Neste dias apetecia-me caminhar longos quilómetros, mas sem me afastar muito do Campo do Gerês. Assim, e após uma boleia até às Caldas do Gerês, lá fui visitar a Pedra Bela e depois seguir para o Campo do Gerês.
A noite fora de chuva e o ar fresco recebeu a manhã tolhida de nuvens e humidade. Sabia que, mais cedo ou mais tarde, iria chover, mas, na verdade, até iria saber bem caminhar à chuva. Este acabaria eventualmente por chegar já no regresso a casa, mas nada tiraria o esplendor de um dia de Verão à chuva.
Saindo das Caldas do Gerês rumei serra acima seguindo o percurso do Trilho dos Currais, passando na Carona e entrando em longos e monótonos estradões. Em pouco tempo, chegava ao Curral do Gaio, local para um abastecimento de água, pois apesar do ar fresco e húmido, esta fazia com que por vezes voltasse aos dias de Bissau. Nestas alturas, é sempre importante uma boa hidratação...
As primeiras horas da manhã são sempre tranquilas pelas estradas serranas e a estrada que nos leva à Pedra Bela não é excepção. Na ausência do ruído dos automóveis, a passarada fazia-se escutar e o restolhar das folhas, num Outono antecipado criado pela seca, marcava o ritmo da caminhada.
Depois de uma breve visita ao Miradouro da Pedra Bela, segui na direcção do Curral da Espinheira e depois para o Curral da Carvalha das Éguas e Curral da Lomba do Vidoeiro, iniciando a longa descida que me levaria ao Vidoeiro através da Quelha Verde. Chegado ao Vidoeiro, uma pequena paragem para um refresco e reinício da caminhada, seguindo inicialmente pelo traçado do Trilho dos Miradouros até ao Miradouro do Penedo da Freira e aqui seguindo juntamente pelo traçado da GR50 Grande Rota da Peneda-Gerês, passando pelo Miradouro da Fraga Negra e mais tarde pelo Miradouro de Junceda.
Em Junceda segui pela Chã de Junceda já somente pela GR50 até chegar ao Campo do Gerês...
Fotografias © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)
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