A Lua em fase crescente despede-se o mês de Agosto de 2022 no céu do Campo do Gerês.
Fotografias © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)
A Lua em fase crescente despede-se o mês de Agosto de 2022 no céu do Campo do Gerês.
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Pena Longa surge por entre o arvoredo da Mata de Albergaria, Serra do Gerês, tendo ao fundo os píncaros do Pé de Cabril a tocar o céu.
Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)
O Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) não nos pára de surpreender, ou quiçá, espantar!
Numa altura em que se fala do regresso da chuva nos primeiros dias de Setembro, o valoroso ICNF - muito preocupado vá-se lá saber com o quê? - emite um aviso de 'Perigo de Incêndio Rural' para o concelho de Terras de Bouro entre 31 de Agosto e 4 de Setembro no qual indica que existe 'Risco muito elevado de incêndio' para o dia 3 de Setembro.
Ora, consultando a previsão (a seguir) do Instituto Português do Mar e da Atmosfera, esta mostra a previsão 32% de possibilidade de chuva para dia 3 de Setembro (Sábado), sendo antecedido por dois dias onde a previsão de chuva é de 44% (dia 1) e 63% (dia 2). Segundo o IPMA, a temperatura máxima para dia 3 é de 23.º C e a mínima é de 13.º C.
Estas previsões do IPMA estão em linha com o que vários sítios de meteorologia apontam para esses dias, isto é, o regresso da chuva, mesmo que sejam aguaceiros pouco intensos, acompanhados com uma descida das temperaturas.
Recordemos que "nos dias de perigo 'muito elevado' ou 'máximo', é proibido circular ou permanecer em áreas florestais públicas ou comunitárias, incluindo a rede viária abrangida, quando inseridas em APPS (Áreas Prioritárias de Prevenção e Segurança)"
"Nos dias de perigo 'muito elevado' ou 'máximo' é proibido desenvolver actividades culturais, desportivas ou outros eventos organizados que justifiquem a concentração de pessoas em territórios florestais, quando inseridos em APPS."
Mais uma vez, vamos se estas condicionantes se aplicam a todos ou somente àqueles que prestam atenção às regras ou que trabalhem de forma legal. Ou será que o ICNF terá o bom senso e o discernimento de uma vez por todas adoptar um sistema que realmente se adeque à realidade da floresta nacional?
As águas escondem as belezas de Vilarinho da Furna, Serra Amarela. Porém, quando estas recuam, temos o privilégio de as procurar por entre o silêncio das memórias e o murmúrio do vento da manhã.
Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)
Com a acentuada descida das águas da albufeira da Barragem de Vilarinho das Furnas, ficam à descoberta alguns locais que são interessantes sobre o aspecto histórico do Vale do Rio Homem naquela área.
Sabemos que o vale foi ocupado de diversas formas, sendo a ocupação agrícola da Veiga de Linhares a que mais o marcou. Porém, sabemos a implementação da famosa Fábrica dos Vidros, da velha localização da Casa Florestal da Bouça da Mó, da localização da mutatio de Berbezes na Bouça da Mó, e da passagem de vários caminhos rurais que ligavam a milenar Vilarinho da Furna ao entorno tanto na Serra Amarela como na Serra do Gerês.
A presença romana do local não passa despercebida através dos vários miliários agora presentes na Estrada da Geira. Sabe-se de uma ou outra zona onde a rocha era aproveitada em pedreiras para a construção da Geira e para o fabrico desses miliários. Veja-se, por exemplo, o caso da pedreira junto da Ribeira do Pedredo, no Bico da Geira.
Porém, são vários os locais agora a descoberto onde parece que se tentou extrair o granito, quer seja para os miliários, quer seja para outras aplicações. Em breve, estes locais estarão de novo submersos e assim, aqui fica um pequeno registo fotográfico de possíveis vestígios de Roma nas margens de Vilarinho.
Fotografias © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)
Esta caminhada levou-me desde a aldeia de Campo do Gerês até à Portela de Leonte seguindo pelo Corvelho e Vitoreiras até às imediações do topo da Fraga do Suadouro. Daqui, segui em direcção ao Curral de Gamil, passando pelo seu forno pastoril, e depois pelo Prado.
Entrando no Vale do Rio Gerês, segui o carreiro até à base dos espigões do Pé de Cabril passando junto de Onde Cria a Pássara e descendo para a Portela do Confurco. Seguindo pela velha calçada e carreiros, chegava à Portela de Leonte, tomando depois a estrada florestal até à Albergaria. Daqui, baixava à margem esquerda da albufeira da Barragem de Vilarinho das Furnas até chegar ao traçado da Geira, seguindo depois para o ponto de partida no Campo do Gerês.
Fotografias © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)