Saída bem cedo do Arado para aproveitar o ar fresco de uma manhã quase de Outono. Seguindo a estrada florestal, passagem pela Malhadoura e pelo Curral dos Portos a caminho da Tribela. Aqui, seguimos em direcção à Ponte de Servas e subindo em direcção ao Curral de Pinhô, o vislumbre dos colossos que havíamos de visitar de perto dali a uns «instantes».
Continuando pelo caminho florestal que passa quase na base da Roca de Pinhô, entramos num bosque que esconde um carreiro que nos leva já perto de Pousada no traçado do Trilho da Vezeira de Fafião. Pousada ficará à nossa esquerda bem como o Tope Ruim (que já não me passa despercebido), à medida que entramos numa corga que nos vai conduzir a Pradolã. À nossa direita são já bem visíveis os alcantilados escarpados de Bicos Altos que marcam uma paisagem de singular beleza naquelas paragens de Fafião! Continuando entre a vegetação e vencendo lajes de granito, chegamos ao Curral de Pradolã e à sua fonte que ajuda já a diminuir o cansaço antes da subida até ao marco triangulado de marca o alto de Pradolã. Aqui, a paisagem é deslumbrante para o Vale do Rio Conho tendo ao seu fundo os colossos da Roca Negra, Quina do Meio e Roca de Pias, além da Meda de Rocalva e o Iteiro d'Ovos.
Descendo do alto e regressando ao Curral de Pradolá para ver a cabaninha... seguimos o caminho ao lado de Fontela e mais adiante atinge o magnífico Estreito, um verdadeiro espectáculo da Natureza abrindo-se para o Vale do Rio Laço (à nossa direita) - afundando-se para o Curral da Touça - e para a Corga das Cerdeira (à nossa esquerda) - afundando-se para Entre Águas. O caminho continua para o Curral de Vidoeirinho e a Meda de Rocalva surge já no horizonte próximo. Após uma curta paragem em Vidoeirinho para abastecer de água e refrescar a pele (pois a fonte em Rocalva estaria seca), continua-se o percurso passando o Penedo das Cangas e até chegar a uma das paisagens que são por excelência, verdadeiros símbolos da resiliência dos povos serranos e uma das imagens de marca do Parque Nacional da Peneda-Gerês.
Depois do repasto no Curral de Rocalva, era hora de encetar o regresso passando descendo pela crista inicial do Quinão (ou Quina) do Meio e depois pelo Curral do Cando, seguindo pelo magnífico carreiro que percorre a Encosta do Cando e descendo em direcção ao Curral de Coriscada. Finalmente, ladeando o Cabeço de Giesteira e os Cabeços de João Seda, chegava-se de novo à estrada florestal que leva ao ponto de partida.
Fotografias © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)
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