sábado, 31 de agosto de 2013

Novo incêndio no PNPG - Fafião (II) - ACTUALIZAÇÃO


O incêndio foi dado como dominado às 19:03.

Estas fotografias foram obtidas desde o Miradouro da Ermida e mostra a evolução do incêndio que hoje assolou a zona de Fafião no Parque Nacional da Peneda-Gerês.

As três primeiro fotografias foram obtidas pelas 13:06 enquanto que a quarta fotografia mostra o mesmo cenário pelas 16:33.



Fotografias: Projecto OTMA

Fogos florestais no PNPG


O fogo florestal que teve origem às 6:00 na zona de Fafião ainda se encontra por dominar, estando a lavrar em 3 frentes pelas 14:44.

As informações mais recentes vindas de testemunhos visuais indicam que o fogo estará a caminho de Pousada, em plena Serra do Gerês.

Entretanto, e apesar de o sítio da Protecção Civil apenas indicar um fogo florestal na área do Parque Nacional da Peneda-Gerês, existem relatos da ocorrência de sete fogos florestais naquela área protegida. De notar que o sítio da Protecção Civil só lista os incêndios com mais de 2 horas ou mais de 10 veículos operacionais ou 3 ou mais meios aéreos pesados.

Novo incêndio no PNPG - Fafião


Às 6:00 deflagrou um incêndio no interior da área do Parque Nacional da Peneda-Gerês mais precisamente na zona de Fafião.

Pelas 13:41 o incêndio lavrava com 3 frentes. Pelas 12:29 testemunhas oculares observavam desde o Miradouro da Ermida duas frentes de fogo, estando uma delas muito próximo da aldeia de Fafião e a outra a lavrar no Vale do Rio Fafião em direcção à Ponte da Matança.


sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Sr.a de Numão - restauro do altar


No passado dia 25 de Agosto publiquei sobre a Sr.a de Numão em Castro Laboreiro e na sequência desta publicação a leitora Maria João Morgado deixou o seguinte comentário:

"Há uns bons anos atrás, andava eu e o meu marido a passear, e encontramos a capela aberta. Fomos espreitar e deparamo-nos com um grupo de 'senhores da terra' a colocar um altar novo na capela. Um altar em mármore. O antigo em madeira pintada estava encostado à porta.

Perguntei o que iam fazer com o altar antigo, e qual o meu espanto quando me dizem que o iam deitar fora. “Não – disse-lhes! Se é para deitar fora nós ficamos com ele!”. Imediatamente nos disseram que nos vendiam. Aflitos por pensarmos que o altar ia acabar numa fogueira e não tendo como o transportar, tentamos convencer os senhores a guardar o altar uma semana que no fim de semana seguinte íamos lá busca-lo! Disseram-me que sim, e cumpriram!


Embora tivéssemos salvado o altar de ser destruído, sempre sentimos que não era nosso. Era da Capela do Numão!


Finalmente em Maio 2010, o altar voltou para o seu local original. Graças à ajuda do padre de Castro Laboreiro que fez um óptimo trabalho junto dos ‘senhores da terra’ que tinham construído o novo altar de mármore.


Não sei colocar fotografias nos comentários pois teria todo o gosto de lhe mostrar o altar depois de restaurado! Isto porque pelas fotos parece-me que quando tirou estas fotos a capela estava encerrada, certo?
"

A Maria João enviou-me as fotografias que agora partilho com o resto dos leitores com a devida autorização da autora.


Fotografias: Maria João Morgado

Incêndio atinge a Serra do Gerês (III) e a informação errada da Protecção Civil (II)


Estas duas fotografias mostram com mais precisão a localização do incêndio que ontem e hoje atingiu parte da área do Parque Nacional da Peneda-Gerês. A fotografia em cima mostra o incêndio em relação à Calcedónia e a fotografia em baixo mostra a localização do incêndio em relação ao S. Bento.

O incêndio atingiu uma mancha de floresta a Sul da Calcedónia e na encosta oposta ao S. Bento da Porta Aberta. A informação que está a ser divulgada pela Protecção Civil é a de que este incêndio ocorre fora dos limites do Parque Nacional, o que não corresponde à verdade como se pode mais uma vez comprovar por estas imagens.

O incêndio já foi dominado pelas 12:39, mas a situação ainda é de emergência por haver perigo de reacendimento.

Incêndio atinge Serra do Gerês (II) e a informação errada da Protecção Civil

Actualização (13:20) - o incêndio foi dado como dominado às 12:39.

A edição electrónica do Jornal de Notícias refere que o incêndio que ontem se iniciou na encosta oposta ao santuário do S. Bento da Porta Aberta, ainda lavrava na manhã do dia 30 de Agosto conforme podem ler aqui.

