de Cabril passando pela Junceda. O trajecto a seguir terá início junto da Porta do PNPG de S. João do Campo seguindo em direcção à Junceda e passando depois pela Tojeira e Prados até atingir o Pé de Cabril. O regresso será feito no sentido inverso.
Se as condições o permitirem iremos percorrer a primeira e única via ferrata existente no Parque Nacional da Peneda-Gerês.
A concentração terá lugar pelas 8h30 junto da Porta de S. João do Campo (ATENÇÃO à mudança de hora no dia 28 de Março!!!). Alguma dúvida poderá ser esclarecida deste email.
Tal como acontece com todas as actividades do Blogue Carris, foi solicitada uma autorização ao Parque Nacional da Peneda-Gerês para a realização desta caminhada.
Para Domingo, dia 28 de Março, está previsto céu pouco nublado com uma temperatura máxima de 18 ºC e mínima de 10 ºC. O vento deverá soprar de Sul a 9 km/h com rajadas que podem atingir os 25 km/h. A probabilidade de ocorrência de trovoadas é de 2%. O índice máximo de UV é moderado. Teremos 11,6 horas de luz solar.
Fotografia: © Rui C. Barbosa
quinta-feira, 25 de março de 2010
Admeus e Adpropeixe
É relativamente fácil localizarmos informações gerais sobre Admeus. Este é um lugar de Vilar da Veiga, conselho de Terras de Bouro no distrito de Braga. E até sabemos o Código Postal: 4845-061 Gerês. Assim, e sem o saber, passamos por Admeus sempre que vamos para as Caldas do Gerês quando vimos da direcção da albufeira da Barragem da Caniçada.
Caso mas complicado é Adpropeixe. Uma pesquisa do Google devolve-nos inúmeras ligações para uma peculiar casa que pelos vistos é referência mundial. Chegam até a dizer que está nas «casas de pessoas comuns», ok (como o Pedro Balaia disse, o Gerês parece ser um bom laboratório para experiências de arquitectura...).
Mais importante de tudo seria tentar saber qual a origem destes topónimos? Alguma pista?
Fotografias: © Excerto da Folha 43 da Carta Militar de Portugal do Instituto Geográfico do Exército
O património perdido da Peneda-Gerês (XXIII)
Quantos de nós já viram a Casa Florestal da Bouça da Mó? Escondida a poucos metros da Geira Romana, esta casa tem uma configuração completamente diferente das outras casas florestais no Parque Nacional da Peneda-Gerês. A casa tem uma configuração em forma de ferradura aberta e em tempos deu abrigo aos cavalos que se encontravam nas cavalariças do Vidoeiro quando estas instalações entraram em obras. Todo o perímetro da Casa Florestal da Bouça da Mó está rodeado com uma vedação de arame.
A actual casa, que ainda será utilizada pelos serviços do Parque Nacional mas que apresenta um estado de abandono, deverá ter sido construída no mesmo lugar onde existia uma antiga casa florestal em madeira (imagem a seguir da Ilustração Portuguesa).
Situada na Serra do Gerês, e na freguesia de S. João do Campo, a Casa Florestal da Bouça da Mó encontra-se localizada a 41º 46'46N - 8º 10'08O e a uma altitude de 584 metros (GPS).
Fotografias: © Rui C. Barbosa
A actual casa, que ainda será utilizada pelos serviços do Parque Nacional mas que apresenta um estado de abandono, deverá ter sido construída no mesmo lugar onde existia uma antiga casa florestal em madeira (imagem a seguir da Ilustração Portuguesa).
Situada na Serra do Gerês, e na freguesia de S. João do Campo, a Casa Florestal da Bouça da Mó encontra-se localizada a 41º 46'46N - 8º 10'08O e a uma altitude de 584 metros (GPS).
