quarta-feira, 31 de março de 2021

O abrigo na solidão da corga

 


A Serra do Gerês surpreende-nos por muitas vezes que vemos a mesma coisa e por vezes o que vemos mais que uma vez, surpreende-nos ainda mais.

Os restos do abrigo que se vê na imagem em cima encontram-se numa pequena corga perdida por entre a vicissitude das reentrâncias geológicas da Serra do Gerês - da Portela de Amoreira ao Outeiro da Meda. De facto, naquela zona não existe nenhum motivo aparente para a construção de um forno pastoril ou mesmo de um abrigo de contrabandistas, e olhando para o entorno só poderemos imaginar as razões que terão, certo dia, levado alguém a construir aquele abrigo naquele lugar esquecido do mundo.

Como este, existem muitos exemplos de construções «perdidas» pela serrania Geresiana e que são peças de um puzzle que jamais se conseguirá completar. São marcas da história da presença milenar do Homem nestes territórios e que alguns ignorantes e mal-informados, por vezes opinam que devem ser destruídas para «preservar» o entorno natural.

Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

2 comentários:

Jose Rodrigues disse...

olá Rui
qd menciona "alguns ignorantes e mal-informados, por vezes opinam que devem ser destruídas para «preservar» o entorno natural"
refere se a um alerta que tem aparecido para a não implantação de Mariolas?
Sabe a origem de tal alerta?
Cumprimentos de um grato utilizador de Mariolas
José

Rui C. Barbosa disse...

Viva José!

Não, não me refiro às mariolas. Refiro-me aos vestígios históricos que marcam a presença milenar do homem nas serranias do Parque Nacional.

E como será óbvio por publicações anteriores neste espaço, sei a origem do alerta a que se refere.

Cumprimentos de um conservador de mariolas... quando são úteis.