terça-feira, 11 de março de 2008

A queda das Minas dos Carris

Carris, 23 de Julho de 1957

O apogeu das Minas dos Carris atinge-se nos primeiros anos da década de 50. Porém, a 27 de Julho de 1953 termina a Guerra da Coreia e os preço do volfrâmio no mercado internacional cai a pique. Juntamente com um controlo imposto pelo governo nacional, a indústria do volfrâmio portuguesa vê surgir no horizonte o final dos tempos áureos.

Algumas explorações começam a fechar e a 23 de Julho de 1957 a Sociedade das Minas do Gerês pede autorização para suspender a lavra no decurso desse ano devido às baixas cotações do mercado e ao desinteresse dos compradores. Os tempos que se seguem não são animadores e a 8 de Janeiro de 1958 o Director Técnico Eurico Lopes da Silva desiste do cargo no qual era responsável pelas concessões do Salto do Lobo, Lamalonga n.º 1, Corga das Negras n.º 1 e Castanheiro. No mês seguinte é aprovado um novo Director Técnico (Luís Aníbal Teixeira Sá Fernandes).

No entanto o destino das Minas dos carris estava traçado. A 23 de Abril de 1959 o Fundo de Fomento Nacional empresta à Sociedade das Minas do Gerês uma quantia necessária para manter a mina a operar, porém no dia anterior a empresa britânica Mason and Barry, Ltd. (uma das sócias da sociedade mineira) é considerada falida.

No início dos anos 70 as Minas dos Carris têm o seu último suspiro numa história cujo fim foi acelerado com o advento do surgimento de uma consciência ambiental em Portugal.

Fotografia: © Rui C. Barbosa

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