Carris, 25 de Fevereiro de 1943
Este é um excerto do livro em preparação sobre a História das Minas dos Carris:
Chegados a um acordo, tanto o grupo encabeçado por José Maria Gonçalves de Freitas como a Domingos da Silva, Lda. iriam ceder os direitos dos respectivos registos mineiros. A primeira cessão de direitos dá-se a 25 de Fevereiro de 1943 numa sessão que tem lugar na cidade do Porto e onde comparecem José Maria Gonçalves de Freitas, António Barroso, Domingos Lopes, Domingos Gonçalves Ferreira e Adriano Ferreira Fontes, detentores do registo mineiro n.º 318 com a designação “Carris e Salto do Lobo” na Câmara Municipal de Montalegre, e António Augusto, um químico do Porto. O nome de Adriano Ferreira Fontes (de Lousado – Famalicão) surge aqui pela primeira vez como sócio do grupo de José Maria Gonçalves de Freitas o que significa que ou terá entrado para a sociedade num período mais tardio da contenda ou então o seu nome terá sido ignorado em todo o contencioso que se arrastou nos meses anteriores.
A passagem dos direitos do registo mineiro n.º 318 de Montalegre é feita em troca da quantia de 80.000$00 e António Augusto fica ainda com o encargo de pagar “…todos e quaisquer impostos e contribuições, de qualquer natureza, que venham a ser devidos pela referida concessão e que, por qualquer motivo, o respectivo pagamento seja da responsabilidade deles cedentes em data anterior…” à que a escritura é feita.
No mesmo dia e no mesmo local é feita uma nova cessão de direitos entre António Augusto Gomes e Hans Carl Walter Thobe, sócio-gerente e representante da Sociedade Mineira dos Castelos, Lda. tal como aconteceu na primeira cessão de direitos, esta envolve também o pagamento de 80.000$00 com a sociedade a assumir todos e quaisquer encargos com a concessão mineira.
Ainda a 25 de Fevereiro tem lugar uma terceira sessão de cessão de direitos desta vez entre a firma Domingos da Silva. Lda. e Hans Carl Walter Thobe. Curiosamente, e ao contrário do que sucedera na cessão de direitos entre o grupo de José Maria Gonçalves de Freitas e António Augusto Gomes, este surge referido como sócio-gerente e representante da Domingos da Silva, Lda., tendo-lhe sido outorgados direitos para tal numa reunião levada a cabo a 23 de Fevereiro . Nesta sessão, António Augusto Gomes cede todos os direitos da concessão mineira do “Salto do Lobo” identificada como localizada no Lugar de Carris, Cabril. A cessão dos direitos é feita pela quantia de 95.000$00. Na acta da cessão de direitos é referido que:
“…em virtude do primeiro outorgante ter cedido hoje à sua representada todos os direitos que tinha ao pedido de concessão mineira de volfrâmio denominada “Carris e Salto do Lobo”, efectuado a vinte de Setembro de mil novecentos e quarenta e um e registado na Direcção Geral de Minas e Serviços Geológicos sob o número dez mil novecentos e noventa e quatro, com base no registo número trezentos e dezoito, feito na Câmara Municipal de Montalegre, em onze de Julho do mesmo ano e que ao dito primeiro outorgante haviam sido cedidos por José Maria de Freitas, António Barroso, Domingos Lopes, Domingos Gonçalves Pereira e Adriano Ferreira Fontes e ainda, por efeito dos endossos dos registos mineiros números duzentos e oitenta e três, de doze de Maio e números duzentos e noventa e seis, de seis de Junho, ambos do ano de mil novecentos e quarenta e um, e dos endossos números duzentos e noventa e nove, de dezasseis de Junho do mesmo ano, e trezentos e vinte e sete, de vinte e oito de Julho do dito ano, feitos, também, à mesma sua representada, ficam unificados e pertencendo à entidade que representa os ditos dois pedidos de concessão e registos mineiros efectuados na mesma área.”
Com esta cessão de direitos é assim sanado um conflito que impediu durante quase dois anos a devida exploração mineira da zona do Salto do Lobo. Com a unificação de vários pedidos de concessão e respectivos registos mineiros em nome da Sociedade Mineira dos Castelos, Ldª., está assim aberta a porta para o início de uma exploração a nível industrial dos depósitos mineiros dos Carris.
