sábado, 17 de abril de 2021

Percorrer a GR50 entre Xertelo e Outeiro

 


Há uns dias atrás percorri parte deste percurso da GR50 entre Xertelo e Paradela, cujo relato está em Pela GR50 entre Xertelo e Paradela, reconhecendo o percurso para a caminhada deste dia que se prolongou até Outeiro.

Após passar Paradela entramos numa paisagem muito distinta daquela na qual caminhamos até ali. Os bosques de carvalho e os campos agrícolas serão o cenário desta jornada da Grande Rota da Peneda-Gerês.

De Paradela a GR50 segue para Loivos por caminhos que nos levam através de mosaicos de lameiros e de campos agrícolas, com uma fantástica paisagem que se abre na envolvente. Em Loivos, os pormenores da ruralidade prendem a nossa atenção são o principal chamariz dos nossos sentidos por entre o silêncio do lugar.

O percurso vai-nos levar de seguida até Fiães do Rio, caminhando sempre por caminhos agrícolas que atravessam a extensa área de campos e lameiros, cruzando também alguns bosquetes de carvalho. De novo, em Fiães do Rio, vai-se repetir a mesma riqueza cultural e a diversidade paisagística proporcionada pela mancha autóctone de carvalhal, lameiros e mosaicos agrícolas. Deixando a aldeia para trás, vamos entrar numa paisagem medievalesca a lembrar cenários de fantasia à medida que descemos para pelos vestígios de uma velha calçada que nos conduz à ponte de madeira que atravessa o rio Cávado.

Passando o rio, iniciamos a subida para Paredes do Rio através de uma encosta preenchida por carvalhais e lameiros. Infelizmente, a GR50 não entra no interior da aldeia. Porém, é recomendável um pequeno desvio para conhecer uma das aldeias mais tradicionais do Parque Nacional, onde se poderá visitar o conjunto de moinhos de água, as antigas estruturas de regadio e o pisão.

Aproximando-nos do fim da jornada de mais de 20 km, segue-se então para Outeiro, atravessando áreas de lameiros em mosaico com carvalhais, e seguindo por troços de caminhos florestais e da estrada até chegarmos junto da Igreja Matriz de Outeiro.

Outeiro é outro bom exemplo do dinamismo com que as aldeias do nosso Parque Nacional devem empreender. Não deixando cair a identidade própria de Outeiro nas suas vicissitudes que a caracterizam, as tentativas de fazer reviver tradições são acções importantes na sua sobrevivência que é também dinamizada pelo impulso turístico sustentável que a tem marcado nos tempos mais recentes.

Algumas fotografias do dia...






























Fotografias © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

Sem comentários: