O Curral da Amoreira está situado na Serra do Gerês perto da raia galega na freguesia do Campo do Gerês, Terras de Bouro. É um curral de grandes dimensões actualmente ainda utilizado para a pastagem dos gados nas vezeiras. Nos tempos idos o curral era também utilizado pelas gentes galegas, mas essa prática já não acontece nos nossos dias.
No Curral da Amoreira pode-se observar um forno (abrigo) em relativo bom estado coberto com torrões de terra. A última imagem mostra esse abrigo no princípio do século XX.
Fotografias: © Rui C. Barbosa
domingo, 30 de setembro de 2012
sábado, 29 de setembro de 2012
Hotéis termais das Caldas do Gerês (VI)
Em serviço desde os finais do século XIX, o Hotel da Ponte, foi já local de serviço de correios nas Caldas do Gerês.
Segundo Rosa Fernanda Moreira da Silva, no seu livro "O Gerês de Bouro a Barroso","Francisco José da Silva (o Botequim) comprou na margem direita do rio Gerês uma casa de lavrador. Nos fins do século XIX o filho Serafim da Silva (mestre florestal) construiu nesse espaço o pequeno hotel da Ponte.
Nessa época, os serviços de correios funcionavam no 1º andar.
Entre 1938/40 João Ribeiro compra a Pensão da Ponte a 11 tios e netos do 'Botequim'. Esta unidade de hotelaria está localizada no sopé da margem direita, próximo da ponte edificada pelos Serviços Florestais e, consequentemente, de ligação ao centro do núcleo termal.
O seu proprietário como geresiano de forte espírito empresarial investiu permanentemente na ampliação e qualificação desta unidade hoteleira.
Ao espírito empresarial de João da Ponte associava-se o prazer de tratar o seu hóspede como um elemento familiar.
Em 2005 morre com 95 anos um dos grandes defensores e impulsionadores do Gerês."
Fotografia: © Rui C. Barbosa (retirada do livro "O Gerez - estancia de cura, de repouso e turismo")
Segundo Rosa Fernanda Moreira da Silva, no seu livro "O Gerês de Bouro a Barroso","Francisco José da Silva (o Botequim) comprou na margem direita do rio Gerês uma casa de lavrador. Nos fins do século XIX o filho Serafim da Silva (mestre florestal) construiu nesse espaço o pequeno hotel da Ponte.
Nessa época, os serviços de correios funcionavam no 1º andar.
Entre 1938/40 João Ribeiro compra a Pensão da Ponte a 11 tios e netos do 'Botequim'. Esta unidade de hotelaria está localizada no sopé da margem direita, próximo da ponte edificada pelos Serviços Florestais e, consequentemente, de ligação ao centro do núcleo termal.
O seu proprietário como geresiano de forte espírito empresarial investiu permanentemente na ampliação e qualificação desta unidade hoteleira.
Ao espírito empresarial de João da Ponte associava-se o prazer de tratar o seu hóspede como um elemento familiar.
Em 2005 morre com 95 anos um dos grandes defensores e impulsionadores do Gerês."
Fotografia: © Rui C. Barbosa (retirada do livro "O Gerez - estancia de cura, de repouso e turismo")
sexta-feira, 28 de setembro de 2012
Outra descida às Minas dos Carris
Por entre a imensidão de arquivos lá vão surgindo umas memórias perdidas.
Esta é mais uma descida às Minas dos Carris, desta vez filmada a 3 de Maio de 2009 e mais uma vez utilizando métodos rudimentares e imaginação. A qualidade da imagem não é boa dado que nesta filmagem foi utilizada a câmara de um telemóvel que para a filmagem em questão poderia ter de ser sacrificado, logo não ser um equipamento de qualidade.
Pelo menos que eu conheça, não existem filmagens clássicas dentro das Minas dos Carris e tão pouco fora delas. Assim, e dentro de alguns (poucos anos) estas serão as únicas filmagens que existirão do poço principal das Minas dos Carris que juntamente com as filmagens existentes no filme "Descendo às Minas dos Carris" constituirão documentos de referência e uma memória visual do seu interior.
Todas estas filmagens são assim um (mais um) legado deixado por algumas pessoas quem em tempos se dedicaram a escrever e a descobrir um pouco da nossa história. Pode ser apenas uma nota de rodapé, mas são registos que ajudam a deixar para as gerações futuras as memórias dos tempos passados. E quando um povo deixa esquecer as suas memórias, então esse povo não merece ser recordado.
