quarta-feira, 1 de maio de 2024

Paisagens da Peneda-Gerês (MCCCLX) - Homens de granito

 


As peculiares formações graníticas da Serra do Gerês.

Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

Previsão meteorológica para Nevosa/Carris (1 a 8 de Maio)

 


Os dias 1 e 2 de Maio serão dias de neve nas Minas dos Carris.

Caminhada às Minas dos Carris e Pico da Nevosa

 


A RB Hiking & Trekking irá promover uma caminhada às Minas dos Carris e ao Pico da Nevosa a 22 de Junho de 2024.

Mais informações aqui.

terça-feira, 30 de abril de 2024

Previsão meteorológica para Nevosa/Carris (30 de Abril a 7 de Maio)

 


A neve voltará aos pontos mais elevados da Serra do Gerês entre 30 de Abril e 2 de Maio. Prevê-se o primeiro fim-de-semana de Maio passado a chuva.

segunda-feira, 29 de abril de 2024

Manifesto mineiro da concessão da Mina do Salto do Lobo

 


A área próxima do marco geodésico dos Carris foi extensivamente batida em busca de afloramentos de volfrâmio na primeira metade de 1941.

A 24 de Junho de 1941, Domingos da Silva, um jornaleiro de 29 anos da pequena aldeia de Outeiro, Montalegre, entrega na Câmara Municipal daquele concelho um manifesto mineiro para assegurar os direitos de concessão no sítio denominado ‘Salto do Lobo’ onde terá descoberto volfrâmio e outros metais por simples inspecção de superfície.

Domingos da Silva determina o centro do que denomina como ‘Corga do Salto do Lobo’, medindo 550 metros para o Norte. O manifesto mineiro fica registado com o n.º 303, tendo pago uma taxa de 200$00. A respectiva certidão teve um custo de 6$40 e ficou registada no livro de emolumentos com o n.º 142. 

Texto adaptado de "Minas dos Carris - Histórias Mineiras na Serra do Gerês" (Rui C. Barbosa, Dezembro de 2013)

Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

domingo, 28 de abril de 2024

Paisagens da Peneda-Gerês (MCCCLIX) - Arrocela

 


Caminhando em granito, o alto da Arrocela é aqui visto a caminho da Chã de Pinheiro, Serra do Gerês.

Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

sábado, 27 de abril de 2024

Paisagens da Peneda-Gerês (MCCCLVIII) - Passagem do Modorno

 


A passagem do Modorno, Serra do Gerês, a caminho das Minas dos Carris a 23 de Fevereiro de 2024.

Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

Previsão meteorológica para Nevosa/Carris (27 de Abril a 4 de Maio)

 


O facto de termos queda de neve nesta altura do ano, não será novo. Porém, certamente que há meia-dúzia de dias ninguém esperaria ver uma previsão deste tipo para esta altura do ano.

Assim, o cenário mostra uma previsão de queda de neve para todos os dias da semana, com a cota inferior a descer aos 1.350 metros no dia 1 de Maio.

Esperemos para ver.

sexta-feira, 26 de abril de 2024

Paisagens da Peneda-Gerês (MCCCLVII) - Chegada à Rocalva

 


A paisagem do maciço da Rocalva é o que se nos depara depois da emocionante subida das encostas da Roca das Pias, Serra do Gerês.

Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

quinta-feira, 25 de abril de 2024

Paisagens da Peneda-Gerês (MCCCLVI) - A Ponte e o Rio do Arado

 


A Ponte e o Rio Arado formam uma paisagem conhecida por muitos dos que demandam as paisagens da Serra do Gerês a caminho do Vale de Teixeira.

Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

quarta-feira, 24 de abril de 2024

Paisagens da Peneda-Gerês (MCCCLV) - O espigão Sul do Pé de Cabril

 


O perfil do espigão Sul do Pé de Cabril, Serra do Gerês.

Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

Previsão meteorológica para Nevosa/Carris (24 de Abril a 1 de Maio)

 


O tempo invernoso está de volta a partir do dia 25 de Abril, prevendo-se queda de neve nos pontos mais elevados do Parque Nacional da Peneda-Gerês, com a cota mínima a poder baixar aos 1.000 metros.

terça-feira, 23 de abril de 2024

Trilhos seculares - Pelas paredes da Roca das Pias

 


Quem viaja pela Estrada Nacional 103, a certa altura não deixa de se impressionar com uma paisagem que lhe surge para os lados da Serra do Gerês. A certo ponto, surge-nos um colosso granítico que se eleva da paisagem, como que um farol imponente indicando a chegada a uma "Alexandria da Alma". Ali, por entre a rudeza do granito elevam-se os altos de Rocalva, Roca Negra e Roca de Pias.

Da mesma, esta paisagem toma-nos de assombro com as suas paredes alcantiladas quando a vemos de perto. Como gigantes de pedra, verdadeiros titãs guardiões dos altos e dos segredos seculares dos povos serranos, a nossa admiração torna-se imensa quando nos deles aproximamos e à medida que se agigantam ao olhar.


Sempre que vejo estas paisagens e por elas caminho, inclino-me em reverência e respeito por quem ali viveu e dali tirou o seu sustento. Por outro lado, a minha presença por entre as penedias rochosas dos altos, fazem-me sentir mais vivo do que nunca. Reinhold Messner, alpinista italiano, refere que "os dias que estes homens passam nas montanhas, são os dias em que realmente vivem. Quando as cabeças se limpam das teias de aranha, e o sangue corre com força pelas veias. Quando os cinco sentidos recobram a vitalidade, e o homem completo se torna mais sensível, e então já pode ouvir as vozes da Natureza, e ver as belezas que só estavam ao alcance dos mais ousados."

Esta citação descreve na perfeição a caminhada que hoje fiz ao subir as paredes da Roca de Pias. Não foi a primeira vez que por ali passei, há já muitos anos com o Xavier e a Xara, trepei aquele granito com o coração nas mãos e hoje foi a altura de tentar relembrar esse dia.


A caminhada começou na tranquilidade matinal do Arado. O ar fresco da manhã trazia-me o cantarolar do rio no seu leito e a música da passarada a despertar. A jornada do dia anterior estava já nas recordações e as botas pediam de novo o pó da terra. Bastão a caminho, segui então na direcção do Curral da Malhadoura com os seus gigantes blocos de granito. Foi o local para abastecer o cantil e seguir jornada até ao Curral dos Portos antes da viragem na Tribela e descida para a Ponte de Servas. O Rio do Conho corria tranquilo ao longo do vale que teria de percorrer para chegar a Entre-Águas, mas antes a passagem pelas imediações do Poço Azul.

Em Entre-Águas surgem-nos várias opções de caminhos a percorrer, mas só um deles me levaria a percorrer as emoções que procurava. Atravessando o rio, logo surgem as mariolas e o escondido carreiro que me farão subir encosta acima. Apesar de já por ali ter calcorreado, o passar dos anos turvara-me a memória e o que sentia era a novidade e o espanto das novas perspectivas que paisagens conhecidas; o Vale do Rio Conho a tornar-se distante, o Estreito a afundar na paisagem e os velhos teixos a cumear a estreita corga... um passo de cada vez.

"Ah, não peçam a graça de uma vida fácil! Peçam para se tornarem homens mais fortes! Não peçam para terem tarefas proporcionais às vossas forças! Peçam para que as vossas forças estejam à altura das vossas tarefas."

Lionel Terray

Um passo de cada vez e vai-se subindo a encosta. O carreiro tira proveito das travessias que a rocha foi criando. Aqui e ali, a vegetação toma conta dos passos e toda a atenção é pouca, sendo necessário um extremo cuidado. Não é uma subida para os fracos de coração... pelo esforço, pelas emoções e pela paisagem.

Na verdade, o gigante cabeço que domina a paisagem a partir do fundo do vale está agora a poucas centenas de metros, e surge, altaneiro, como a morada dos deuses que deve ser respeitada. A nossa presença naquele lugar baseia-se nisso mesmo, no respeito que devemos ter por onde estamos e por nós próprios.