Fotografias: © Rui C. Barbosa
terça-feira, 23 de março de 2010
Notas Históricas (CXLVI)
Carris, 12 de Fevereiro de 1979
Um relatório técnico-económico datado de 12 de Fevereiro de 1979 no qual se apresenta a proposta de reactivação das Minas dos Carris num projecto que teve o seu início em Setembro de 1978 com a reparação total da estrada entre a Portela do Homem e os Carris. Os trabalhos na mina iniciaram-se em Outubro de 1978 com a reconstrução do «acampamento» mineiro para a instalação de um grupo de 25 a 30 homens, a instalação de um gerador de 75 kWA e respectiva instalação eléctrica, e a instalação de dois compressores Ingersol-Rand, sendo um destinado ao campo de exploração da mina do Salto do Lobo e outro ao filão Paulino.
Nesta fase os trabalhos efectuados constavam da limpeza de todos os trabalhos mineiros de acesso a locais necessários tanto no Salto do Lobo como no filão Paulino; começo do esgoto do 6º piso e parte do 7º piso com a instalação de duas bombas de ar comprimido e a execução de diversos trabalhos de campo.
De entre os trabalhos previstos constavam os acabamentos finais nas instalações de abrigo dos operários, a instalação de um grupo electrobomba ao nível do entre-piso do 7º piso, a montagem de um guincho a ar comprimido na superfície para se proceder a insvestigações no filão Pualino, diversos trabalhos de manutenção e segurança, e a reparação da estrada devido a problemas originados com o mau tempo.
Fotografias: © Rui C. Barbosa
Um relatório técnico-económico datado de 12 de Fevereiro de 1979 no qual se apresenta a proposta de reactivação das Minas dos Carris num projecto que teve o seu início em Setembro de 1978 com a reparação total da estrada entre a Portela do Homem e os Carris. Os trabalhos na mina iniciaram-se em Outubro de 1978 com a reconstrução do «acampamento» mineiro para a instalação de um grupo de 25 a 30 homens, a instalação de um gerador de 75 kWA e respectiva instalação eléctrica, e a instalação de dois compressores Ingersol-Rand, sendo um destinado ao campo de exploração da mina do Salto do Lobo e outro ao filão Paulino.
Nesta fase os trabalhos efectuados constavam da limpeza de todos os trabalhos mineiros de acesso a locais necessários tanto no Salto do Lobo como no filão Paulino; começo do esgoto do 6º piso e parte do 7º piso com a instalação de duas bombas de ar comprimido e a execução de diversos trabalhos de campo.
De entre os trabalhos previstos constavam os acabamentos finais nas instalações de abrigo dos operários, a instalação de um grupo electrobomba ao nível do entre-piso do 7º piso, a montagem de um guincho a ar comprimido na superfície para se proceder a insvestigações no filão Pualino, diversos trabalhos de manutenção e segurança, e a reparação da estrada devido a problemas originados com o mau tempo.
Fotografias: © Rui C. Barbosa
segunda-feira, 22 de março de 2010
O Gerês e as 7 maravilhas de Portugal
Como muitos saberão, ou talvez não, o Parque Nacional da Peneda-Gerês encontra-se na lista dos 21 finalistas do concurso das Sete Maravilhas Naturais de Portugal. Reconheço que concursos deste tipo servem somente para fazer uma certa promoção turística dos locais 'a concurso', com a consequência inevitável da promoção dos mesmos nos órgãos de comunicação social durante um certo período de tempo enquanto o circo durar.
No entanto, não deixa de ser uma faca de dois gumes. Se por um lado se promove as regiões atribuindo-lhes o título pomposo de «Maravilha Natural», por outro condena-se a área à forte pressão turística desordenada que daí irá advir.
