A Descoberta do Gerês - Terras de Bouro

Editada já em 2010 pela Câmara Municipal de Terras de Bouro, "A Descoberta do Gerês - Terras de Bouro" é uma revista que nos mostra as principais características da área da Serra do Gerês pertencente a este concelho.

De distribuição gratuita, a publicação é composta por dezenas de fotografias e textos em cinco línguas que passam em revista as zonas mais peculiares da Serra do Gerês abordando a sua geografia, história e etnografia.

A tourada dos Bombeiros Voluntários de Barcelos

Este é um blogue que tem um tema específico, porém não se impede de tempos a tempos tocar noutros temas pertinentes.

Os Bombeiros Voluntários de Barcelos deveriam ter vergonha.

Há uns dias atrás foi anunciado num blogue pró-tortura que os Bombeiros Voluntários de Barcelos iriam organizar uma tourada de «beneficência» para a sua instituição. Sim, os soldados da paz iriam tirar partido da violência e tortura de touros e cavalos para angariar meia dúzia de euros. Mais uma vez a violência, o mau trato e a tortura de animais está encoberta de «beneficência» para esconder a sua verdadeira natureza.

Confrontados com o protesto e vários emails, a corporação decidiu esconder a notícia que tinha na sua página inicial com o endereço http://www.bvbarcelos.pt/?zona=ntc&tema=1&id=78 e nem teve a dignidade de responder a esses emails, o que por si só mostra a vergonha do acto que estão a cometer, preferindo ignora-los.

Se alguém tem dúvidas, procurem o blogue pró-tortura 'farpas' e lá poderão ver o cartaz que os Bombeiros Voluntários de Barcelos esconderam na sua página, mas que os torturadores e violentadores de animais não têm pudor em mostrar.

Certamente que a corporação teria outra forma menos violenta, mais digna e mais humana para angariar os míseros euros que esta coisa lhe vai dar. De facto, pode dar algum dinheiros, mas dá-lhes uma imagem pouco digna para uma corporação de bombeiros. Tenham vergonha!

Fim do incêndio da Bouça da Mó

Dominado o incêndio da Bouça da Mó, fica a montanha negra e uma paisagem cheia de cinza. Nas fotografias pode-se ver que o Prado Marelo foi consumido pelas chamas que entraram no Vale da Ribeira da Mó no limite da Mata de Albergaria.

Fotografias © Paulo Figueiredo

Continua o incêndio na Bouça da Mó (Em ACTUALIZAÇÃO)

Ao contrário do que seria de esperar, o novo dia não trás melhores notícias em relação a este incêndio. Já ontem à noite testemunhas no local apontavam para o facto de o incêndio parecer estar a dirigir-se para a zona do Covelo e Sarilhão.

As informações mais recentes (8h25) indicam que o incêndio tem agora duas frentes. Foi accionado um helicóptero pesado para o combate às chamas.

Estas imagens mostram os focos de incêndio por volta das 23h00.

13h10 - o incêndio continua a lavrar com uma frente activa. Estarão a operar dois helicópteros.

13h54 - o incêndio foi dado como dominado, estando agora em fase de rescaldo. Vamos esperar pela noite a ver o que acontece.

Fotografias © Paulo Figueiredo

Incêndio na Bouça da Mó (Em ACTUALIZAÇÃO)

Os dados mais recentes (19h22) da Autoridade Nacional da Protecção Civil indicam que o incêndio se mantém activo com uma frente.

No terreno estão 41 operacionais (22 bombeiros, 17 sapadores florestais e 2 outros não identificados) apoiados por 11 veículos. Com o aproximar do final do dia o helicóptero terá já regressado à sua base.

20h32 - o incêndio continua activo com uma frente.

21h17 - o incêndio continua activo com uma frente.

21h45 - o incêndio continua activo com uma frente.

22h36 - o incêndio continua activo com uma frente. Entretanto, na actualização da notícia do Jornal PÚBLICO, é referida uma declaração de Lagido Domingos na qual refere que as chamas não haviam atingido a Mata de Albergaria. Ora, segundo a delimitação do Gerês Florestal naquela zona o limite era estabelecido entre a Bouça da Mó e o Pé de Cabril. O incêndio lavra no Vale da Ribeira da Mó que se encontra dentro do limite da Mata de Albergaria.

Fotografias © Paulo Figueiredo

Incêndio na Bouça da Mó (Fotografias)

Algumas imagens do incêndio que deflagrou hoje na Bouça da Mó. A primeira fotografia em baixo foi obtida por volta das 13h20, enquanto que as seguintes são obtidas a partir das 15h30.

Fotografias © Paulo Figueiredo

ÚLTIMA HORA: Incêndio na Mata de Albergaria (Bouça da Mó) - PNPG

Avança o jornal PÚBLICO: Incêndio lavra em zona sensível do Parque Nacional da Peneda-Gerês.

