Percurso circular em plena Serra de Montesinho, desenvolvendo-se para Norte da aldeia com o mesmo nome. O início/fim coincide com o seu ponto de menor altitude. Nas maiores altitudes contorna, parcialmente, a margem da albufeira da barragem da Serra Serrada. Todo o percurso se estende por uma paisagem dominada pelo granito, com grandes lajes, afloramentos, penedias ou blocos soltos, surgindo, de vez em quando, uma forma bizarra que parece ter sido talhada pela mão humana.
Em redor da aldeia dominam os lameiros e os soutos, enquanto um pouco mais longe, nas zonas dos vales, predominam as matas caducifólias de carvalho-negral (Quercus pyrenaica). À medida que subimos, as encostas e o planalto passam a ser ocupados por matos de carqueja (Genista tridentata), giesta, urze e charguaço (Halimium lasianthum ssp. alyssoides), pontuados aqui e ali por uma ou outra bétula (Betula pubescens ssp. celtiberica).
Ao longo de todo o traçado, o percurso tem larga vista para sul, onde é limitada pelo perfil superior da Serra da Nogueira. Nos pontos mais elevados a vista estende-se por todos os quadrantes deste recanto que a oeste, norte e este acaba nas cumeadas por onde se estende a linha de fronteira. Embora sejam de difícil observação, por aqui também deixam as suas pegadas a raposa (Vulpes vulpes), o javali (Sus scrofa), o corço (Capreolus capreolus) ou mesmo o lobo (Canis lupus signatus).
Este percurso permite visitar quer a represa e canal romanos do Porto Furado quer o complexo de arte rupestre do Castro Curisco, testemunhos da ocupação remota deste território. Possibilita ainda uma visão panorâmica sobre o vale do rio Sabor.
Texto Natural.pt
Fotografias © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)
Sem comentários:
Enviar um comentário