Um interessante texto do Júlio Marques publicado na comunidade O Gerês e que merece uma leitura atenta.
Parece que, amanhã as nossas queridas serras do Parque Nacional vestirão o seu mais que aguardado manto branco. A previsão de queda de neve é para o dia todo nas suas cotas mais elevadas. Deixamos aqui uma palavra para que, usufruam em segurança deste evento, não correndo riscos desnecessários, façam apenas trilhos que conheçam, bom agasalho e um excelente plano B para abortarem e saírem em segurança da serra.
Hoje o assunto que cá nos traz não é apenas o manto branco, escolhemos o título 𝘿𝙞𝙫𝙚𝙧𝙜𝙚𝙣𝙩𝙚, porque gostaríamos de abordar um tema que é, e tem estado nas hostilidades de algumas pessoas que habitam o Parque Nacional. Tal como o nome indica, o nosso Parque é Nacional e um compósito de um país edificado pelo nosso querido Afonso com muito orgulho, desenhado para todos os Portugueses, e não apenas para alguns. Não queremos com isto dizer que todos os Portugueses mereçam o Parque, porque como sabemos também nem todos os portugueses merecem as nossas fantásticas zonas costeiras compostas por praias formidáveis. O que queremos aqui fincar é que, algumas pessoas entendam com isto que devam respeitar os habitantes de todas as terras e não evocarem um feudalismo arcaico e pré-medieval.
Da mesma forma que nas periferias se aceitam, nos grandes núcleos urbanos, as pessoas que provêm de qualquer região, assim o deve acontecer quando o oposto acontece. Achamos que o respeito por aqueles que se dedicam ao interior do país vindo de metrópoles ou de outras aldeias, ou vilas do país seja mantido, porque afinal de contas somos todos portugueses. Quanto a algumas comunidades ligadas ao Parque Nacional com bastantes seguidores serem compostas por pessoas "𝙙𝙚 𝙛𝙤𝙧𝙖" como em alguns sítios se caracterizam e apenas, felizmente, por algumas pessoas, há talvez uma razão, porque "não" se conhecem as palavras "𝙙𝙚 𝙛𝙤𝙧𝙖" neste nosso país civilizado. Não é por darem relevo e terem a paixão e em muitos casos o amor pelo Parque Nacional que este deva ser considerado à parte do nosso país.
Dito isto, há também algo que seja de realce nesta atual polémica criada por apenas duas ou três pessoas, que é, se estas comunidades são compostas por pessoas que são "𝙙𝙚 𝙛𝙤𝙧𝙖" ou por pessoas que vieram para espaços do interior provenientes das metrópoles, é porque acharam que poderiam ser úteis nesse interior, da mesma forma que milhares se movam para as metrópoles para serem úteis nos meios urbanos.
Num país e numa Europa sem fronteiras, o feudalismo é uma coisa feia, é um refúgio de espírito muito pobre. Esta comunidade, foi criada por amor ao Parque Nacional, debate assuntos do interesse do Parque Nacional, conhece o Parque Nacional e a realidade das aldeias do Parque Nacional. Se por egoísmo, egocentrismo ou inveja incomoda algumas pessoas, lamentamos, mas o problema não é nosso. Não indicaremos a direção desta nossa publicação, porque não daremos cenário a quem continua a não o merecer.
Para finalizar, somos Portugueses, todos, e defenderemos sempre a cor da nossa bandeira e de todas as nossas terras, como uma só. A identidade de cada povo deve ser respeitada, tal como as suas tradições, e esse composto dessa diferença de norte a sul fazem desta nossa nação um orgulho. Uma Nação, uma voz.
Fotografia © Júlio Marques (Todos os direitos reservados)
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