Trilho Interpretativo de Lamas de Mouro

Lamas de Mouro, 23 de Agosto de 2009

Há já vários anos que tinha conhecimento deste trilho e neste dia decidi finalmente percorrê-lo. Confesso que a expectativa inicial não era muito alta por se tratar de um trilho diferente do que tenho feito nos últimos anos.

Segundo o prospecto informativo obtido na Porta de Lamas de Mouro do Parque Nacional da Peneda-Gerês, este é um trilho de pequena rota de paisagem rural com uma extensão de 4,5 km. Basicamente, e partindo desde a antiga Casa do Guarda Florestal de Lamas de Mouro, o trilho percorre uma zona de pinhal até encontrar as instalações abandonadas do antigo canil do cão Castro Laboreiro. Após cruzar a estrada que liga Lamas de Mouro à Gavieira passando por S. Bento do Cando, o trilho passa por uma pequena ponte de construção medieval (a Ponte do Porto Ribeiro) e cruza a estrada que liga Castro Laboreiro a Melgaço, passando de seguida por um moinho de água. Já nesta fase se nota que a marcação do trilho necessita de um retoque geral. Prosseguindo por uma pequena estrada, vira à esquerda em direcção aos currais e cortes do gado atingindo depois o Lugar de Cima da aldeia de Lamas de Mouro.

Uma das falhas gerais nestes trilhos é a falta de sinalização dos pontos de interesse para o excursionista que não possua um mapa do mesmo. Assim, facilmente se perde a oportunidade de ver o relógio de sol ou mesmo o forno comunitário que passa por um simples casebre de pedra. Depois de passar pela Igreja de S. João Baptista, o trilho cruza novamente a estrada nacional que segue para Castro Laboreiro e depois de uma ligeira subida, atinge-se um mponto do qual se tem uma visão panorâmica de Lamas de Mouro. A partir daqui, o trilho inicia a descida para o vale de Lamas de Mouro e passa por uma silha, atingindo então o vale após se ultrapassar um pequeno riacho e uma cancela de madeira. Esta pequena rota passa ainda na Oficina Temática da Porta de Lamas de Mouro, cujo acesso só é possível por marcação e após pagamento, terminando junto da casa do guarda onde se inícia.

Assim, apesar de apresentar deficiências quanto à marcação do trilho, este é interessante para o conhecimento geral do Parque Nacional e é indicado ao pedestrianista que inicia as suas actividades de montanha.

Ficam algumas fotografias...

Fotografias: © Rui C. Barbosa