Um dos meus passatempos favoritos é estudar velhos mapas e livros sobre o Gerês. São nestas verdadeiras memórias do passado onde se encontram tesouros há muito escondidos e esquecidos, quer sejam em formato de memórias visuais (fotografias) quer sejam em formato escrito.
É desta forma, juntamente com a memória oral dos anciãos geresianos e de alguns que vão insistindo em perpetuar velhos nomes, que se consegue descobrir velhos topónimos (orónimos) que são o ser e a alma do Gerês antigo e que a modernidade tem tendência a esquecer com a implementação de designações que são um insulto às gentes do Gerês, tais como são os nomes da 'Cascata do Tahiti' ou da 'Cascata Dulce Pontes'.
Recentemente, chamou-me a atenção o orónimo 'Carris de Fontaiscas' (ou 'Carris de Fontriscas'). Ora, antes de mais convém esclarecer o que é um orónimo. Por definição, um «orónimo» é o nome dos acidentes geográficos ligados à terra; montes, serras, etc. (in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, http://www.priberam.pt/dlpo/orónimo [consultado em 06-01-2016]).
O mapa localiza este orónimo entre o Pé de Cabril e a Varziela (Bargiela), curiosamente uma zona que visitei há poucos dias e o mais provável é que tenha mesmo passado por lá. Situado na margem esquerda do Rio Leonte, estará quase em frente dos Carris de Maceira localizados ao lado do Pé de Medela.
Fica uma parte do mapa em cima e um pedido de ajuda para que se possa localizar este local na Serra do Gerês!
Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)
Sem comentários:
Enviar um comentário