sexta-feira, 26 de junho de 2015

A desinformação da Vortex Magazine


A Vortex Magazine por vezes elucida-nos com as suas listas de '14 melhores...', ou algo parecido, para se fazer qualquer coisa. Não sendo especializada no tema em concreto, a Vortex Magazine define-se como 'um portal de língua portuguesa dedicado à divulgação de temas relacionados com a sociedade, cultura, viagens, tecnologia e vídeos.

Querendo ser um portal sério e que forneça informação correcta aos seus leitores, a Vortec Magazine deveria ter mais cuidado na informação que transmite. Assim, mostraria rigor e qualidade nessa mesma informação. Porém, parece ser mais fácil desinformar do que certificar de que a informação está, de facto, correcta.

A 17 de Maio de 2015 a Vortex Magazine lá publicou uma das suas listas '14' desta vez relacionadas com o Gerês. Mesmo antes de abrir tal lista, já esperava erros... A lista está aqui.

Lendo logo o primeiro local (Castro Laboreiro), vê-se que o título está errado; os '14 locais de visita obrigatória no Geres' deveria ser ' 14 locais de visita obrigatória no Parque Nacional da Peneda-Gerês', pois Castro Laboreiro NÃO FICA no Gerês, bem como o segundo local apontado (Nossa Senhora da Peneda), bem como o terceiro (Soajo). O mesmo acontece com o Lindoso (n.º 5 da lista) e Vilarinho da Furna (não 'das Furnas').

Por outro lado, o Santuário de São Bento da Porta Aberta NÃO ESTÁ localizado no Parque Nacional da Peneda-Gerês e Brufe encontra-se na Serra Amarela, tal como diz o texto...

Desde Maio até agora já passou o tempo suficiente para corrigir tanto erro!

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Apoiar a edição do livro 'Minas dos Carris - Histórias Mineiras na Serra do Gerês'


Resta pouco mais de um mês para apoiar a segunda edição do livro 'Minas dos Carris - Histórias Mineiras na Serra do Gerês' através de uma campanha de crowdfunding necessária devido à ausência de apoios oficiais.

A campanha pode ser acedida aqui ou desejar apoiar entre em contacto com o autor através do email rmcsbarbosa@gmail.com.

Com esta campanha permite-se que os futuros leitores possam desde já reservar o livro, ajudando na sua edição. Se a campanha for bem sucedida o livro deverá estar pronto para entrega em Outubro / Novembro.

Esta campanha só será bem sucedida se eu conseguir o apoio total que necessito, mas é uma campanha segura para quem participa nela, pois caso eu não consiga juntar o montante necessário, o dinheiro é devolvido a quem participou na campanha.

Assim, renovo o meu apelo e o meu pedido de participação nesta campanha na qual pode participar com qualquer montante mesmo não tendo interesse em adquirir o livro.


Para saber mais pode consultar os seguintes artigos:

Novo crowdfunding para o livro 'Minas dos Carris - Histórias Mineiras na Serra do Gerês'.

Gostava de apoiar a segunda edição do livro que conta a história das Minas dos Carris?

Para participar na campanha, reservando desde já o seu livro pode seguir este endereço:

http://ppl.com.pt/pt/prj/minas-dos-carris-segunda-edicao

Obrigado desde já pelo seu interesse e pelo apoio.

74º aniversário das Minas dos Carris


A 24 de Junho de 1941 era entregue na Câmara Municipal de Montalegre um manifesto mineiro por parte de Domingos da Silva no qual referia a descoberta 'por simples inspecção de superfície' a existência de volfrâmio e de outros metais na zona do Salto do Lobo, Serra do Gerês.

No respectivo manifesto mineiro, Domingos da Silva reclamava o seu direito a explorar o local consignado pela legislação.

Assim, considero a data de 24 de Junho de 1941 como a data de criação da primeira exploração mineira que mais tarde daria lugar às Minas dos Carris.

Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

GERESÃO, já nas bancas


Já está nas bancas a mais recente edição do jornal GERESÃO.

Se desejar assinar o GERESÃO deve enviar um email para geresaojornal@gmail.com.

Uso do fogo


Com novas previsões de tempo quente para os próximos dias, nunca é demais relembrar os cuidados que todos devemos ter na utilização do fogo.

quarta-feira, 24 de junho de 2015

Sons da vida na represa das Minas dos Carris


A represa das Minas dos Carris é um oásis para a vida dos anfíbios na Serra do Gerês.