Com o desaparecimento dos grandes rebanhos de cabras, os carreiros serranos foram desaparecendo da paisagem física e da memória dos homens. Não havendo quem mantenha os caminhos, restam as velhas mariolas que ali ficam a recordar outros tempos. Estas são agora pontos de referências fundamentais para que a nossa orientação nos leve ao destino pretendido. Serpenteando encosta acima, o carreiro vai ladeado os colos, passando pelas grandes lajes e atravessando pequenas corgas. Estas são paredes que devem ser percorridas em tempo seco, pois com a água tornam-se verdadeiras armadilhas para os incautos.

Subindo e a paisagem alarga-se; o que há pouco olhava inclinando a cabeça para cima, está agora abaixo dos meus pés. Porém, e apesar de estar a seu lado, pareço caminhar no ombro de um gigante. Vencida a pendente de mais de 350 metros de altitude em pouco mais de 850 metros de distância, surge-nos a visão do topo da Rocalva a dominar o horizonte. A partir daqui, o percurso torna-se mais calmo e a adrenalina da subida deixa-nos agora soltar as emoções acumuladas nos momentos de paragem durante a subida.

O regresso far-se-ia pelo Vale do Cando descendo inicialmente pelo Quinão do Meio e seguindo depois pela Encosta do Cando em direcção à encosta de Arrocela no topo da Corga Giesteira. Depois, descida para o Curral de Coriscada (Portelos), seguindo para os Cabeços de Junceda e regressando ao Arado.

Ficam algumas fotografias do dia...




















Fotografias © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

Previsão meteorológica para Nevosa/Carris (23 a 30 de Maio)

 


A previsão continua a indicar a possibilidade de neve nas Minas dos Carris a 27 e 28 de Abril. As temperaturas irão descer de forma significativa nos próximos dias.

Paisagens da Peneda-Gerês (MCCCLIV) - Abrigo pastoril do Camalhão

 


O abrigo pastoril do Curral do Camalhão, Serra do Gerês.

Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

Subida da Vezeira dos Baldios de Cabril

 


A subida da Vezeira dos Baldios de Cabril terá lugar a 1 de Maio de 2024.

segunda-feira, 22 de abril de 2024

A Lua surge sobre a Serra do Gerês

 


E no final do dia a Lua nasce na Serra do Gerês, fotografada desde a milenar aldeia do Campo do Gerês.



Fotografias © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

Paisagens da Peneda-Gerês (MCCCLIII) - Pé de Cabril desde a Cruz do Touro

 


Dois blocos graníticos parecem formar uma passagem para o maravilho mundo do Parque Nacional da Peneda-Gerês, surgindo ao fundo as cumeadas do Pé de Cabril, Serra do Gerês, vistas desde a Cruz do Touro.

Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

Previsão meteorológica para Nevosa/Carris (22 a 29 de Abril)

 


A cada dia que passa parece confirmar-se um episódio de neve nas Minas dos Carris entre 25 e 28 de Abril, com maior intensidade a 27 de Abril.

domingo, 21 de abril de 2024

Previsão meteorológica para Nevosa/Carris (21 a 28 de Abril)

 


Já todos certamente ouviram as notícias de que se aproxima uma semana de frio que terminará com chuva. As previsões a mais de três dias apontam ainda a possibilidade de voltar a termos neve nos pontos mais elevados da Serra do Gerês.

Vamos vendo...

sábado, 20 de abril de 2024

Paisagens da Peneda-Gerês (MCCCLII) - Cabeço da Cruz do Touro

 


O Cabeço da Cruz do Touro, Serra do Gerês, guarda as antigas marcas fronteiriças entre Portugal e Espanha.

Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

sexta-feira, 19 de abril de 2024

O fim dos trabalhos mineiros nos anos 50

 


Depois da loucura do volfrâmio durante o período de exploração mineira que corresponde à Segunda Guerra Mundial, os anos 50 representam uma fase mais lucrativa e de maior investimento nas concessões mineiras no alto da Serra do Gerês. Porém, mesmo esse período iria terminar um dia.

