As fotografias nesta publicação falam por si. As imagens mostram a forma como o lobo é dizimado na Serra da Peneda utilizando-se carcaças envenenadas. O método não é novo e foi já observado noutros pontos do Parque Nacional da Peneda-Gerês.
A convivência entre o homem e o lobo nunca foi pacífica. Atiçada pelas crenças religiosas que sempre viram o lobo como a personificação do mal ao qual se junta o facto de o animal por vezes atacar junto das aldeias em busca do alimento que os caçadores eliminaram nas suas zonas de alimentação, a acção do homem em pleno século XXI continua a não ser racional.
Com o Estado a prometer ajudas para compensar as perdas, os criadores acabam no fundo por se vingar no elo mais fraco. Esta vingança deveria ser dirigida ao Estado. Em vez disso, e como dá menos trabalho, mais vale colocar carcaças envenenadas nos locais de passagem do lobo e assim eliminar o problema quase de raiz. É aqui que a racionalidade do homem falha, descendo à miserável condição de elemento destruidor sem ter em conta que ao eliminar o lobo, o homem introduz um novo elemento de desequilibro no sistema no qual habita.
Se durante as suas caminhadas pelas serranias nacionais encontrar cenários como este, deverá de imediato denunciá-lo às autoridades através do n.º 808200520 da linha SOS Ambiente do SEPNA/GNR.
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