quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007

Carris, a História (IV)


Carris, 19 de Setembro de 2004

Na Água da Pala iniciava-se um trilho de pé posto que não estando assinalado da edição mais recente da Carta Topográfica (CT) n.º 31 (escala 1/25 000) publicada pelo Instituto Geográfico do Exército (IGE) e baseada em trabalhos de campo levados a cabo em 1996, mas surge numa edição mais antiga da mesma CT n.º 31 (escala 1/25 000) e baseada em trabalhos de campo levados a cabo em 1949. Este trilho atravessava o Rio Homem e subia ao longo do rio no sopé da Encosta do Sol até atingir o topo do Cabeço do Madorno algumas centenas de metros após atravessar novamente o Homem sensivelmente à cota de 1050 metros de altitude. Quem observa a Encosta do Sol a partir da Água da Pala, terá a sensação de ainda poder vislumbrar o traçado deste pequeno trilho que sem dúvida nos proporcionaria uma visão distinta do vale. Porém, e após várias tentativas de observar no terreno a sua progressão, cheguei à conclusão de que este trilho já desapareceu e será extremamente difícil tentar seguir o seu antigo percurso, senão mesmo impossível.

Após passar a Água da Pala, o trilho para Carris entra numa zona mais plana. Até aqui, e olhando para a nossa direita, temos a oportunidade de observar os picos escarpados que delimitam os Prados Coveiros (segundo a CT-31 de 1949) ou Prados Caveiros (segundo a CT-31 de 1996). Esta fase mais plana do trilho segue pela Ponte do Cagarouço sobre a Ribeira do Cagarouço, um pequeno afluente do Rio Homem. É nesta fase que o caminho se volta a inclinar ligeiramente e ouvimos o rugido do jovem rio a poucos metros de distância. Por entre a vegetação é por vezes fácil ter um olhar sobre lagoas que no Verão são sempre uma forma de retemperar forças.

Fotografia © Rui C. Barbosa

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