Ao se consultar a página da Protecção Civil dedicada aos fogos florestais não surge qualquer indicação sobre este incêndio a não ser a ocorrência de um incêndio em Touro / Rio Caldo com a indicação de que teve início no dia 29 de Agosto pelas 21:08.
Ora, esta é a sensivelmente a hora indicada na notícia do Jornal de Notícias cujo título é "Incêndio consome Parque da Peneda-Gerês". Ao verificarmos a localização do incêndio na informação dada pelo referido sítio da Protecção Civil, obtemos o seguinte...
Isto é, a localização que é dada é fora do Parque Nacional da Peneda-Gerês. Voltemos a ver a fotografia que foi publicada neste blogue no dia 29 de Agosto e que dava conta da ocorrência deste incêndio...
Na imagem são bem discerníveis as luzes de iluminação pública do S. Bento da Porta Aberta e o clarão das chamas resultantes do incêndio florestal na encosta oposta, logo no interior do Parque Nacional da Peneda-Gerês.

Porque é que a Protecção Civil está a emitir informação errada sobre esta ocorrência?

Fotografia: Nuno Cerqueira / JN

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Incêndio atinge a Serra do Gerês


Um incêndio atingiu parte da Serra do Gerês ao final do dia com as chamas a lavrarem na encosta em frente ao santuário do S. Bento da Porta Aberta.

As informações mais recentes indicam que o incêndio já se encontra controlado.
Fotografias: © Dinis Fernandes

202... Sombras e Carris


A primeira luz do dia já definia os contornos da montanha e o vento soprava forte no vale que nos levaria às Minas das Sombras. O caminho foi-se fazendo à medida que a paisagem se ia transformando. O negro da noite já há muito que se escondera e dera lugar aos tons coloridos que iam ganhando força à medida que o Sol ia espreitando acima do horizonte. Os picos serranos iam-se iluminando com tons amarelados até tomarem as suas cores naturais.

A dificuldade inicial do caminho para as Sombras foi sendo ultrapassada a bom ritmo na esperança de vermos a paisagem matinal das ruínas inundadas com o brilho solar que ofuscava os olhos e as lentes. Em poucos minutos toda a serra estava iluminada e apenas resistiam algumas sobras que se iam recolhendo imperceptivelmente.


Percorrendo os velhos trilhos que vão resistindo à passagem dos dias, ao fundo via-se o grande Curral da Amoreira ainda na sombra enquanto o Cabelo da Cova da Porca, Cidadelhe e outros altos serranos estavam já iluminados pela brilhante luz de um novo dia. Lá ao longe, víamos uma enorme coluna que nos fazia lembrar o inferno dos fogos florestais que assolavam o país.

Com a luz a ir-se alterando a cada minuto as paisagens iam-se diferenciando de forma rápida. Naqueles momentos é sempre interessante tentar jogar com as sombras que se vão projectando longas. Assim, as velhas perspectivas e os familiares tons vão tendo uma outra dinâmica e uma outra presença naquele local.



Passeando pelas ruínas, calcorreando ao lado de velhas passagens, os cenários que se apresentam são conhecidos, mas proporcionam visões às quais não estamos habituados.

Tendo comigo velhas fotografias, vão-se comparando as épocas passadas com o silêncio e a desolação dos nossos dias... por vezes, quase que se escutam os sons de outrora, as conversas dos homens e os gritos das crianças que brincam... Olhando a imensidão das Negras repara-se num pequeno incêndio que consumiu uma parte da serra há poucos dias. De repente, cinco ou seis grandes vultos levantam num gracioso voo. As grandes aves vão-se aproximando para verem o que havia acabado de surgir lá no alto. Certamente que esperavam que fossemos presas fáceis, porém, infelizmente para elas (felizmente para nós) não teríamos um aspecto comestível. Acabariam por seguir voo em direcção para os lados Nevosa, mas uma vez ou outra a curiosidade faria voltarem para «perto» de nós... Cada visita aos Carris tem a sua surpresa!


Desta vez, passeamos pelas velhas escombreiras dos trabalhos a céu aberto que assinalam de forma inconfundível a orientação do filão que em tempos alimentou os trabalhos mineiros. Estendendo-se entre a represa dos Carris e para lá do Salto do Lobo, o filão de mesmo nome ainda mostra em alguns locais os sinais do minério.

Terminada a passagem pelas ruínas e uma visita à lavaria, iríamos regressar pelo Salto do Lobo. Lá ao longe, no Penedo da Saudade, duas sombras marcavam a presença dos corvos que parece terem arranjado residência no complexo. Passagem pelo Salto do Lobo e pelos terrenos do campo de futebol para rumar para a Amoreira, passando num velho curral de nome desconhecido, um outro segredo a desvendar!

Algumas fotografias do dia...



























































Fotografias: © Rui C. Barbosa