Nós portugueses somos um povo ímpar e único neste pequeno planeta. Somos capazes do melhor: se por um lado conseguimos conquistar oceanos desconhecidos, não somos capazes de nos livrar da vergonha das touradas e de classificar os animais da mesma forma que valoramos um tijolo! Somos capazes de aderir às centenas de milhar a iniciativas de autêntica barrela do país ficando estupefactos pelas lixeiras pelas quais passamos todos os dias que até ali eram invisíveis, mas não evitamos de invadir uma área protegida á procura de uma menina que corre ao lado dos lobos na palermice de uma telenovela. Em resultado desta mesma, o Gerês foi invadido no Verão passado por milhares de turistas à procura de paisagens que lhes pareciam fantásticas na televisão, mas que na realidade não passavam de uma pequena mata aos seus olhos mas transformada pela objectiva de uma câmara. Infelizmente, e na profundidade de uma ignorância que se teima em manter tão redonda como uma bola do idolatrado futebol, não conseguem compreender o verdadeiro valor de uma mata secular como a Mata de Albergaria ou de um vale glacial como o Vale do Alto Homem, verdadeiro expoente da artificial fórmula matemática do Wilderness.
Consigo compreender os habitantes do Gerês e do Parque Nacional como um todo que se vêm violentados nos seus direitos ao longo de décadas e décadas de influência do Estado naquelas serras, mas que sem essa influência não passariam de montanhas de granito nu. E estes memos habitantes podem ver neste concurso uma oportunidade de negócio para uma região tão desfavorecida.
Sendo uma das maravilhas consagradas, o Parque Nacional da Peneda-Gerês irá receber milhares de visitas daqueles que querem conhecer a nova maravilha. Uma maravilha que sempre esteve ali, mas que agora é que é mesmo porque assim o disseram na televisão e porque ganhou um concurso. No entanto a invasão de turistas ignorantes irá trazer a desgraça, o vandalismo, a sujidade, a conspurcação, o mau comportamento, o desrespeito pelos valores e costumes, o arrancar de plantas e o mau trato da fauna ao Gerês e ao Parque Nacional. O PNPG não precisa de concursos, pois o PNPG é a própria definição de maravilha.
O PNPG é em si a maravilha de Portugal e ponto final! Não necessita de concursos parolos para receber esse epíteto. Como disse o bloguer, é "...o mais belo cantinho do mundo". Porém, eu digo mais pois o PNPG é o mais belo cantinho da criação do Universo.
Assim, maus caros, cá vai a bomba e não votem no PNPG para uma das 7 maravilhas de Portugal.
Fotografias: © Rui C. Barbosa
Postais do Gerês (XLIII) - Capela e no alto a Repartição Florestal
Este postal do Gerês dos princípios do Século XX mostra-nos uma vista das Caldas não muito usual. No centro do postal é possível observar a antiga Repartição dos Serviços Florestais hoje mais conehcida por 'chalet' e que serve de abrigo aos estudiosos biólogos e outros que se formam no Parque Nacional da Peneda-Gerês. No lado esquerdo, ao centro, a capela onde se distingue ainda o actual brasão. Do lado direiro é visível o então edifício termal de 2ª classe.
Este postal foi uma edição do Bazar Soares do Porto, Filial no Gerês, tendo por base uma fotografia (cliché) da Photo Marques.
Fotografias: © Rui C. Barbosa
Este postal foi uma edição do Bazar Soares do Porto, Filial no Gerês, tendo por base uma fotografia (cliché) da Photo Marques.
Fotografias: © Rui C. Barbosa
O património perdido da Peneda-Gerês (XXII)
A Casa Abrigo do Barreiro é uma das duas casas concessionadas à Versana, Turismo e Animação Ambiental e ainda disponível para aluguer. A casa está a poucos metros da estrada que liga Castro Laboreiro e a aldeia do Ribeiro de Baixo, em plena Serra da Peneda.
Do exterior a casa parece se encontrar em bom estado, sendo alvo de manutenção frequente.
A Casa Abrigo do Barreiro encontra-se localizada a 42º 00'50N - 8º 09'31O e a uma altitude de 819 metros (GPS).
Fotografias: © Rui C. Barbosa
Do exterior a casa parece se encontrar em bom estado, sendo alvo de manutenção frequente.
A Casa Abrigo do Barreiro encontra-se localizada a 42º 00'50N - 8º 09'31O e a uma altitude de 819 metros (GPS).