O incêndio está a lavrar no Vale da Ribeira da Mó. Este vale faz a ligação da base do Pé de Cabril com a Bouça da Mó.

Segundo dados da Autoridade Nacional da Protecção Civil, o incêndio foi declarado pelas 15h26 e aparentemente lavra na área da Bouça da Mó. Pelas 16h28 o incêndio encontrava-se activo com uma frente e o Comandante das Operações de Socorro (COS) é o Comandante do Corpo de Bombeiros de Terras de Bouro.

Pelas 17h35 foi accionado um segundo helicóptero bombardeiro pesado. Às 17h45 o incêndio mantinha-se activo com uma frente. 

18h47 - Aparentemente o incêndio parece vir a ficar controlado brevemente. Testemunhas no local afirmam que os helicópteros fizeram dezenas de descargas para auxiliar no controlo das chamas. De notar que a zona é constituída por um vale encaixado com densa vegetação e de difícil acesso aos bombeiros.

Fotografia: PÚBLICO

Gerês

Do autor: "Sonorizado pelo tema «Epicentre» dos «Carbon Based Lifeforms», este vídeo é o resultado da montagem de algumas panorâmicas em positivo (côres visíveis) e negativo (côres invertidas), com alternância do sentido cronológico e outras variações."

Vídeo: subtilsubtil

Novo incêndio no PNPG

O Parque Nacional da Peneda-Gerês voltou a arder hoje com a ocorrência de um incêndio em Xertelo.

Este incêndio foi declarado pelas 09:00 e dominado pelas 13:35, tendo progredido em local de difícil acesso aos meios de combate terrestres e envolvido um total de 10 operacionais com 3 veículos.

Os Vigilantes da Natureza

Os vigilantes da natureza asseguram, nas respectivas áreas de actuação, as funções de vigilância, fiscalização e monitorização relativas ao ambiente e recursos naturais, nomeadamente no âmbito do domínio hídrico, do património natural e da conservação da natureza.

O texto a seguir é da autoria de Francisco Correia e a sua versão original encontra-se aqui.

Os Vigilantes da Natureza, profissionais que têm uma função meritória no que respeita à protecção do património natural, têm a obrigação de assegurar funções de vigilância, fiscalização e monitorização relativas ao ambiente e recursos naturais, no âmbito do domínio hídrico, património natural e conservação da natureza.

Cabe-lhes zelar pelo cumprimento da legislação relativa à conservação da natureza e dos regulamentos das áreas protegidas.

Os 151 Vigilantes da Natureza do Instituto da Conservação da Natureza têm a seu cargo a vigilância e fiscalização de 2007567,26 hectares de áreas com estatuto de protecção da natureza, temos ainda que incluir nestes territórios a fiscalizar os cerca de 2 milhões de hectares de área referente à monitorização de prejuízos atribuídos ao lobo.

Os 86 Vigilantes da Natureza das Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional exercem as suas funções nas 5 Regiões Administrativas que abrangem todo o território nacional continental.

 Nas regiões autónomas dos Açores e da Madeira os 57 Vigilantes da Natureza exercem as suas funções dando execução prática ao objectivo de preservação e defesa do património natural.

Os Vigilantes da Natureza são profundos conhecedores das suas áreas de actuação, com aptidões e vocação para desempenhar as tarefas que lhe estão confiadas, a sua função cumpre-se através da sua permanente presença na área a seu cargo, mediante patrulhamentos terrestres e aquáticos contínuos.

A criação de novas áreas protegidas e a ampliação da superfície a fiscalizar motiva a necessidade de melhorar o funcionamento e a monitorização desses locais. A formação contínua dos Vigilantes da Natureza é primordial para elevar os níveis culturais e conhecimentos técnicos para que se possa dar resposta à complexidade crescente que é a conservação da natureza e da biodiversidade.

 A criação de um estabelecimento de formação para estes profissionais não é uma solução descabida, existindo como alternativa a esta pretensão a utilização das Universidades para leccionar os cursos de formação.

Os Vigilantes da Natureza são pessoal de terreno, mas, não tem como missão exclusivamente a protecção da Natureza e da Biodiversidade, orientando o seu desempenho também para servir as comunidades locais e a sociedade em geral.

Os Vigilantes da Natureza são sem qualquer tipo de dúvida um pilar fundamental não só para a Conservação da Natureza, mas também para o desenvolvimento sustentável das regiões, principalmente no âmbito ecológico, económico e social, com o seu contributo rompeu-se com o anterior paradigma de gestão das áreas protegidas onde se defendia a ideia de isolamento dos locais a proteger e de interdição às actividades humanas. Com a sua acção e cooperação com as populações, estas sentem-se mais próximas do património natural e cultural, sendo cada vez mais evidente o seu papel como agentes educadores da sociedade.

Diversas acções no Gerês e Amarela

Diversas acções de limpeza e sensibilização ambiental terão lugar nos dias 24 e 25 de Março na Serra do Gerês e na Serra Amarela.

