Carris, 29 de Agosto de 2009
Uma dia que começou agradável para caminhar e que acabou por se tornar um verdadeiro tormento de calor da parte da tarde, levou-nos a visitar o complexo mineiro das Sombras e a fazer uma fugaz visita às Minas dos Carris.
A subida às Sombras fez-se célere e cadenciada já com o Sol alto e a prometer um dia quente. De manhã, os restos do vento forte da noite anterior tornavam o ar agradável. As paisagens do vale do Rio da Amoreira foram-se sucedendo desde a Ponte da Porta de Paredes. Tal como acontece nas Minas dos Carris, as Minas das Sombras sofrem do mesmo destino de abandono e vandalismo e a cada visita tornam-se evidentes as sucessivas passagens de pessoas que tornam o complexo um local de cada vez maior ruína.
Há já algum tempo que tinha a intenção de explorar as escombreiras das Sombras e juntamente com o interesse do Zé Moreira em visitar uma pequena construção empinada no topo destas, surgiu então a oportunidade. Percorrendo as escombreiras tem-se a verdadeira magnitude dos trabalhos levados a cabo a céu aberto nas Minas das Sombras. Apesar de consolidadas, as escombreiras ainda apresentam um bom desafio devido à sua inclinação acentuada em alguns locais. Após ultrapassarmos as escombreiras e de vencermos o mato alto que foi crescendo ao longo de anos e anos, conseguimos atingir as ruínas que se localizam a poucos metros do fim da exploração mineira. Pelo aspecto do edifício este parece ter sido utilizado com paiol ou como local de encarceramento.
Enquanto explorávamos a zona tentando descobrir a direcção de um trilho de pé posto que entretanto descobríramos a poucos metros, observamos a chegada de um grupo de caminheiros que vencendo o calor se aproximava lentamente das Sombras. Entretanto, não muito longe das ruínas que acabáramos de visitar, foi possível observar uma imponente parede de granito que dá ao local um aspecto majestoso e único devido à configuração das fracturas que com o passar do tempo se foram abrindo nas rochas dando a impressão em alguns locais de uma formação artificial.
Aproveitamos então o «recém-descoberto» trilho para descermos e regressarmos para junto dos edifícios das Sombras onde se encontrava o nosso material. Chegados aos edifícios, e depois de nos cruzarmos com um caminheiro solitário, decidimos prosseguir até às Minas dos Carris passando pela Amoreira.
A visita ao complexo mineiro de Carris foi rápida com uma passagem pelo Penedo da Saudade para termos uma outra perspectiva da caminhada dos Trilhos Seculares que havíamos feito no dia 27 de Agosto.
O regresso seria feito pelo Vale do Alto Homem passando pela área industrial dos Carris, prosseguindo pelo Salto do Lobo e fundo da Corga da Carvoeirinha até chegar ao estradão dos Carris.
Na Portela do Homem o circo do costume no Verão... e cada vez mais lixo.
Ficam algumas fotografias...
Fotografias: © Rui C. Barbosa
1 comentário:
Se soubesse que eras tu....
Estava mt calor, mas valeu pelo "baño" no rio Caldo.
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