sexta-feira, 2 de fevereiro de 2007

A Floresta.

Carris, 27 de Janeiro de 2007

Em Carris não há árvores, elas ficaram lá para trás como que a dizerem "Ali não vamos, não é o nosso lugar..."
Em Carris não há árvores, é o domínio das rochas e dos arbustos.
Em Carris não há árvores, é por causa da altitude dizem os entendidos... talvez seja...
Em Carris não há árvores, pelo menos é o que parece... eu vi algumas a crescer, escondidas pelas paredes em ruínas das casas... mas escondidas elas crescem...
Em Carris não há árvores, só em torno de Carris... lá ao fundo no vale... aqui não, não há árvores...
Em Carris não ouvimos o som do vento nas folhas das árvores, porque em Carris não há árvores!
Em Carris há árvores mortas, madeira velha, madeira podre... emparedada nas casas em ruínas que escondem pequenas árvores que nascem escondidas por entre as velhas paredes.
Em Carris não há árvores, é o domínio das rochas e dos arbustos... da sede e do calor... do cansaço e do frio...

Fotografia © Rui C. Barbosa

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