A abordagem a esta questão não é simples: ou posso fazer uma abordagem insultuosa ou posso fazer uma abordagem mais suave, mostrando o que a caça furtiva destes animais está a fazer ao Parque Nacional da Peneda-Gerês.
As imagens mostram uma carcaça de uma cabra selvagem abatida com dois tiros e à qual cortaram a pele à lâmina. Do belo animal, levaram um pernil dianteiro e o lombo completo. A cabeça foi cortada pela espinha e deixaram o escalpe. Nenhuma parte do animal estava comida por animais, nada. A situação ocorreu entre a Fraga de Bruzaleite e as Gralheiras, Pitões das Júnias, possivelmente a 20 de Janeiro.
Foi uma caçada ilegal feita por alguém que sabe das fragilidades que o Parque Nacional da Peneda-Gerês enfrenta. Sabe também que o Estado sempre descuidou a sua joia da coroa na protecção de quem lá vive - homens e animais - e sabe que o elo mais fraco de todo o sistema são os animais que não têm como fugir destes algozes. Esta é a segunda ocorrência na mesma zona no espaço de dois meses; no primeiro caso registado em Dezembro, chegou-se à identificação do autor da matança.
Todos somos agentes de vigilantes da Natureza e devemos denunciar estas situações às autoridades.
E não! Não será a legalização desta matança que irá resolver o problema! Quem o fez, fez-lo com o intuito de violar a lei satisfazer o seu desvio psicopata de massacrar um animal tão belo que teve mais dignidade em vida do que quem comete um acto cobarde como este.
No caso em questão, as autoridades já estão a investigar o ocorrido e, tal como aconteceu, no caso dos lobos abatidos a situação foi relatada ao SEPNA, ICNF e Polícia Judiciária.
Fotografias © Autor devidamente identificado (Todos os direitos reservados)
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