Testemunhos de há 2.000 anos e da passagem das legiões romanas, os marcos miliários permanecem como vigilantes silenciosos no nosso presente.
Texto retirado daqui...
Na milha XXXII, situada na Volta do Covo, freguesia de S. João de Campo, a uma altitude de 640 metros, conservam-se 23 miliários, dos quais 16 são anepígrafes. A bibliografia refere 7 miliários com epígrafes. Um de Adriano (117-138), datável do ano 135; dois de Maximino e Máximo (235-238), datáveis do ano 238; um de Décio (250); um de Caro (282-283); um de Magnêncio (350-353) e outro de Decêncio (351-353)
Não é possível afirmar que os miliários se encontrem in situ, já que teriam sido agrupados, provavelmente, quando se abriu a estrada florestal, tanto mais que parte deles estão junto a uma estrutura muito tardia, já referida por Mattos Ferreira.
No trajecto entre as milhas XXXII e XXXIII conservam-se vestígios de duas pontes romanas, que permitiam transpor as ribeiras da Maceira e do Forno.
Da Volta do Covo à zona de confluência das duas ribeiras mantém-se a estrada florestal. No local onde se juntam as ribeiras observa-se cerâmica romana de construção o que nos leva admitir que neste local terá funcionado uma mutatio, tal como na Bouça da Mó.
O troço entre a Ponte sobre a Ribeira do Forno e a milha XXXIII está relativamente bem conservado observando-se algumas calçadas e rodados marcados na rocha.
Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)
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