As previsões apontavam para o regresso da chuva e no fim da caminhada ela lá se fez notar, ao princípio tímida disfarçada de um orvalho insistente e depois mais intensa, o suficiente para ir molhando a paisagem.
Assim, aproveitou-se parte da manhã para fazer uma incursão aos Prados da Messe, se bem que na realidade os planos iniciais previam um despertar mais cedo e uma incisão mais profunda na serra Geresiana até Borrageiros. Não faltarão dias... Optou-se, pois por algo mais contido e saindo da Portela de Leonte fui percorrendo a estrada que desce para a Mata de Albergaria. Esses momentos de paz e tranquilidade ficarão sempre registados e serão lembrados quando as hordas chegarem daqui a alguns dias.
Chegando a Albergaria segui pela Costa de Sabrosa ao som do Ribeiro do Forno até ao caos granítico que se apresenta antes de chegarmos perto da Lameira das Ruivas, volteando depois para a Lomba de Burro e descendo então para os Prados da Messe. Por esta altura já as garras serranas rasgavam os lençóis de nevoeiro que iam cobrindo os píncaros mais altos naquela zona da serra.
Uma paragem na Messe para retemperar forças e segui rumando a Porto de Vacas e depois Prado do Conho. O orvalho ia-se tornando mais espesso e o nevoeiro já cobria o prado na sua totalidade. O Cabeço do Conho surgia já como uma visão fantasmagórica na paisagem e o caminho ia-se abrindo à medida que se ia progredindo para o alto. O Curral de Lomba de Pau estava já escondido e o mesmo acontecia com a Chã das Gralheiras e Torrinheiras.
Chegando à Fonte da Borrageirinha inicia-se a descida para a Chã da Fonte e depois para a Preza, seguindo então para o Vidoal e encetando a descida final para Leonte.
Fotografias © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)
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