terça-feira, 6 de abril de 2021

307... Longa jornada às Minas dos Carris

 


O dia foi aproveitado para passar por locais onde já não ia há algum tempo e chegar às Minas dos Carris subindo a Corga de Lamalonga.

A parte inicial do percurso foi percorrer o Vale do Alto do Homem até à Chã das Abrótegas e daqui tomar o carreiro para as Lamas de Homem. Seguindo este percurso, é quase inevitável a passagem pelos Currais de Lamas de Homem (Currais do Roquinha e Curral do Freiria), seguindo depois para o Quelhão que me levou a bordejar a Corga de Maceira e os Cocões do Coucelinho, seguindo depois para o Curral do Adega (este sendo um dos muitos currais existentes em Lagoa e Couço).



O objectivo era atingir a zona Sul de Lamalonga e como tal, segui então para o Curral das Cadeiras ladeando o Coucelinho (Couçolinho?). Depois de passar o Curral (ou currais?) das Cadeiras, o carreiro leva-nos a passar pela parte final do Barroco de Trás da Pala e após uma pequena subida, entramos nos domínios da desolação da Lamalonga. É aqui onde os efeitos da mineração nos Carris se tornam mais impactantes, pois o que ao longe parece um imenso areal é, na verdade, a gigante escombreira resultante da mineração. Felizmente, a sua evolução ao longo do vale parou há já muitos anos, mas passarão ainda muitos mais para que a paisagem possa tomar um aspecto mais semelhante ao que era anteriormente.

Caminhar na Lamalonga, principalmente nos infernais dias de Verão, é um acto de sacrifício masoquista, pois parece que caminhamos num forno nos dias onde a brisa se esquece de visitar estas paragens. Felizmente, nestes dias de Primavera, o ar fresco que se mantém na montanha ajuda-nos a suportar o calor que por vezes já ali se vai acumulando.



O percurso ao longo da Lamalonga levou-me a iniciar a subida através da corga de mesmo nome em direcção às ruínas da Lavaria Nova. Pelo caminho, um vislumbre das paredes alcantiladas do Salto do Lobo e nem sinal das cabras-selvagens que apareceriam mais tarde. Superada a subida e reabastecido de água na Fonte do Davide, era chegada a hora do descanso e do repasto à sombra do Penedo da Saudade. O regresso fez-se descendo a antiga estrada mineira pelo Vale do Alto Homem.











































Fotografias © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

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