Vídeo © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

terça-feira, 23 de junho de 2015

Gostava de ser poeta...


Gostava de ser poeta para descrever aquele momento no qual nem pestanejamos para não perder um segundo que seja de algo único que ocorre perante nós.

O nascer do Sol visto das Minas dos Carris, Serra do Gerês.


Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

A velha mina


Se já nos anos 70 do século XX existiam zonas do complexo mineiro dos Carris onde a degradação das galerias era evidente, mais evidente se torna ao fim de 40 anos de abandono.

Em Abril de 2007 tive a oportunidade única de visitar parte das galerias do Piso n.º 1 das Minas dos Carris (Mina do Salto do Lobo). Na altura, a casual descoberta de uma luz na escuridão dessa galeria através de uma filmagem amadora, apontou-nos para uma abertura resultante de uma derrocada anterior. Esta abertura deu-me acesso a um espaço único no qual tive a oportunidade de fotografar e de registar os trabalhos ali feitos.

Com a crescente degradação das galerias mineiras resultantes de sucessivas infiltrações e de uma decadente segurança, fez (e faz) com que parte destas galerias subterrâneas vão abatendo com o passar do tempo. O mesmo aconteceu com a abertura que na altura utilizei para entrar naquele mundo escuro e misterioso.

O trabalho que fiz sobre as Minas dos Carris, permite-nos ter uma ideia da sua história e estrutura física. Porém, muito se perdeu de forma definitiva com o desleixo em termos de estudo daquele complexo. Não sendo a Arqueologia Industrial a vertente primordial de um Parque Nacional, deixou-se no entanto perder um património mineiro e histórico que jamais de recuperará.

Ficam as memórias escritas e as imagens para nos ajudar a recordar as Minas dos Carris.

Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

segunda-feira, 22 de junho de 2015

226... O princípio do dia nas Minas dos Carris


A paisagem que se nos depara quando caminhamos até às Minas dos Carris, seguindo qualquer dos percursos que nos permite chegar àquele local, é um espectáculo natural de uma magnificência difícil de transmitir por palavras. Na altura, estas surgem-nos como exclamações interiores de uma grandiosidade que logo de seguida é tornada pequena pela imensidão da paisagem.

Coisa diferente é fazer uma caminhada nocturna até às Minas dos Carris. Se na cidade o véu do firmamento oculta as estrelas, na relativa escuridão da noite estas surgem como algo de único que apela às nossas origens. Se o grande vale nos torna pequenos perante a imensidão dos espaços, a profundidade da noite e o perfurar do firmamento nocturno pelos milhões de pontos cintilantes fazem que respeitemos o momento com um sentimento espiritual que dificilmente se descreve por palavras.

É como se passeássemos por um palco num evento único. Seguimos o caminho bem delineado pelas paredes escuras da montanha e a certa altura estas paredes parece que se abatem sobre nós, esmagando-nos na solidão dos nossos passos e sempre à espera que se repitam os olhos cintilantes que de forma fugaz nos acompanham por breves momentos.

Chegar às ruínas é quase um momento solene. A solidão do local aprofunda-se com o doloroso silêncio, um silêncio tão profundo que nem acreditámos que existe e de repente surge-nos a necessidade de falar, emitir qualquer som para nos convencermos de que estamos vivos e ali, agora, naquele local e em mais lado algum.

Descansamos e o horizonte define-se junto da longínqua fronteira da noite. Aguardamos que ele surja e nos traga um novo dia, o princípio do dia. As cores vão-se alterando de forma perceptível, mas o ser consciente vai-nos acordando de tempos a tempos da letargia visual na qual mergulhamos por minutos. Se o céu estava pejado de estrelas, estas esconderam-se e deram lugar à variação de tons que após a aurora anuncia a chegada do rei.

E de facto ele chegou, iluminando com um novo fulgor a paisagem e os recantos por onde na escuridão da noite a cabra nos observou, o lobo nos vigiou e por onde as sombras se esconderam mal ele se assumiu à beira do limite da montanha. Aos poucos, as ruínas voltaram ao reino da luz talvez sonhando com os dias há muito idos, mas sabendo que aos poucos é a memória dos homens que as farão esquecer.











































Fotografias © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)