Fotografias © José Rodrigues de Sousa / Rui C. Barbosa
quarta-feira, 30 de junho de 2010
Comemoração dos 100 Anos de Classificação do Castelo de Lindoso como Monumento Nacional
A Câmara Municipal de Ponte da Barca, o Parque Nacional da Peneda – Gerês e a ADERE – Peneda Gerês promovem, a 4 de Julho de 2010, Domingo, um dia dedicado ao Castelo de Lindoso, no âmbito da comemoração dos 100 anos de classificação deste Castelo como Monumento Nacional.
Todas as actividades são gratuitas.
Programa:
10:30 – 19:00 – Castelo aberto ao público para visitas livres.
15:00 – Visita guiada e interpretada ao Monumento Nacional.
16:00 – Visita guiada e interpretada ao Monumento Nacional.
17:00 – Visita guiada e interpretada ao Monumento Nacional.
Haverá animação no local, durante a tarde: música medieval; actuação de jogral e tasquinhas tradicionais.
A divulgação deste evento está inserida no projecto Gestão e Dinamização da Visitação no PNPG, co-financiado pelo Programa Operacional Regional do Norte (ON2), no domínio da Gestão Activa de Espaços Protegidos e Classificados.
Para mais informações através do email geral@adere-pg.com ou através dos seguintes contactos 258 452 250 / 258 452 450 / 964022321.
Leitura de fim-de-semana - "Terras de Bouro - Território Museu da Montanha"
Sendo o n.º 4 da Série Cadernos de Cultura editada pela Câmara Municipal de Terras de Bouro em 2001, este "Terras de Bouro - Território Museu da Montanha" é uma janela aberta para o passado da Serra do Gerês e uma boa sugestão de leitura para o fim-de-semana.
Dos artigos contidos neste livro destaco "A Via Militar que ia pelo mente Gerês", de Jerónimo Contador de Argote; "Para a História da Real Fábrica de Vidros de Vilarinho da Furna", de Manuel de Azevedo Antunes; e "Gerês: Conferência Florestal e a Festa da Árvore em 1916".
Boa leitura!
Fotografia © Câmara Municipal de Terras de Bouro
Dos artigos contidos neste livro destaco "A Via Militar que ia pelo mente Gerês", de Jerónimo Contador de Argote; "Para a História da Real Fábrica de Vidros de Vilarinho da Furna", de Manuel de Azevedo Antunes; e "Gerês: Conferência Florestal e a Festa da Árvore em 1916".
Boa leitura!
Fotografia © Câmara Municipal de Terras de Bouro
terça-feira, 29 de junho de 2010
Trilho da Águia do Sarilhão (TBR-PR5)
Já há muito tempo que pretendia percorrer o Trilho da Águia do Sarilhão e hoje finalmente tive essa oportunidade. Porém, não é que considere o meu tempo perdido pios não se perde tempo quando se caminha perla serra mais linda de Portugal, mas este trilho está a necessitar de uma intervenção e de uma manutenção urgente. Esta intervenção pode começar pela renovação da sinalética e posteriormente poder-se-á avançar com uma alteração do seu traçado pois parte do caminho encontra-se dentro da zona afectada por um incêncio florestal, o que lhe retira parte da sua beleza e encanto. Talvez uma passagem e sinalização das silhas dos ursos existentes possa trazer um novo ímpeto ao Trilho da Águia do Sarilhão.
Das zonas que o trilho percorre podem-se salientar a passagem por S. João do Campo, a Geira Romana e o verdadeiro tunel arbóreo à sombra da Fraga do Sarilhão. Para quem percorre aquelz zona pela primeira vez romenda-se a passagem pela Porta do PNPG de S. João do Campo.
Algumas fotografias...
Fotografias © Rui C. Barbosa
Das zonas que o trilho percorre podem-se salientar a passagem por S. João do Campo, a Geira Romana e o verdadeiro tunel arbóreo à sombra da Fraga do Sarilhão. Para quem percorre aquelz zona pela primeira vez romenda-se a passagem pela Porta do PNPG de S. João do Campo.
Algumas fotografias...
Fotografias © Rui C. Barbosa
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