Vídeo: © Jorge Cardoso / Rui C. Barbosa
quinta-feira, 27 de setembro de 2012
Um passeio pelas galerias das Minas dos Carris
Actualmente quase inacessíveis, as galerias das Minas dos Carris são uma parte da memória que resta dos tempos da mineração do volfrâmio na Serra do Gerês. Um património há muito abandonado e agora perdido que se pode reviver nestas fotografias de 3 de Maio de 2009.
Fotografias: © Jorge Cardoso / Rui C. Barbosa
Fotografias: © Jorge Cardoso / Rui C. Barbosa
quarta-feira, 26 de setembro de 2012
'Parte de nós' a solução ou parte de nós questionar?
No próximo dia 29 de Setembro tem lugar em várias áreas protegidas nacionais, entre as quais o Parque Nacional da Peneda-Gerês, a iniciativa de combate às espécies invasoras denominada 'Parte de Nós'. A entidade organizadora é a Fundação EDP que conta com vários apoios entre os quais por parte do Instituto da Conservação da natureza e Florestas (ICNF). O objectivo é o de realizar um combate às espécies de árvores invasoras tais como as mimosas, uma verdadeira praga no nosso único parque nacional.
Mais informações sobre o evento aqui.
Após ter já realizado uma campanha semelhante a esta no PNPG, e apesar do meritório objectivo a que se propõe, esta campanha em especial levanta-me uma ou outra questão que considero pertinente, logo a começar pela entidade que organiza o evento. De facto, não acredito na boa fé quem organiza. O facto de ser uma fundação ligada a uma entidade que explora os cidadãos cobrando os preços de electricidade dos mais caros da Europa e de fazer intervenções que trazem danos irreparáveis ao meio ambiente e ao país, não pode tentar lavar a cara com iniciativas deste tipo. Existe aqui um óbvio aproveitamento mediático de um problema que deveria ser levado bastante a sério por parte do Estado Português. E esta é a segunda questão. Estas iniciativas, principalmente na altura do ano em que se realiza, não vai trazer nada de novo às áreas protegidas criando somente uma fachada e dando uma falsa sensação aos participantes de que fizeram algo por essas áreas protegidas.
A problemática das invasoras no Parque Nacional da Peneda-Gerês é um problema bastante série e grave para ser abordado com voluntariados que em nada vão resolver o problema. Enquanto que não existir um plano forte de combate às invasoras que já quase por completo dominam o Vale do Rio Gerês, o problema será perpetuado por falsas esperanças e falsas vitórias reflectidas em publicidade enganosa de uma empresa que não olha a meios para enriquecer os seus accionistas.
Assim, se por um lado parte de nós uma solução para o problema (partirá?), por outro parte de nós questionar quem de responsabilidade por ter deixado o problema chegar ao ponto que chegou.
Imagem: ICNF
Mais informações sobre o evento aqui.
Após ter já realizado uma campanha semelhante a esta no PNPG, e apesar do meritório objectivo a que se propõe, esta campanha em especial levanta-me uma ou outra questão que considero pertinente, logo a começar pela entidade que organiza o evento. De facto, não acredito na boa fé quem organiza. O facto de ser uma fundação ligada a uma entidade que explora os cidadãos cobrando os preços de electricidade dos mais caros da Europa e de fazer intervenções que trazem danos irreparáveis ao meio ambiente e ao país, não pode tentar lavar a cara com iniciativas deste tipo. Existe aqui um óbvio aproveitamento mediático de um problema que deveria ser levado bastante a sério por parte do Estado Português. E esta é a segunda questão. Estas iniciativas, principalmente na altura do ano em que se realiza, não vai trazer nada de novo às áreas protegidas criando somente uma fachada e dando uma falsa sensação aos participantes de que fizeram algo por essas áreas protegidas.
A problemática das invasoras no Parque Nacional da Peneda-Gerês é um problema bastante série e grave para ser abordado com voluntariados que em nada vão resolver o problema. Enquanto que não existir um plano forte de combate às invasoras que já quase por completo dominam o Vale do Rio Gerês, o problema será perpetuado por falsas esperanças e falsas vitórias reflectidas em publicidade enganosa de uma empresa que não olha a meios para enriquecer os seus accionistas.
