Nas suas encostas escondem-se locais onde o homem se abrigou nas noites frias (tal como o Palão do Concelho ou o abrigo do Modorno) e por onde passou a caminho dos altos serranos quer para guardar as vezeiras ancestrais, quer para transportar a madeira para as minas que entre 1941 e 1943 iriam começar a esventrar a terra. Algures perdido pelo vale ainda se encontra o antigo cabo do telégrafo, pois só interessou recolher os postes de madeira e como o está escondido da vista está escondido do coração, o cabo acabou por lá ficar.
Os velhos caminhos desapareceram e como neste nosso país não se guardam as memórias do que fomos (apenas aquelas elitistas...), nada resta além de velhas fotografias que são verdadeiras janelas para o passado e que nos permitem ter uma ideia de como as coisas eram nos tempos idos.
Muito mais do que saber os nomes dos vales, currais e corgas, caminhar no Gerês para mim é isto, viver a descoberta e preservar as memórias de outros tempos a cada passo que vou dando...
Algumas fotografias...
Fotografias © Rui C. Barbosa
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