segunda-feira, 11 de maio de 2020

Trilhos seculares - Em busca de Fontaiscos


A Serra do Gerês surpreende-nos todos os dias e todos os dias é diferente. De todas as vezes que por lá caminhamos mostra-nos um pouco mais do que já havíamos visto antes. Porém, há coisas que sempre permanecerão longe do nosso olhar e outras que só iremos descobrir através dos velhos registos em mapas e livros.

Quem não dá importância ao que chamamos à montanha contribui para que a memória desta e das gentes que a moldaram se perca para sempre.

Foi por «descobrir» um destes velhos nomes, um destes topónimos, que se foi originando a curiosidade de voltar onde já estive para, com um novo olhar, perscrutar por entre as penedias, nas encostas inclinadas e por entre a vegetação que foi ganhando lugar, para tentar descobrir os velhos sinais de que, de facto naquele local, possa ter existido ali algo que permanece lá e que faz parte da memória e da História desta serra.



Assim, foi deitar botas ao caminho e saindo da Portela de Leonte seguir o tão calcorreado caminho em direcção ao Vidoal passando pela Chã do Carvalho. Do Vidoal segui em direcção à Chã das Gralheiras passando pela Preza, Chã das Ruivas e Chã da Fonte, baixando depois para a Lomba de Pau. Foi aqui onde me dediquei a «perder» algum tempo a olhar para a parte final do Vale de Maceira na tentativa de encontrar algo que me indicasse a existência de um curral (Curral de Fontaiscos) abaixo de Carris de Fontaiscos e sobranceiro à Costa de Covilhão.

Os dados sobre este curral são escassos. Não é fácil com a informação disponível determinar a localização exacta deste curral e sobre isso escrevi o texto "Fontaiscos - um topónimo perdido na Serra do Gerês" onde teço algumas considerações e levando uma hipótese sobre a sua localização. Ficando junto de uma fonte (que possivelmente terá estado na origem da micro-toponímia daquela zona) e na passagem de um velho trilho de pé posto, o curral está coberto pelo esquecimento e pela vegetação que foi crescendo ao longo de décadas. Apesar de muita insistência, não vislumbrei qualquer sinal deste curral, o que me certamente irá levar a fazer uma visita mais pormenorizada àquela zona.



O regresso foi encetado pelo mesmo trajecto até ao Alto das Rubias, descendo depois pela Pegada das Rubias para passar pelo Curral do Junco antes de voltar ao Vidoal passando pelas encostas do Outeiro Moço.

Ficam algumas fotografias do dia...















































Fotografias © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

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