Assim, se por um lado parte de nós uma solução para o problema (partirá?), por outro parte de nós questionar quem de responsabilidade por ter deixado o problema chegar ao ponto que chegou.
Imagem: ICNF
terça-feira, 25 de setembro de 2012
Hotéis termais das Caldas do Gerês (V)
A Pensão Geresiana (Pensão Gereziana) é um dos estabelecimentos hoteleiros mais antigos existentes nas Caldas do Gerês. Iniciando a sua actividade em princípios do século XX, ainda hoje dispõe de um serviço de alojamento aos aquistas que visitam aquelas termas.
Fotografia: © Rui C. Barbosa (retirada do livro "O Gerez - estancia de cura, de repouso e turismo")
Fotografia: © Rui C. Barbosa (retirada do livro "O Gerez - estancia de cura, de repouso e turismo")
domingo, 23 de setembro de 2012
O limite Norte do Gerês Florestal
Estabelecido a 17 de Agosto 1888 o limite da Mata do Gerês foi estabelecido pelo então Ministro da Obras Públicas, Emygdio Navarro, e a sua área abrangia cerca de 10.000 hectares da Serra do Gerês (estando nesta área incluída uma parte da Serra Amarela).
Os limites desta área são estabelecidos no terreno por uma série de cruzes gravadas em baixo relevo no granito geresiano e por diversos marcos triangulados.
O limite a Norte é estebelecido caminhando para Oeste pela raia a partir do marco triangulado do Altar de Cabrões - marco triangulado do Outeiro da Meda - marco triangulado da Lage do Sino - marco triangulado do Lajão - marco triangulado da Lage das Cruzes - marco triangulado da Bela Ruiva - marco triangulado da Cruz do Pinheiro - marco triangulado do Alto de Negrelos - marco triangulado da Portela do Homem - marco triangulado da Chã de Calvos - marco triangulado de Galos de Calvos - marco triangulado do Alto do Salgueiro - marco triangulado da Cruz do Touro - marco geodésico das Eiras.
As fotografias aqui reproduzidas mostram o que eu penso ser (começando com a fotografia cimeira) o marco triangulado do Outeiro da Meda, marco triangulado da Lage do Sino, marco triangulado do Lajão - marco triangulado da Lage das Cruzes, marco triangulado da Bela Ruiva (destruído por um raio desde a minha última passagem?) e o marco triangulado da Cruz do Pinheiro.
Fotografias © Rui C. Barbosa
Os limites desta área são estabelecidos no terreno por uma série de cruzes gravadas em baixo relevo no granito geresiano e por diversos marcos triangulados.
O limite a Norte é estebelecido caminhando para Oeste pela raia a partir do marco triangulado do Altar de Cabrões - marco triangulado do Outeiro da Meda - marco triangulado da Lage do Sino - marco triangulado do Lajão - marco triangulado da Lage das Cruzes - marco triangulado da Bela Ruiva - marco triangulado da Cruz do Pinheiro - marco triangulado do Alto de Negrelos - marco triangulado da Portela do Homem - marco triangulado da Chã de Calvos - marco triangulado de Galos de Calvos - marco triangulado do Alto do Salgueiro - marco triangulado da Cruz do Touro - marco geodésico das Eiras.
As fotografias aqui reproduzidas mostram o que eu penso ser (começando com a fotografia cimeira) o marco triangulado do Outeiro da Meda, marco triangulado da Lage do Sino, marco triangulado do Lajão - marco triangulado da Lage das Cruzes, marco triangulado da Bela Ruiva (destruído por um raio desde a minha última passagem?) e o marco triangulado da Cruz do Pinheiro.
Outeiro da Meda
Lage do Sino
Lajão
Lage das Cruzes
Bela Ruiva
Cruz do Pinheiro
Fotografias © Rui C. Barbosa
Alguém me explica isto?
A zona parece ser da Cascata do Arado... Alguém me explica estas atitudes?
Vídeo: LEONARDO97749
188... Na alma do Gerês (II)
Um regresso pelas deslumbrantes paisagens da raia geresiana entre a Amoreira, Lage das Cruzes, Bela Ruiva e Cruz de Pinheiro... O objectivo foi o de localizar e identificar os marcos triangulados e os pontos limite do antigo Gerês Florestal tal como estava definido nos princípios do Século XX.
Fotografias: © Rui C. Barbosa
Fotografias: © Rui C. Barbosa
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