Data de 1735 as primeiras edificações levantadas por ordem de D. João V e que eram apenas utilizadas durante a época termal que na altura era definida do S. João ao S. Miguel.
Estas, eram modestas construções que eram utilizadas para o culto, para banhos e para abrigo de "pouco commodo agasalho". Terminada a «época termal», tudo dali desaparecia, e o lugar ficava abandonado, com os seus edifícios e campos vazios, testemunhando apenas a passagem de um "raro pastor ou contrabandista".
No seu livro "Gerez - Notas Etnográficas, Arqueológicas e Históricas" (Coimbra, 1927), Tude Martins de Sousa refere, "ainda em 1797-1799, Link afirmava que se enganaria quem imaginasse encontrar habitantes nas Caldas, ou pessoas que o servissem, porquanto as casas, quási nuas de mobiliário e desprovidas de conforto, eram alugadas pura e simplesmente a cada inquilino que se arranjasse como pudesse."
No livro "Notícia Topográfica e Física do Gerez", Rebelo de Carvalho refere que nas suas estadas de 1828 e 1835 nas Caldas do Gerês, não ter encontrado outra população que não fosse a dos frequentadores das águas termais.
Em 1860, Pinhio Leal nota que ainda não havia população permanente nas Caldas do Gerês, mas em 1891, Ricardo Jorge - no seu "Caldas do Gerez - Guia Thermal" - refere que havia 40 anos que a povoação era habitada somente na época termal, mas, àquela data já tinha 240 habitantes permanentes.
Assim, os primeiros habitantes ter-se-ão fixado de forma definitiva nas Caldas do Gerês entre 1864 e 1869. Estes foram os verdadeiros fundadores das Caldas do Gerês, nomeadamente, Francisco José da Silva (o Botequim), João da Silva Casa Velha e António Alves Rigor, com as respectivas esposas. Cerca de cinco anos mais tarde chegariam, José Gonçalves Egrejas, António José da Silva Botequim e Fructuoso José Alves.
A fotografia em cima mostra Francisco José da Silva e a sua esposa, Rosa Maria Martins, considerados os primeiros habitantes permanentes das Caldas do Gerês.
Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)
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