Carris, 14 de Agosto de 1994
Recordando velhos albuns de fotografias, deparei-me com algumas imagens de uma épica caminhada que fiz juntamente com mais duas pessoas a 14 de Agosto de 1994, sendo uma delas o meu primo Ricardo que na altura tinha 12 anos! Lembro-me de ser um dia de muito calor e de termos percorrido uma grande parte da Serra do Gerês numa verdadeira caminhada de loucos.
Começamos a caminhada nas Caldas do Gerês e seguimos pela estrada em direcção à Pedra Bela, então ainda em terra batida. Tomamos um trilho junto da Fonte do Azeral que nos levou até uma estrada florestal onde percorremos algumas centenas de metros até tomarmos outro trilho até chegarmos ao Vale de Teixeira. Descemos ao vale e seguimos as margens do Rio Camalhão até atingirmos o topo Norte e passando ao largo da Freza. Flectindo para a direita, seguimos em direcção à Chã da Fonte passando ao lado do Borrageiro e prosseguindo pela Lomba de Pau até ao Conho, depois Curral da Pedra e Prados da Messe. Seguindo velhos trilhos de montanha e avistando ao fundo as Sombrosas, prosseguimos em direcção às Quinas da Arrocela passamos ao lado da Torrinheira e de Cidadelhe. Chegados à Corga das Mestras flectimos para a esquerda em direcção ao Outeiro do Pássaro (1º e 2º) e depois descemos para a Ponte das Abrótegas seguindo daqui para as Minas dos Carris.
A nossa ideia, imagine-se, era ainda ir dormir ao Parque de Campismo do Vidoeiro. Depois do almoço nos Carris, iniciamos a descida pelo Vale do Alto Homem até à Portela do Homem. Pelo caminho tivemos conhecimento de que alguns aventureiros haviam ficado preso devido a uma pequena derrocada na Abilheirinha. Este acidente havia ocorrida pelas 13h00 (se a memória não me falha) e só foram resgatados por voltas das 4h00 do dia 15 de Agosto.
Chegados à Portela do Homem, e não conseguindo um táxi para nos levar de volta ao Gerês, tivemos de fazer o resto do percurso a pé e à noite... sem lanternas.
Escusado será dizer que nessa noite dormimos... sem sono!
Fotografias: © Rui C. Barbosa