domingo, 25 de fevereiro de 2007

Carris, a História (VII)


Carris, 30 de Abril de 2006

A zona de Lamas de Homem permite o descanso das pernas antes da subida final, verdadeiro calvário para quem já está cansado da subida. Ao percorrer o início da subida um pormenor passa despercebido à quase totalidade das pessoas. Logo no início do declive a antiga estrada dividia-se em duas com uma a seguir a direcção do Salto do Lobo. No terreno é difícil vislumbrar sinais desta parte da estrada e só andando alguns metros no caminho principal que segue em direcção a Carris e depois olhando para trás é que se vê a antiga estrada já coberta de vegetação. Esta estrada provavelmente levaria a explorações a céu aberto existentes ali próximo. Nesta área não existem construções ou edifícios, exceptuando uma ou outra pequena construção de pastores. Esta zona provavelmente teria o apoio de edifícios de madeira dos quais não existem quaisquer sinais. Por esta zona deveria passar uma conduta de água que teria a sua origem numa pequena represa próximo da Ponte das Abrótegas e que apoiada em pilares feitos com aglomerados de pedra atravessava o pequeno planalto para lá das Lamas de Homem. Mais pilares são visíveis no extremo deste planalto, que serve de pastagem de altitude ao gado que nos meses de Verão passeia pela serra, já próximo do caminho antes de este flectir para a esquerda para iniciar a subida final. Seguindo o prolongamento deste caminho secundário e depois entrando em trilhos de pé posto, chega-se ás Minas de Carris pela sua zona inferior junto do edifício de lavagem do minério no extremo topo do vale da Corga de Lamalonga.

Mas voltemos à estrada principal e iniciemos a subida final para Carris. A parte final da estrada vence um declive de 70 metros e sem dúvida que é para muitos a parte mais complicada de todo o trajecto. No entanto o final do árduo caminho é sempre uma motivação forte para vencer estes últimos metros.

Nos últimos metros o declive torna-se menos intenso com a estrada a tornar-se quase plana mesmo a chegar ao muro que delimitava a entrada no complexo mineiro de Carris.

Fotografia © Miguel Grilo

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