No dia 24 a Associação Vezeira de Fafião vai promover uma plantação na Serra do Gerês. Para mais informações podem visitar o sítio da Associação Vezeira de Fafião e a inscrição pode ainda ser feita aqui. No mesmo dia o Movimento Terra Queimada juntamente com a AMO Portugal, a Viver Gerês e a Câmara Municipal de Terras de Bouro, promove uma sementeira da Serra Amarela com o intuito de se proceder à sua reflorestação.

Utilizando as bolas Nendo Dango, esta acção pretende que no futuro a Serra Amarela retome o seu aspecto arborizado que foi perdido devido aos terríveis incêndios de Agosto de 2010. Esta acção repete-se a 25 de Março.

As pessoas que desejem participar nesta acção deverão contactar a organização através dos seguintes contactos teresamare@yahoo.com ou bernardo. markowsky@gmail.com ou através dos números 934 386 588 ou 932 001 824.

De recordar também que a 24 e 25 de Março decorre a iniciativa Limpar Portugal com algumas acções a decorrer no Parque Nacional da Peneda-Gerês. Mais informações aqui.

Manifestação / Caminhada contra a taxação de visitas às áreas protegidas

O ICNB, IP tem mantido a taxação dos pedidos para a realização de actividades de visitação em áreas protegidas. Esta taxação, além de injusta, impede que muitos portugueses possam tirar partido do salutar contacto com a Natureza. Ao taxar um serviço administrativo em mais de 150,00, os serviços do ICNB, IP criam uma barreira ao usufruto das nossas áreas protegidas.

Esta taxação vem assim limitar o nosso direito como cidadãos ao usufruto de um bem comum que é a prática saudável de desportos de montanha ou de simples caminhadas familiares pelas nossas áreas protegidas, impondo valores a cobrar não compatíveis com os níveis de vida da maior parte dos cidadãos.

Apesar de anteriores apelos por parte da sociedade civil nada foi feito para resolver este problema. Assim, esta manifestação tem como objectivo alertar para a presente situação injusta e alertar o Governo para a resolução deste problema.

Esta manifestação terá lugar nas Caldas do Gerês no dia 25 de Abril pelas 10h00. Mais informações relativas ao local de concentração e ao percurso da caminhada que se seguirá serão divulgadas oportunamente.

Sendo uma problemática que nos afecta a todos, e mesmo àqueles que não praticam desportos de montanha, esta manifestação está aberta à participação da sociedade civil.

Geresão n.º 235 - 20 de Março de 2012

Está nas bancas a mais recente edição do Jornal Geresão.

Fotografia © Geresão

Corço no Parque Nacional da Peneda-Gerês

Breves momentos que valem por um dia na montanha.

Vídeo © Rui C. Barbosa

Trilhos Seculares - Entre a Albergaria, a Messe e as Cubatas

Confesso, a minha ideia era a de passar pelos Carris... Ia sair da Portela do Homem e usar um portal quântico para chegar aos Carris, daqui iria passar pelas Lamas de Homem e chegar à Messe utilizando os velhos trilhos serranos. Pouco passava das 8h00 e lá estava eu na ponte sobre o Rio Homem a olhar para o vale. Naquele momento, decidi que não era dia de ir aos Carris e optei por «explorar» velhos trilhos já conhecidos. Ainda bem que assim foi, pois a recompensa da decisão iria surgir uns minutos mais tarde.

Serra acima ia caminhando lentamente com todos os sentidos em alerta máximo; as marcas dos javalis era o aviso suficiente que a bicheza já ali havia passado antes de mim... mas não muito antes, pois a terra remexida e seca mostrava que a humidade da noite não alterara aquele cenário. Havia que estar alerta. É nestes momentos em que toda a sensibilidade nos permite tirar o máximo do contacto com aquele lugar mágico e isso basta para ganharmos o dia. O velho caminho ia subindo por entre árvores retorcidas e arbustos. Pés firmes no chão arenoso segurava cada passo que dava. Foi assim que de repente saltando por entre a vegetação um corso deu sinal de si. Dono daquelas paragens por várias vezes me avisou com o seu forte som de que ele estava ali. Foram apenar dois minutos, mas que valeram para um dia, uma semana da caminhada.

Em pouco tempo caminhava pelos campos verdejantes em altitude já com as vistas cheias de belas paisagens, mas ansiando a cada passo que dava por ver muito mais.  Usando um «novo» trilho chegava á Messe, local previamente combinado com o Maior de Barcelinhos. Daqui, sairíamos para o Conho e depois Lomba de Pau, Vidoal e Cubatas, a partir do qual desceríamos para Leonte.

E foi assim o meu primeiro dia de Primavera na Serra do Gerês... regressado à Portela do Homem, tornei-me depois num contrabandista....

Algumas imagens do dia...

Fotografias © Rui C. Barbosa