Apesar de já ter escrito muito neste blogue acerca da história das Minas dos Carris, ainda existem muitos detalhes que permanecem um pouco obscuros. Estes detalhes, que podem ser verdadeiros ou não, frutos da pura imaginação ou breves rascunhos de factos históricos, tornam a história deste pequeno pedaço da Serra do Gerês um quase romance por descobrir.
Um dos detalhes que permanece por explicar e que me foi transmitido pelo saudodo Carlos Sousa, é a história da participação de uma personagem russa nos últimos anos da vida das MInas dos Carris. Segundo o relato, um russo de apelido 'Sasha', e que teria sido gestor técnico do projecto das minas, ter-lhe-ia contado que a "maquinaria mineira teria sido retirada e roubada por um dos últimos sócios da mina nos anos 70". O estado de muitos dos edifícios industriais parece indicar uma retirada da maquinaria um pouco apressada, não havendo o cuidado em desmontar as máquinas, sendo estas retiradas pelo tecto pura e simplesmente. O Sasha viria aparentemente a ser o sócio maioritário das minas quando a empresa inglesa Mason & Barry Ltd. se desinteressou do projecto, cedendo-lhe as cotas.
Um outro facto histórico de interesse parece ser o facto de que "durante a revolução de Abril", a mina ter servido "como refúgio e rota de fuga de muita gente conectada com a direita do norte" do país.
Fotografia: © José Rodrigues de Sousa / Rui C. Barbosa
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