Com as cotações a descerem nos mercados internacionais, as condições de laboração deixam de ser lucrativas o que por sua vez origina a 23 de Julho de 1957 um pedido de suspensão da lavra para os restantes meses do ano, referindo-se como justificação as “…cotações do mercado e o desinteresse dos compradores.” Assim, os trabalhos são suspensos “tendo havido o cuidado de deixar tudo muito bem arrumado, empacotado e registado.” As instalações começam a ser abandonadas, ficando no campo mineiro somente um reduzido número de pessoas que em anos posteriores chegaria a somente um guarda.

Sem perspectivas para a retoma dos trabalhos num futuro imediato, a 8 de Janeiro de 1958, o Director Técnico, Eurico Lopes da Silva, apresenta ao Director Geral de Minas e Serviços Geológicos, a desistência do cargo que ocupava em relação às concessões do Salto do Lobo, Corga das Negras n.º 1, Lamalonga n.º 1 e Castanheiro. Um novo Director Técnico é apresentado a 15 de Janeiro, sendo este o Engenheiro de Minas Luís Aníbal Teixeira Sá Fernandes. O parecer favorável para a sua nomeação é dado a 29 de Janeiro, sendo comunicado ao Ministro da Economia pela Direcção-Geral de Minas e Serviços Geológicos a 10 de Fevereiro. A Sociedade das Minas do Gerês é informada a 13 de Fevereiro da necessidade de enviar até 24 de Fevereiro, via vale postal, a quantia de 100$00 para que fosse publicado no Diário do Governo o despacho ministerial de nomeação do novo Director Técnico. A respectiva quantia é enviada a 21 de Fevereiro e assim, o despacho ministerial de 11 de Fevereiro é lavrado a 25 de Fevereiro pela Direcção-Geral de Minas e Serviços Geológicos e publicado a 4 de Março:

Despacho Ministerial de 11 de Fevereiro de 1958

Aprova a nomeação do engenheiro de minas Luís Aníbal Teixeira Sá Fernandes para o cargo de director técnico das minas nºs 2.234, de volfrâmio e molibdénio, denominada SALTO DO LOBO; 2.806, de estanho, molibdénio e volfrâmio, denominada CORGA DAS NEGRAS N.º 1 e nºs 2.807 e 3.120, de volfrâmio, denominadas, respectivamente, CASTANHEIRO e LAMALONGA Nº 1, todas situadas na freguesia de Cabril, concelho de Montalegre, distrito de Vila Real, de que é concessionária a Sociedade das Minas do Gerês, Limitada.

A 23 de Abril de 1959 a Sociedade das Minas do Gerez, Lda., realiza um contrato de empréstimo no valor de 1.094.164$90 com o Fundo de Fomento Nacional para suprimir as suas necessidades mais imediatas. Apesar da lavra se encontrar suspensa, a 8 de Setembro, o Director Técnico Luís Sá Fernandes requer junto do Comando Geral da Polícia de Segurança Pública uma autorização para a compra de 3.000 kg de explosivos que seriam empregues nos trabalhos de exploração mineira não só no Salto do Lobo, bem como nas concessões do Castanheiro, Corga das Negras n.º 1 e Lamalonga n.º 1. Os explosivos ficariam armazenados no paiol da mina Salto do Lobo, segundo informação enviada para a Circunscrição Mineira do Norte a 28 de Setembro. Nos anos 50 os trabalhos realizados na Mina do Castanheiro terão sido muito reduzidos. Os relatórios anuais disponíveis para os anos de 1957, 1958, 1959 e 1961, mostram que a empresa não executou trabalhos de exploração naquela concessão. Apesar de se encontrarem com as lavras suspensas, as concessões eram sempre obrigadas ao envio dos dados estatísticos anuais.

Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

Paisagens da Peneda-Gerês (MCCCLI) - A mata de Palheiros e a albufeira

 


A albufeira da Barragem de Vilarinho das Furnas e o verde primaveril da Mata de Palheiros, Serra do Gerês.

Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)