Em Fevereiro de 1943, os dois grupos que se encontravam em contencioso devido à exploração de volfrâmio na zona dos Carris, cediam os respectivos registos mineiros à Sociedade Mineira dos Castelos, Lda., gerida por Hans Carl Walter Thobe.
Até então, a exploração mineira naquela zona havia sido deficitária devido ao facto de ambos os grupos possuírem concessões mineiras em torno na concessão principal, impedindo a exploração efectiva do filão principal e do potencial da mina.
O papel de Walter Thobe seria fulcral no desenvolvimento das concessões nos Carris, “participando na criação das condições para o desenvolvimento e exploração da Mina dos Carris, tais como a difícil abertura e reacondicionamento do estradão de acesso, desde a Portela do Homem, até ao centro nuclear da mina, a concessão do Salto do Lobo, a construção dos edifícios sociais e industriais, e a instalação e posta em marcha dos equipamentos para as operações de extracção e tratamento de minério.”
Nos meses iniciais da exploração mineira, aqueles que demandavam o volfrâmio nos Carris abrigavam-se em abrigos toscos semelhantes a abrigos pastoris. De facto, são dezenas destes abrigos que ainda se podem encontrar um pouco espalhados em torno do núcleo principal da mina, desde o Salto do Lobo até Carris de Baixo e a parte superior da Corga de Lamalonga.
Com a chegada da Sociedade Mineira dos Castelos, Lda., vai-se dar a melhoria substancial das condições de trabalho e permanência naquele local inóspito. No entanto, os dias iniciais seriam passados em tendas de campanha como atesta a fotografia em cima.
Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)
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