Com a subida das águas da Barragem de Paradela, a Malha torna-se num cabo que nos permite «entrar» na albufeira da barragem. Neste dia, tal não é o caso, pois com a descida do nível das águas da barragem, a paisagem que se depara é muito diferente e o que vemos parece saído de outro planeta.
O tempo seco e a necessidade de água para a produção hidroeléctrica, levou novamente à descida do nível das águas na Paradela deixando a descoberto velhas construções, antigos campos de cultivo e currais que se perderam já nos anos 50 do século passado.
Esta foi das primeiras a ser construída na bacia do Rio Cávado, "...tendo entrado em funcionamento em 1956, alterando fortemente a paisagem, influenciando um microclima local. Tem particularidades relativamente a outras barragens do Cávado, sendo uma barragem de enrocamento, com paredão feito de rochas acumuladas, a granel. Dentro desta tipologia é considerada a maior obra de engenharia da Europa."
Esta pequena caminhada iniciou-se na Casa Albelo do Gerês, em Outeiro, e seguiu inicialmente pelo traçado da Grande Rota da Peneda-Gerês. Saindo da aldeia e descendo por um caminho empedrado, vamos ter a um cruzamento junto do Rio Meão onde podemos apreciar o Moinho do Canto. Aqui, tomamos a ponte à nossa esquerda e vamos seguindo pelo caminho florestal, apreciando a paisagem sobre a Serra do Gerês.
Após rodear a Malha, tomamos um caminho diferente no regresso que nos permitiu ver os restos da velha Ponte do Refejão que está usualmente submersa.
Fotografias © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)
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