Fotografias: © Rui C. Barbosa
domingo, 21 de março de 2010
Trilhos Seculares - Juriz
Pitões das Júnias - 21 de Março de 2010
Muitas são as memórias e sensações que ficam depois de visitar a aldeia medieval de Juriz. Podia falar dos tons de cinza, verde e castanho, de um céu azul com pinceladas de branco e um horizonte de chuva, da imensidão da montanha e do quão perto sempre esteve. Mas o que fica depois de caminhar pelos arruamentos de Juriz são as perguntas que muitas vezes nos assombram noutros locais no Gerês. O que aconteceu á aldeia de Juriz? Porque foi abandonada? Porque permaneceu perdida no meio do carvalhal que ao longo dos séculos e séculos se foi lentamente instalando. Nas memórias das pessoas de Pitões ficam as lendas, noutras surgem as teorias que tentam explicar o que teria sido, porque foi e porque se mantém assim.
Já várias vezes havia passado junto das ruínas e já há muito tempo que havia ouvido falar de Juriz, mas esta foi a primeira vez que entrei naquele mundo medieval para tentar imaginar as suas casas com vida, as suas ruas com gente, enfim tentar imaginar um Portugal há muitos, muito tempo que se perdeu... Hoje foi esse dia.
Foi uma iniciativa do blogue MonteAcima que contou com a colaboração do Jorge Louro que nos serviu de guia por entre aquelas pedras cobertas pelo passado.
Luís Fontes faz a seguinte descrição de Juriz: "Povoado abandonado com arruamentos lajeados e vestígios de cerca de 40 casas, de planta geralmente quadrangular e paredes de blocos graníticos mais ou menos aparelhadas, muitas ainda com umbrais e soleiras das entradas. Poderá tratar-se da aldeia medieval de Sancti Vincencii de Gerez referida nas "Inquirições Afonsinas" de 1258, provavelmente abandonada no século XV, tempo de fomes, pestes e guerras. Nunca mais seria reocupada, podendo aceitar-se que tenha sido substituída pela aldeia de Pitões das Júnias. O lugar encontra-se actualmente coberto por um frondoso carvalhal espontâneo, com a vegetação a conferir às ruínas uma beleza pouco vulgar. No extremo setentrional do povoado, no topo de um pequeno outeiro coroado por caos de blocos graníticos, a que a população chama "castelo", identificam-se alguns rasgos que desenham uma planta quadrangular com cerca de 2 metros de lado, vestígios que poderão corresponder a uma pequena atalaia. Um pouco mais longe, cerca de 1,5 km para Sudeste, fica o mosteiro de Santa Maria das Júnias. Em termos arqueológicos conserva-se tudo em bom estado."
Assim, Juriz será um dos exemplos de uma antiga aldeia medieval situada dentro da área do Parque Nacional da Peneda-Gerês. Ainda o próprio Luíz Fontes refere que: "Trata-se de um monumento de inegável significado histórico regional e excepcional valor científico e patrimonial, cujo estudo é fundamental para o conhecimento da evolução do povoamento medieval na vertente nascente do maciço geresiano. As ruínas desta aldeia abandonada enriquecem-se ainda com a paisagem envolvente, marcada por exuberante cobertura vegetal e relevos vigorosos. No Plano de Ordenamento do Parque Nacional da Peneda-Gerês foi proposta a classificação do "Povoado de Juriz" como Monumento Nacional."
Começamos a caminhar em Pitões das Júnias e seguimos pelo caminho que nos leva através do Carvalhal do Beredo. Logo antes de chegar à zona de merendas, fletimos a Norte seguindo um sulco que marca o ancestral caminho de acesso a Juriz.
Juriz vai surgindo por entre os carvalhos com as suas pedras cobertas de musgos. A forma quadrangular das habitações e a sua disposição leva-nos de imediato a nos apercebermos da organização do povoado, sendo evidentes os seus arruamentos. Juriz impressionou-me também pela sua dimensão, pois esperava encontrar a aldeia agrupada numa área mais pequena.
Passando Juriz, é interessante visitar o castelo, ou pequena atalaia, que certamente servia de defesa à face Norte do povoado. São notórios os entalhes no granito que certamente em tempos terão servido de suporte às defesas ou muralhas de madeira.
E fica assim na memória Juriz; como que um local místico na Serra do Gerês. Um local onde, se fecharmos os olhos, conseguimos escutar os sons do passado distante...
Fotografias: © Rui C. Barbosa
Muitas são as memórias e sensações que ficam depois de visitar a aldeia medieval de Juriz. Podia falar dos tons de cinza, verde e castanho, de um céu azul com pinceladas de branco e um horizonte de chuva, da imensidão da montanha e do quão perto sempre esteve. Mas o que fica depois de caminhar pelos arruamentos de Juriz são as perguntas que muitas vezes nos assombram noutros locais no Gerês. O que aconteceu á aldeia de Juriz? Porque foi abandonada? Porque permaneceu perdida no meio do carvalhal que ao longo dos séculos e séculos se foi lentamente instalando. Nas memórias das pessoas de Pitões ficam as lendas, noutras surgem as teorias que tentam explicar o que teria sido, porque foi e porque se mantém assim.
Já várias vezes havia passado junto das ruínas e já há muito tempo que havia ouvido falar de Juriz, mas esta foi a primeira vez que entrei naquele mundo medieval para tentar imaginar as suas casas com vida, as suas ruas com gente, enfim tentar imaginar um Portugal há muitos, muito tempo que se perdeu... Hoje foi esse dia.
Foi uma iniciativa do blogue MonteAcima que contou com a colaboração do Jorge Louro que nos serviu de guia por entre aquelas pedras cobertas pelo passado.
Luís Fontes faz a seguinte descrição de Juriz: "Povoado abandonado com arruamentos lajeados e vestígios de cerca de 40 casas, de planta geralmente quadrangular e paredes de blocos graníticos mais ou menos aparelhadas, muitas ainda com umbrais e soleiras das entradas. Poderá tratar-se da aldeia medieval de Sancti Vincencii de Gerez referida nas "Inquirições Afonsinas" de 1258, provavelmente abandonada no século XV, tempo de fomes, pestes e guerras. Nunca mais seria reocupada, podendo aceitar-se que tenha sido substituída pela aldeia de Pitões das Júnias. O lugar encontra-se actualmente coberto por um frondoso carvalhal espontâneo, com a vegetação a conferir às ruínas uma beleza pouco vulgar. No extremo setentrional do povoado, no topo de um pequeno outeiro coroado por caos de blocos graníticos, a que a população chama "castelo", identificam-se alguns rasgos que desenham uma planta quadrangular com cerca de 2 metros de lado, vestígios que poderão corresponder a uma pequena atalaia. Um pouco mais longe, cerca de 1,5 km para Sudeste, fica o mosteiro de Santa Maria das Júnias. Em termos arqueológicos conserva-se tudo em bom estado."
Começamos a caminhar em Pitões das Júnias e seguimos pelo caminho que nos leva através do Carvalhal do Beredo. Logo antes de chegar à zona de merendas, fletimos a Norte seguindo um sulco que marca o ancestral caminho de acesso a Juriz.
Juriz vai surgindo por entre os carvalhos com as suas pedras cobertas de musgos. A forma quadrangular das habitações e a sua disposição leva-nos de imediato a nos apercebermos da organização do povoado, sendo evidentes os seus arruamentos. Juriz impressionou-me também pela sua dimensão, pois esperava encontrar a aldeia agrupada numa área mais pequena.
Passando Juriz, é interessante visitar o castelo, ou pequena atalaia, que certamente servia de defesa à face Norte do povoado. São notórios os entalhes no granito que certamente em tempos terão servido de suporte às defesas ou muralhas de madeira.
E fica assim na memória Juriz; como que um local místico na Serra do Gerês. Um local onde, se fecharmos os olhos, conseguimos escutar os sons do passado distante...
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