Este não foi um dia com cheiro a Primavera, mas mais a fragrância de Verão onde o calor se fez sentir na subida para a Picota em contraste com o dia anterior por outras paragens da Serra do Gerês.
A caminhada não foi muito longa, mas rica em paisagens deslumbrantes sobre o Vale do Rio Homem quando este esbarra na parede de betão que o vai aprisionando. Saindo do Campo do Gerês e tomando o caminho da Portela, segue-se inicialmente por um carreiro largo que vai estreitando à medida que o pinhal vai desaparecendo, abrindo-se o lado para a imensidão da albufeira da barragem. Ladeando a encosta já num estrito carreiro de montanha, o percurso vai-nos levar ao bordo do Vale Tejo. Porém, o interesse é ir ganhando altitude sobre o abismo para, à medida que vamos percorrendo o limite entre Campo do Gerês e Carvalheira, nos aproximarmos dos altos da Picota.
O caminho está mariolado, mas por entre o contraste da paisagem e as vicissitudes do granito, as mariolas podem ir-se escondendo entre as sombras. Sempre a subir chega-se então ao marco geodésico que encima a Picota, elevação nas proximidades do Campo do Gerês. A paisagem abrange a albufeira da Barragem de Vilarinho das Furnas e a magnífica encosta Sul da Serra Amarela, além de parte da Serra do Gerês.
A descida faz-se na direcção da aldeia de Campo do Gerês seguindo a marcação por mariolas ou por carreiro bem definido. Após chegar aos limites da aldeia, segue-se por caminhos que a circundam até chegar à Ponte de Eixões, seguindo depois o traçado da desactivada Grande Rota das Casarotas, passando ao lado do alto da Carvalheira (onde está implantada uma antena de comunicações móveis) e seguindo depois pela Costa do Cruzeiro em direcção a Covide.
Ficam algumas imagens do dia...
Fotografias © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)
Sem comentários:
Enviar um comentário